domingo, 26 de outubro de 2025

FAPERJ divulga resultado preliminar da edição 2025 Programa Pensa Rio

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) divulgou nesta quinta-feira, 23 de outubro, o resultado preliminar do programa Pensa Rio – Apoio ao Estudo de Temas Relevantes e Estratégicos para o Estado do Rio de Janeiro (Edital Nº 22/2025). Esta é a quinta edição do edital, voltado ao fomento de projetos científicos coordenados por pesquisadores de excelência, com foco em soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios enfrentados pela sociedade fluminense.

Serão investidos um total de R$ 99 milhões em projetos cujos temas gerais foram previamente definidos pelo programa Pensa Rio, abrangendo áreas como pesquisa de novos fármacos, combate a doenças prevalentes, fortalecimento de cadeias produtivas, produção de conhecimento básico e desenvolvimento de tecnologias e inovações que promovam o crescimento do Estado do Rio de Janeiro.


A demanda qualificada contou com 239 projetos de diversas instituições fluminenses, das quais 138 propostas foram selecionadas, vinculadas a 22 instituições. A UFRJ, com 88 projetos submetidos, teve 59 aprovados; seguida pela Uerj (25), UFF (14), Fiocruz (9), Uenf (6), UFRRJ (5), entre outras. Quanto à distribuição entre as Grandes Áreas do Conhecimento, as Ciências Biológicas, com 80 propostas, tiveram 48 projetos aprovados; também foram contemplados projetos em Ciências Exatas e da Terra (29), Humanas (18), Engenharias (16), Ciências da Saúde (14), Agrárias (10) e Sociais e Aplicadas (3).

“O Pensa Rio reafirma o compromisso da FAPERJ com o fortalecimento da pesquisa de excelência em nosso estado”, destacou Eliete Bouskela, diretora Científica da Fundação. “Ao apoiar projetos que enfrentam desafios estratégicos para o Rio de Janeiro, este edital estimula a produção de conhecimento de alto impacto social e científico, promovendo o desenvolvimento sustentável e a inovação, investindo no que o Estado tem de melhor: o talento e a criatividade de seus pesquisadores.”

Confira a seguir a lista de projetos pré-selecionados:

Resultado preliminar: Edital Nº 22/2025 – Pensa Rio – Apoio ao Estudo de Temas Relevantes e Estratégicos para o Estado do Rio de Janeiro


Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 23/10/2025
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=898.7.0

Centro de Biologia Marinha da USP inaugura novo espaço para atividades de extensão universitária

 

Estrutura com tanques em formato circular no meio
Novo espaço vai apresentar ao público a rica biodiversidade marinha da região – Foto: A. Morandini/Cebimar

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O Centro de Biologia Marinha (Cebimar) da USP, localizado em São Sebastião, acaba de ganhar um novo espaço dedicado a atividades educativas e de cultura e extensão: o Centro de Visitantes Tagea K. S. Björnberg. O nome é uma homenagem à professora que trabalhou durante muitos anos vinculada ao Cebimar, pesquisadora renomada no estudo do plâncton, “além de ser uma pessoa muito gentil e entusiasmada com as descobertas relacionadas ao ambiente marinho”, nas palavras do diretor da instituição, André Morandini. 

André Morandini, diretor de Cebimar e professor do IB – Foto: Divulgação/IB USP

Morandini, que também é professor do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências (IB) da USP, explica que, no novo espaço, as atividades planejadas têm como objetivo apresentar ao público a rica biodiversidade marinha da região, inclusive a microscópica, destacando os benefícios e os serviços ecossistêmicos proporcionados pela conservação de áreas naturais e sua integração com a pesquisa científica.

O espaço conta com monitores de TV, microscópios, tablets, óculos de realidade virtual, aquários e um tanque com animais marinhos do Litoral Norte de São Paulo, além de um conjunto de painéis com imagens e informações sobre a biodiversidade, os ecossistemas e as áreas marinhas protegidas da região.

“Alguns de nossos parceiros são a Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Norte e a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) de São Sebastião, ambas vinculadas à Fundação Florestal da Secretaria do Meio Ambiente estadual, e o Núcleo de Gestão Integrada de Alcatrazes, ligado ao ICMBio/Ministério do Meio Ambiente”, enumera o diretor. 

