sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
UFRJ e FAPERJ realizam workshop sobre a criação do AIR Center
Na mesa de abertura, a partir da esq.: José Carlos Pinto, Vieiralves de Castro, Manuel Heitor e Roberto Leher (Foto: Beatriz Correa)
Um workshop realizado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nesta terça e quarta-feira, 20 e 21 de fevereiro, colocou em debate novos conhecimentos sobre mudanças climáticas e questões relacionadas ao oceano Atlântico. Organizado pela UFRJ e pela FAPERJ, o evento Rio 2018 Atlantic Interactions representou um primeiro passo para a instalação de um polo do Atlantic International Research Center (AIR Center) no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa promove o monitoramento do oceano, conectando tecnologias de águas profundas a tecnologias espaciais por meio de uma cooperação global entre América Latina, Europa, África e Estados Unidos.
Na cerimônia de abertura, na terça, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Frederico Tojal de Valsassina Heitor, fez uma apresentação sobre os principais pontos do programa. Estavam presentes Paulo Ferrão, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal (FCT); Roberto Leher, reitor da UFRJ; José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ; Ricardo Vieiralves de Castro, presidente da FAPERJ, Augusto C. Raupp, subsecretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro; Andrei Polejack, coordenador geral de Oceanos, Antártida e Geociências do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC); entre outros participantes.
À ocasião, o presidente da FCT de Portugal, Paulo Ferrão, e o presidente da FAPERJ, Ricardo Vieiralves de Castro, assinaram um memorando para o financiamento de recursos humanos no Rio de Janeiro e em Portugal para a realização de um intercâmbio de pesquisadores nos dois países. De acordo com Vieiralves, o documento é fundamental para confirmar o interesse do Rio de Janeiro em receber o AIR Center e promover uma troca de conhecimentos entre pesquisadores. “A partir de agora, iremos começar a atuar para atingir, pouco a pouco, os objetivos do AIR Center. De início, pretendemos montar uma rede de pesquisadores, com financiamento da FAPERJ e um mínimo de burocracia possível. Esperamos que o primeiro edital com esse objetivo esteja pronto, no máximo, em três meses para começarmos a colaborar com essa iniciativa global. Esse é um trabalho de longo prazo e extrema importância e temos, no nosso estado, um amplo número de cientistas gabaritados que vêm pesquisando mares e oceanos há muito tempo”, disse o presidente da FAPERJ.
Vieiralves também enfatizou a importância da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento do estado. “O Rio de Janeiro vem passando por uma crise nos últimos dois anos e a principal lição que aprendemos é que o estado precisa diversificar suas atividades econômicas para se reerguer. Na minha opinião, a melhor forma de fazer com que essa diversificação aconteça é por meio do investimento em ciência, tecnologia e inovação”, complementou.
O diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, José Carlos Pinto, destacou a tradição da universidade em pesquisa e tecnologia. “A enorme tradição da UFRJ em áreas como engenharia oceânica, engenharia civil e exploração de petróleo em alto mar fazem com que a universidade esteja vocacionada a interagir fortemente com o AIR Center. O Parque Tecnológico da UFRJ conta hoje com o centro de supercomputação da Coppe, o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) e ainda com a presença de diversas grandes empresas desenvolvendo tecnologias para exploração de petróleo em águas profundas. Estamos muito motivados a participar dessa iniciativa e de braços abertos para receber a instalação de um polo do AIR Center num futuro próximo”, informa José Carlos.
Paulo Ferrão (E), do FCT, e Ricardo Vieiralves: assinatura do memorando para a criação de um polo de pesquisa do AIR Center no Rio de Janeiro (Foto: Lécio Augusto Ramos)
Durante o evento, o ministro português Manuel Heitor destacou que desenvolvimento econômico, tecnológico e social só é possível através do conhecimento e da criação de uma agenda científica inclusiva. “Criar e transformar o oceano Atlântico num centro de desenvolvimento social e econômico só é possível com mais conhecimento. O desafio que estamos partilhando com o Brasil e países da América Latina, África, Europa, além de uma série de instituições norte-americanas, é desenvolver uma agenda que seja inclusiva e que consiga reunir instituições científicas, pesquisadores, empresas e governos”, explicou o ministro.
O evento também contou com a participação de pesquisadores, representantes da Universidade do Minho (Portugal), UFRJ, Carnegie Mellon University, Marinha do Brasil, Petrobras, laboratórios da Coppe/UFRJ e empresas residentes do Parque Tecnológico da UFRJ. Além da criação do AIR Centre Data Intelligent Network, foram debatidos temas como o desenvolvimento e a integração de tecnologias espaciais e oceânicas, a ciência dos dados, estratégias de novos negócios intensivos em conhecimento no contexto das interações atlânticas, políticas públicas e cooperação entre União Europeia e Brasil. No final, os participantes foram convidados a conhecer o Laboratório de Tecnologia Naval e Oceânica da Coppe, localizado no Parque Tecnológico da UFRJ.
Autor: Ascom Faperj
Fonte: Faperj
Sítio Online da Publicação: Faperj
Data de Publicação: 22/02/2018
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=3526.2.6
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