Um novo estudo publicado pela Universidade de Bristol revelou que a primeira bateria de diamante nuclear do mundo poderá alimentar dispositivos durante milhares de anos.
Num comunicado divulgado no dia 4 de dezembro, os cientistas explicaram a mecânica desta bateria nuclear, que se serve da reação de um diamante colocado perto de uma fonte radioativa para produzir espontaneamente eletricidade.
Como explica a Live Science, ao contrário das fontes de energia convencionais, esta bateria não precisa de qualquer movimento – nem linear nem rotacional. Isto significa que não é necessária energia para mover um íman através de uma bobina ou para rodar uma armadura dentro de um campo magnético para produzir corrente elétrica.
Em vez disso, esta bateria recolhe os eletrões em movimento rápido excitados pela radiação, à semelhança da energia solar que utiliza células fotovoltaicas para converter os fotões em eletricidade – explicam os investigadores.
Carbono-14 é o elemento-chave
Os cientistas demonstraram pela primeira vez um protótipo de bateria de diamante – que utilizava o níquel-63 como fonte radioativa – em 2017. Agora, desenvolveram uma bateria feita de isótopos radioativos de carbono-14 incorporados em diamantes fabricados.
Os investigadores escolheram o carbono-14 como material de origem, uma vez queo emite radiação de curto alcance, que é rapidamente absorvida por qualquer material sólido, o que significa que não há preocupações quanto aos danos causados pela radiação.
Apesar de a proximidade do carbono-14 ser potencialmente perigosa, o diamante que o contém impede a fuga de qualquer radiação de curto alcance.
“O diamante é a substância mais dura conhecida pelo homem; não há literalmente nada que possamos utilizar que possa oferecer mais proteção”, explicou o líder da investigação, Neil Fox, no comunicado.
Autor: zap
Fonte: zap
Sítio Online da Publicação: zap
Data: 17/12/2024