Microscópios e outros equipamentos serão utilizados em ações educativas – Foto: Aline Zanotti/Cebimar

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Foto: Aline Zanotti/Cebimar
Foto: Aline Zanotti/Cebimar

Educação ambiental

O Cebimar é conhecido por oferecer, desde meados dos anos 1980, um programa de visitas monitoradas no período das férias escolares e também ao longo do ano letivo, agendando e recebendo escolas, faculdades e grupos de amigos e familiares. Com o novo centro, a ideia é ampliar o conteúdo de educação ambiental e divulgação científica trazendo parcerias locais para colaborarem nesse espaço diferenciado.

Foto: A. Morandini/Cebimar

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A reestruturação completa do antigo local onde eram realizadas as visitas monitoradas ao Cebimar, o Centro de Visitantes, levou um ano e dois meses para ser concluída e contou com recursos da Fundação Boticário, do Projeto Coral Vivo e também da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP. Para o diretor, o Centro de Visitantes Tagea K. S. Björnberg vai impulsionar as atividades de educação ambiental e de divulgação das ciências marinhas do Cebimar.  

“Certamente se consolidará como um importante polo de educação não formal e opção de turismo educativo do Litoral Norte. Sua concepção vem de encontro a movimentos mundiais que divulgam a importância de políticas públicas para a pesquisa e conservação do ambiente marinho, como a Década dos Oceanos e o programa Escola Azul, ambos sob tutela da ONU (Organização das Nações Unidas)”, conclui o diretor.

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Texto adaptado da diretoria do Cebimar



Autor: jornal.usp
Fonte: jornal.usp
Sítio Online da Publicação: jornal.usp
Data: 22/10/2025
Publicação Original: https://jornal.usp.br/universidade/centro-de-biologia-marinha-da-usp-inaugura-novo-espaco-para-atividades-de-extensao-universitaria/

Fiocruz promove capacitação para vigilância da esquistossomose

A Fiocruz promoveu um curso de capacitação no município de Afonso Cláudio, no Espírito Santo, voltado para identificação de caramujos de água doce que integram o ciclo de transmissão da esquistossomose. O treinamento foi ministrado pelo Laboratório de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como referência nacional para esquistossomose-malacologia junto ao Ministério da Saúde (MS).

Curso.

Aula prática para coleta de moluscos de água doce foi realizada em área endêmica para esquistossomose (foto: Lavínia Petter, Vigilância Epidemiológica/Afonso Cláudio)

 

Ao todo, 22 trabalhadores participaram da qualificação, incluindo 14 agentes de controle de endemias, dois professores do ensino médio, três profissionais da vigilância epidemiológica de Afonso Cláudio, além de três representantes da Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo.

A iniciativa, realizada entre 6 e 9 de outubro, abordou o ciclo do verme Schistosoma mansoni (parasito causador da esquistossomose); identificação de moluscos do gênero Biomphalaria (caramujos de água doce que atuam como hospedeiros intermediários do verme) e técnicas para coleta e análise parasitológica destes moluscos.

Curso.

Profissionais do município de Afonso Cláudio e da Secretaria estadual de Saúde do ES participaram da capacitação oferecida por especialistas do IOC/Fiocruz (foto: Iury Bissoli, Vigilância Epidemiológica/Afonso Cláudio)

As atividades práticas de identificação e coleta foram realizadas em áreas com casos confirmados de esquistossomose, treinando os agentes para as condições reais da vigilância malacológica. De acordo com a coordenadora do Laboratório de Referência Nacional para Esquistossomose-Malacologia, Elizangela Feitosa da Silva, a qualificação foi oferecida a partir de demanda da Vigilância Epidemiológica de Afonso Cláudio, para fortalecer o combate à esquistossomose no município. “É importante mapear os locais com presença de caramujos do gênero Biomphalaria e investigar se há moluscos parasitados para informar a população e adotar medidas de prevenção da doença”, afirmou Elizangela.

Curso.

