doença”, destaca Ogoina. “E preocupa-me o facto de o vírus parecer estar a sofrer mutações e a produzir novas variantes.” De acordo com o especialista, foram necessários mais de cinco anos para que o clade IIb na Nigéria evoluísse os suficiente para uma propagação sustentada entre humanos, desencadeando o surto global de 2022 – já o clade Ib fez a mesma coisa no espaço de um ano.
A sequenciação genética das infeções do clade Ib, que a OMS estima ter surgido em meados de setembro de 2023, mostra que são portadoras de uma mutação conhecida como APOBEC3, uma assinatura de adaptação em humanos. O vírus que causa o mpox tem sido normalmente bastante estável e lento em mutação, mas as mutações provocadas pela APOBEC podem acelerar a evolução viral, destacou Miguel Paredes, que está a estudar a evolução do mpox e de outros vírus no Fred Hutchison Cancer Center, em Seattle.
É urgente mais investigação, mas as três equipas que acompanham os surtos de mpox em África dizem que não conseguem sequer ter acesso aos produtos químicos necessários para os testes de diagnóstico, pelo que o clade Ib também pode passar despercebido em alguns testes de diagnóstico. Planear uma resposta, incluindo estratégias de vacinação, sem isso é difícil, garantiram os cientistas.
Autor: Por Francisco Laranjeira
Fonte: executive digest
Sítio Online da Publicação: executive digest
Data: 27/08/2024
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