sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Mosquito que transmite dengue e zika detetado em Cascais e em Pombal


Este mosquito pode transmitir às pessoas, quando infetado, doenças como dengue, chikungunya ou Zika.

Ainda segundo a DGS, no entanto, em Portugal continental, "não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas", nem se registaram, até ao momento, casos de doença humana em contexto de transmissão local.

Numa recomendação, a autoridade de saúde frisa que as atividades de prevenção e controlo vetorial implicam o envolvimento de diferentes setores, nomeadamente autarquias, turismo, hotelaria, ambiente, veterinária, agricultura, indústria, comércio, entre outros, complementando os esforços do setor da saúde na prevenção e controlo das doenças transmitidas pelos mosquitos.

O controlo vetorial do Aedes albopictus implica intervenções no ciclo de vida do mosquito, que compreende às fases aquática (ovos, larvas e pupas) e terrestre (fase adulta do mosquito).

A intervenção física ambiental constitui o método primário do controlo vetorial, requerendo intervenções multissetoriais na identificação e eliminação de criadouros (locais e recipientes que possam servir de habitat para ovos e larvas do mosquito) e a aplicação de larvicidas e de adulticidas pode também ser necessária, de acordo com o nível de risco avaliado pelos serviços de saúde pública.

Em áreas com deteção confirmada de mosquitos do género Aedes (Nível 1), deverá ser assegurada a localização e mapeamento, preferencialmente com georreferenciação, de locais onde a existência de criadouros possa constituir um risco para a multiplicação de mosquitos.

Compete às autarquias mapear estruturas públicas e privadas que possam ser locais propícios à existência de criadouros, dispersas em toda a sua área de intervenção.

As pessoas envolvidas nas ações de prevenção e controlo vetorial devem usar vestuário que cubra o corpo todo e o uso de repelentes.

A presença de mosquitos invasores Aedes em Portugal iniciou-se com a deteção de Aedes aegypti na Madeira em 2005. A espécie Aedes albopictus foi introduzida no continente em 2017 no Norte (Penafiel), em 2018 no Algarve (Loulé) e em 2022 no Alentejo (Mértola).

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