Caramujos Biomphalaria, hospedeiros intermediários do verme da esquistossomose, foram coletados em reservatório de água para irrigação de plantio (foto: Elizangela Feitosa, IOC/Fiocruz)

A especialista acrescentou que a parceria com o município deve continuar para apoiar ações de vigilância e educação em saúde que devem ser implementadas. “Muitas pessoas se infectam trabalhando na agricultura, pelo contato com águas contaminadas pelo verme Schistosoma mansoni. A orientação sobre uso de equipamentos de proteção individual, como botas e luvas impermeáveis para evitar o contato com a água, é importante para prevenção. Além disso, precisamos sempre lembrar que o saneamento básico é uma medida essencial para interromper a transmissão da doença”, explicou Elizangela.

Curso.

Durante o curso, alunos realizaram procedimentos de preparo de amostras e identificação de espécies de moluscos (foto:  Elizangela Feitosa, IOC/Fiocruz)

A esquistossomose é popularmente conhecida como “xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”. Saiba mais sobre o agravo, transmissão, sintomas e tratamento no vídeo Esquistossomose em 2 minutos:




Autor: fiocruz
Fonte: fiocruz
Sítio Online da Publicação: fiocruz
Data: 24/10/2025
Publicação Original: https://fiocruz.br/noticia/2025/10/fiocruz-promove-capacitacao-para-vigilancia-da-esquistossomose

Fiocruz Amazônia celebra 10ª edição de sua revista com destaque para a saúde nos rios da Amazônia e do Pantanal

A Fiocruz Amazônia celebra a 10ª edição da Fiocruz Amazônia Revista, um espaço essencial de diálogo entre ciência, saúde, Amazônia e sociedade. Criada para fortalecer o compromisso da Instituição com a pluralidade e a complexidade da região, a publicação traduz o conhecimento científico em políticas públicas voltadas ao cuidado com as populações amazônicas.

Nesta edição comemorativa, o destaque é um diagnóstico inédito sobre as Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSFs) na Amazônia e no Pantanal, revelando avanços e desafios da atenção primária em territórios isolados. A matéria de capa mostra como essas “estradas líquidas” — os rios — levam não apenas o sustento e a educação, mas também o direito à saúde. São os “barcos da saúde” que transformam realidades, como a da comunidade ribeirinha Punã, onde a presença da UBS Fluvial mudou a vida de moradores como a amazonense Loide Miguel, ampliando o acesso ao atendimento e renovando a esperança.





Outros temas reforçam o papel estratégico da ciência no desenvolvimento regional e nacional. A revista revisita os dez anos do surto de Zika no Brasil, ressalta o impacto do Programa Vocação Científica (Provoc) — que desde 1986 aproxima estudantes da pesquisa e hoje chega ao Amazonas — e destaca a presença de estudantes da Nicarágua e da Colômbia nos programas de pós-graduação do ILMD/Fiocruz Amazônia, ampliando o intercâmbio científico internacional. Entre as pesquisas apresentadas, ganha foco o estudo da microbiota de mosquitos, que pode explicar a suscetibilidade ao Plasmodium e à Leishmania, apontando novas possibilidades para o combate a doenças negligenciadas. A 10ª edição convida, assim, a novas conexões, pesquisas e cuidados para os povos ribeirinhos, onde a vida pulsa forte pelas ruas d’água da Amazônia.



*Com informações da Fiocruz Amazônia.



Autor: fiocruz
Fonte: fiocruz
Sítio Online da Publicação: fiocruz
Data: 24/10/2025
Publicação Original: https://fiocruz.br/noticia/2025/10/fiocruz-amazonia-celebra-10a-edicao-de-sua-revista-com-destaque-para-saude-nos-rios

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Tecnologias emergentes podem ajudar a reduzir fila para transplante de rins

Paula Guatimosim


O Rio de Janeiro é um dos estados que teve maior prevalência de pacientes em diálise em 2021, com cerca de 17 mil doentes renais em tratamento (Foto: Freepik)


De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal crônica afeta mais de 20 milhões de pessoas no Brasil, ou seja, em torno de 10% da população do País. Destas, há mais de 172 mil em diálise, sendo 79% atendidas pelo SUS. O Rio de Janeiro é um dos estados que teve maior prevalência de pacientes em diálise em 2021, com cerca de 17 mil pacientes em tratamento, dos quais cerca de 90% não estão na fila de transplante.

Uma pesquisa conduzida no Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ) pretende auxiliar pacientes renais a terem acesso à fila de transplantes e diminuir a espera por um rim doado no Rio de Janeiro. Dados do Ministério da Saúde indicam que, atualmente, cerca de 78 mil pessoas estão na fila de espera por doação de órgãos e tecidos no Brasil, com maior demanda para rim (42.838), córnea (32.349) e fígado (2.387) em 2024. No estado do Rio de Janeiro, cerca de 7,5 mil pacientes aguardam por transplante, sendo 5,1 mil para córnea, 2,2 mil para rim e 151 para fígado.

“Nosso objetivo é ajudar quem precisa de transplante de rim e promover melhor qualidade de vida a esses doentes renais”, explica Bruno Fernandes, doutor em Administração pelo Coppead, que contou com bolsa de Pós-Doutorado Nota 10 da FAPERJ para realizar sua pesquisa. Em sua opinião, as tecnologias emergentes — especialmente a Inteligência Artificial (IA), que tanto tem contribuído para o progresso da ciência — podem “fazer a fila andar”. O objetivo, segundo ele, é identificar os gargalos e as oportunidades de melhoria destes processos de doação-transplante, muitas vezes caracterizados por uma gestão manual e fragmentada dos dados dos pacientes e doadores, dificultando o acompanhamento, a atualização e a correspondência efetiva entre os envolvidos.

O pesquisador, que é orientado pela professora e pesquisadora da Coppead e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Claudia Araujo, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, iniciou o mapeamento de todo o caminho percorrido pelos pacientes renais para serem incluídos na lista de espera, e o processo de doação-transplante de rins no estado. Dessa forma, poderá identificar gargalos e caminhos para a melhoria dos processos. “O entendimento dos incentivos econômicos é fundamental para redesenhar o processo”, afirma Bruno, lembrando que o transplante é mais custo-efetivo do que a manutenção dos pacientes cerca de três vezes por semana na diálise.

Dentre as tecnologias emergentes, a Inteligência Artificial (IA) despontou como prioridade neste momento, impulsionada pelo crescente interesse da sociedade e, em particular, da comunidade acadêmica, fato evidenciado pelo aumento do número de publicações na área. Com base nisso, os pesquisadores realizaram uma revisão da literatura sobre o tema que reuniu 181 publicações distribuídas em 108 periódicos. Esses números atestam não apenas a profundidade, mas também a amplitude do interesse científico, e reforçam o caráter interdisciplinar da IA aplicada ao transplante, ao aproximar a medicina de áreas como a ciência da computação.

A partir dessa revisão, foram identificadas sete áreas cruciais nas quais a IA já vem produzindo impacto ou apresenta potencial transformador:Previsão de Comportamentos do Paciente: A IA está sendo utilizada para prever e entender comportamentos cruciais para o sucesso do transplante, como a adesão a regimes medicamentosos e as preferências de tratamento.
Avaliação Radiológica e Patológica: Nesta área, algoritmos de IA estão aprimorando a análise de imagens médicas e biópsias renais.
Previsão da Progressão da Doença Renal Pré-Transplante: Antes mesmo do transplante, a IA pode prever a progressão da doença renal crônica para o estágio terminal.
Previsão de Compatibilidade entre Doador e Receptor de Rim: Um dos gargalos do transplante é a complexa busca pela compatibilidade. A IA está ajudando a analisar dados para estratificar o risco de falha do órgão e otimizar a correspondência entre doadores e receptores.
Otimização da Administração de Medicamentos Imunossupressores: Após o transplante, a IA auxilia na personalização da dosagem de medicamentos imunossupressores, minimizando efeitos colaterais e maximizando a eficácia, e se adaptando às necessidades individuais de cada paciente.
Diagnóstico de Complicações Pós-Transplante: Algoritmos de aprendizado de máquina são empregados para a identificação precoce de uma gama de complicações, incluindo a rejeição do enxerto e infecções.
Previsão de Sobrevivência do Enxerto: Com a IA, é possível estimar com maior precisão a probabilidade do tempo em que o rim transplantado permanecerá funcional.


Claudia Araujo e Bruno Fernandes: segundo os pesquisadores, dos artigos revisados, apenas 10% dos estudos focam na fase pré-transplante (Fotos: Divulgação)


Segundo os pesquisadores, dos artigos revisados, apenas 10% dos estudos focam na fase pré-transplante, o que aponta para uma oportunidade de aprofundamento da investigação nesta etapa.

“Identificamos um problema estrutural que dificulta a indicação do paciente renal para o transplante. A espera do paciente, em média, é de três a quatro anos”, alega Claudia Araujo, que se diz muito grata à FAPERJ pelo apoio constante às suas pesquisas. De acordo com a pesquisadora, ao mapear e identificar os desafios do processo doação-transplante, as potencialidades da IA podem preencher as lacunas e suprir as necessidades da pesquisa. A criação de algoritmos de correspondência entre pacientes e doadores, por exemplo, pode tornar o processo mais eficaz, assim como a telemedicina pode viabilizar um acompanhamento mais regular do paciente, além de facilitar a realização de exames pré-operatórios e a preparação para o transplante.

Em outra pesquisa, também financiada pela FAPERJ, Claudia mapeou os principais hospitais que atuam em captação e doação de órgãos no Estado do Rio de Janeiro. Participaram do estudo 578 profissionais de saúde que atuam em emergências e CTIs de cinco hospitais fluminenses e têm um papel fundamental, no caso do doador falecido, na manutenção do potencial doador e na abordagem das famílias para apresentar a possibilidade de doar órgãos do ente querido. São eles os primeiros a identificar potenciais doadores, comunicar-se com os familiares e garantir as condições clínicas necessárias para que a doação ocorra. Segundo a pesquisadora, a desinformação - como acreditar que a morte encefálica é reversível ou que o transplante ainda é experimental, o medo de retirada precoce dos órgãos, o temor de desfiguração do corpo e crenças religiosas - reduz as chances de que os órgãos de potenciais doadores sejam efetivamente aproveitados.

Além de graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Bruno Fernandes possui MBA em Finanças pelo Coppead e em Gestão de Negócios pelo IBMEC, além de cursos de administração em instituições reconhecidas como a Fundação Dom Cabral, Université Paris Panthéon Assas (França) e IE Business School (Espanha). Há 20 anos atuando em Gestão Empresarial e Finanças, e lecionando Estratégia Digital e Inovação, Bruno espera que a pesquisa possa ser continuada. Após o primeiro ano do estudo, ele passou no concurso público e tornou-se professor do Coppead. Certos de que a pesquisa terá continuidade, os pesquisadores esperam dar continuidade ao mapeamento e ao redesenho dos processos, indicando como as tecnologias levantadas podem ser implementadas a fim de reduzir o período de espera por um rim doado e aumentar a eficiência dos gastos públicos.




Autor: Débora Motta e Marcos Patricio
Sítio Online da Publicação: faperj
Data: 16/10/2025
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=846.7.1

FAPERJ e SECTI inauguram o HUB RJ de Inovação, espaço de empreendedorismo no Catete

Débora Motta e Marcos Patricio


A partir da esq,. Ricardo Piquet; Renata Sphaier; Elaine Souza; Anderson Moraes; Caroline Alves; Alexandre Valle; Rogério Pires e Fabrício Repsold (Foto: Patrick Viegas)


A FAPERJ, em parceria com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), inaugurou na tarde desta segunda-feira, 13 de outubro, o HUB RJ de Inovação — um espaço criado para conectar ideias, fomentar projetos e impulsionar o ecossistema de inovação, tecnologia e empreendedorismo no estado do Rio de Janeiro. Localizado na Rua do Catete, 243, no casarão histórico e revitalizado que abrigou a extinta Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, uma das instituições que deram origem à atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o HUB conta com diversos espaços de coworking e laboratórios multimídia e multiuso, que vão atender inicialmente aos 246 projetos contemplados pelo edital HUB RJ Startup 2025 – Apoio à Difusão de Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital no Estado do Rio de Janeiro, lançado pela FAPERJ/SECTI em fevereiro.

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Moraes, destacou a importância da iniciativa para fortalecer a cultura da ciência, tecnologia e empreendedorismo no estado. “Estamos retomando esse projeto, paralisado em 2019, com a inauguração hoje desse espaço importante para poder receber, não só as ideias, mas para estruturar e orientar os donos delas, e aproximar o empresariado do poder público por meio desses projetos selecionadas no programa HUB RJ Startup 2025. Aqui, terão a oportunidade de receber orientações de como empreender essas ideias, como propagá-las, e como chegar a quem pode se interessar por elas. É um espaço para fomentar tudo aquilo que a gente selecionou até agora”, afirmou Moraes.

A presidente da FAPERJ, Caroline Alves, refletiu sobre a importância da inauguração do HUB RJ de Inovação. “Esse é um dia histórico para todos nós. Estamos inaugurando não apenas um espaço físico, mas um ambiente de possibilidades, um laboratório de ideias, um ponto de encontro entre conhecimento, criatividade e futuro. Esse espaço de inovação nasce com a missão de conectar pessoas, universidades, empresas e governo, dando continuidade àquilo que vem se tornando um propósito nosso: transformar boas ideias em soluções, que melhorem a vida das pessoas, da população, para quem a gente trabalha, junto com a SECTI”, disse.

A diretora de Tecnologia da FAPERJ, Elaine Souza, comemorou a entrega do espaço. “A entrega de um espaço que agrega disponibilização de infraestrutura, capacitação empreendedora e fomento é crucial para o amadurecimento das startups criadas, incluindo conexão com empresas e governo e inserção qualificada no mercado. O sucesso desse processo contribui para o estado fortalecer seu ecossistema empreendedor e ampliar sua capacidade de inovação, e, no médio e longo prazo, diversificar sua economia e superar a dependência da cadeia do petróleo e gás”, ponderou. “A intenção é que o HUB RJ Startup sirva como um espaço de conexão para todo o ecossistema, engajando diferentes atores como empresas, startups, investidores, governo, universidades, entre outros”, completou.


Caroline Alves: a presidente da FAPERJ destacou que o HUB nasce com a missão de conectar pessoas, universidades, empresas e governo (Foto: Patrick Viegas)


Para o coordenador-geral do programa HUB RJ Startup, Rogério Pires, a implantação do HUB representa um marco estratégico para o fortalecimento do ecossistema de inovação do estado do Rio de Janeiro. “O espaço aproxima a pesquisa científica do setor produtivo, estimula a criação de startups, promove o empreendedorismo tecnológico e oferece condições reais para transformar conhecimento em soluções práticas. Além disso, reafirma o compromisso do estado em estimular a economia da inovação como vetor de desenvolvimento sustentável e geração de empregos qualificados”, destacou.

Estiveram presentes diversos gestores, autoridades, empreendedores e pesquisadores, entre eles a subsecretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e presidente do Conselho Superior da FAPERJ, Renata Sphaier de Freitas; o presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), Alexandre Valle, acompanhado do vice-presidente administrativo da Faetec, Fabrício Repsold; a reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gulnar Azevedo, e o procurador-chefe da universidade, Jairo Pereira; o diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RJ), Antônio Alvarenga; o presidente do Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), Ricardo Piquet; e o deputado Márcio Gualberto, entre outros.

Conexão entre governo, academia, setor produtivo e empreendedores

O HUB conta com três áreas de coworking para startups, pesquisadores e empreendedores, duas salas de reunião e treinamento, um estúdio profissional de gravação de podcasts, um estúdio para produção e edição de vídeos, e áreas de convivência pensadas para estimular a troca de experiências e a formação de redes de colaboração. “Os usuários terão à disposição um ecossistema completo para criar, testar, validar e escalar soluções inovadoras, contribuindo para o avanço científico, tecnológico e econômico do estado”, afirmou Rogério Pires.

Autor de um dos projetos selecionados na primeira etapa do Edital HUB RJ Startup 2025, Vinícius Antunes, do Instituto Brasileiro de Recrutamento e Seleção (IBRS), destacou a possibilidade de integração que o HUB RJ de Inovação vai proporcionar. “A criação do HUB vai ampliar a troca de conhecimento técnico entre os participantes do edital. Disponibilizar um espaço como esse vai fortalecer o ecossistema de inovação do estado e aproximar as pessoas. Empreender é um ato muito solitário”, afirmou Antunes, CEO e fundador do IBRS, startup que desenvolve soluções de Recrutamento e Seleção para pequenas e médias empresas.


Espaço HUB RJ de Inovação no Catete coloca à disposição dos empreendedores salas multiuso e multimídia, estúdios e locais de coworking, para incentivar o desenvolvimento de colaborações e parcerias (Foto: Flávia Machado)


Outro empreendedor que pretende utilizar a estrutura do HUB para impulsionar seu projeto é Pedro Dias, responsável pela Laroye Club, uma comunidade digital voltada aos fiéis das religiões de matriz africana. “A estrutura disponível no HUB e os treinamentos oferecidos pelo edital vão contribuir para estruturar os projetos selecionados. A participação do governo do estado também é um aval importante”, afirmou Dias. Selecionada pelo Edital HUB RJ Startup 2025 e pelo Programa Shell Iniciativa Jovem, a comunidade digital é um projeto de impacto social que visa a divulgação de conhecimento.

Espaço irá atender os contemplados no edital HUB RJ Startup

O espaço foi criado para atender prioritariamente os empreendedores e pesquisadores selecionados no edital HUB RJ Startup, lançado pela FAPERJ em fevereiro de 2025, mas não se restringe apenas a eles. “A estrutura também poderá ser utilizada em atividades, cursos, eventos e programas promovidos por outras iniciativas da Fundação, por parceiros institucionais e por outros empreendedores
do ecossistema de inovação do estado, mediante agendamento e disponibilidade”, explicou o coordenador do HUB RJ de Inovação.

Os interessados poderão solicitar o uso do espaço por meio de cadastro e agendamento prévios, a serem realizados em plataforma digital específica do HUB RJ de Inovação. A coordenação avaliará cada solicitação conforme a natureza da atividade, a disponibilidade do espaço e o alinhamento com os objetivos do programa.

O HUB também irá sediar aulas do curso de formação de empreendedores oferecido aos contemplados no Edital, resultado de uma parceria firmada entre a FAPERJ e o Sebrae-RJ, e as sessões de mentoria ficarão a cargo dos agentes de inovação do programa. Essas ações ocorrerão em formato híbrido, combinando atividades presenciais no HUB e nos polos regionais do programa, além de encontros e mentorias remotas. “Essa dinâmica vai permitir que empreendedores de diferentes regiões do estado possam participar ativamente, ao mesmo tempo em que se fortalece a interação presencial entre os agentes de inovação e os participantes no espaço físico do HUB”, concluiu Pires.




Autor: Débora Motta e Marcos Patricio
Sítio Online da Publicação: faperj
Data: 16/10/2025
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=888.7.3

Apaixonados por morcegos: compreender para conviver em harmonia

Você teria coragem de manipular um morcego? A maioria das pessoas provavelmente responderia "não". No imaginário popular, esses animais são associados a lendas, vampiros e doenças. Mas a verdade é que, sem eles, nossas florestas seriam mais pobres, nossas lavouras mais vulneráveis e até o chocolate poderia se tornar mais caro. Isso porque morcegos desempenham diversos papéis que auxiliam o equilíbrio dos ecossistemas. Eles são fundamentais para a manutenção da biodiversidade tropical e o equilíbrio das florestas. Morcegos frugívoros atuam na dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração de áreas degradadas e, por isso, considerados os “jardineiros noturnos” dos nossos biomas. Morcegos nectarívoros polinizam flores que se abrem no período noturno, como as agaves, utilizadas na produção da tequila.



Além disso, morcegos são poderosos aliados no controle de insetos. Espécies insetívoras consomem toneladas de insetos por noite, ajudando a conter pragas agrícolas e vetores de doenças, como o mosquito da dengue. Um único morcego pode se alimentar de milhares de insetos em poucas horas, especialmente fêmeas grávidas e lactantes, que têm maior demanda energética. Com isso, contribuem para a redução do uso de pesticidas, cujos impactos podem ser nocivos tanto ao meio ambiente quanto à saúde humana.

Bolsista do programa Pós-Doutorado Sênior, da FAPERJ, a bióloga e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Elizabete Captivo Lourenço explica que por serem sensíveis a alterações no ambiente, os morcegos também são indicadores ambientais importantes: a presença, ausência, ou quantidade de algumas espécies diz muito sobre a saúde dos ecossistemas.

"Atualmente, há quase 1.500 espécies de morcegos reconhecidas no mundo, mas bastou um único indivíduo para eu me apaixonar pelos morcegos. Foi ainda durante a graduação em Ciências Biológicas, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em uma aula de campo, que me apaixonei por esse grupo fascinante e pelas múltiplas possibilidades de pesquisa que ele oferece", afirmou Elizabete.

Casas para morcegos: uma alternativa sustentável

Apesar de seu papel ecológico crucial, a presença de morcegos frequentemente causa conflitos com humanos, especialmente em áreas urbanas. Em algumas regiões é comum encontrar colônias de morcegos habitando os forros dos telhados. Na tentativa de afastá-los, proliferam-se na internet receitas caseiras de venenos a naftalina, passando por óleos essenciais, repelentes sonoros e até combustíveis. No entanto, esses métodos são ineficazes e a matança desses animais silvestres é crime, além de ser cruel, com consequências negativas para o ambiente.
 

Acima, detalhe de duas Bat Houses, feitas em madeira e instaladas na parte externa de residência, para abrigar os morcegos de forma segura. Elas contêm câmaras internas onde esses animais procuram refúgio, podendo entrar e sair livremente (Foto: Divulgação)


"Foi pensando nisso que, entre 2023 e 2024, com apoio da FAPERJ, por meio da Piper 3D, em parceria com o Laboratório de Ecologia de Mamíferos, da Uerj, desenvolvemos um projeto para criar uma alternativa habitacional para os morcegos, garantindo a segurança deles e a satisfação dos moradores: a Bat House, ou casa de morcego", lembrou.

Bat houses são abrigos artificiais que simulam os locais de descanso naturais desses mamíferos, como fendas em árvores e rochas, oferecendo proteção contra predadores e intempéries. Para funcionar, devem ser construídas com materiais não tratados, conter câmaras estreitas, cheiros conhecidos por esses animais, ser instaladas em locais com boa exposição solar por 6 a 8 horas diárias e livres de vegetação próxima, que possa obstruir o voo ou facilitar ataques de predadores.

"Nosso projeto consistiu em testar modelos internacionais ao contexto brasileiro, buscando sua eficácia nos nossos ambientes. Elaboramos um protocolo para remoção responsável de colônias de telhados, e instalamos oito unidades em residências no distrito de Lumiar, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. O objetivo é promover uma convivência mais harmoniosa entre humanos e morcegos, reduzindo conflitos e preservando os serviços ecossistêmicos desses animais", explicou Elizabete.

Um trabalho intenso de sensibilização foi realizado, buscando parceiros que quisessem adentrar nessa pesquisa, resolver um problema real que são os morcegos no telhado, e, numa perspectiva de ciência-cidadã, criar parceiros engajados para a conservação do ambiente e dos morcegos.

Ela explica que nem tudo saiu como o planejado. Até o momento, os morcegos têm resistido a adotar as bat houses brasileiras. No exterior, a técnica é bem-sucedida, mas por aqui os pesquisadores seguem em busca de aprimoramentos. Ainda assim, investem em alternativas criativas para mudar a percepção da maioria das pessoas. Enquanto, em alguns países, as pessoas atraem os morcegos para o redor das suas casas, aqui no Brasil ainda há resistência até para conhecê-los melhor.

Morcegos na praça: educação e ciência para todas as idades

Se há morcego, há boa conversa — e muita ciência! O grupo de pesquisa acredita que a convivência começa com informação. Por isso, eles têm realizado atividades educativas em praças públicas, voltadas a públicos de todas as idades, do Rio de Janeiro ao Amapá. É o projeto Morcegos na Praça.

"Já estivemos em Águas de Lindóia (SP), Juiz de Fora (MG), Pirenópolis (GO), Fortaleza, Macapá e vários lugares no estado do Rio de Janeiro como o Parque Madureira, o Parque Natural Municipal da Prainha, o Parque Estadual do Cunhambebe, entre outros. Nessas ações, esclarecemos dúvidas da população, abordamos a importância ecológica dos morcegos e suas relações com a saúde pública, além de trazer curiosidades surpreendentes, como sobre o comportamento sexual", disse.
 

Grupo de pesquisa na Uerj analisa a saúde dos morcegos, investigando a presença de parasitas, poluentes e sinais de doenças, como a raiva (Foto: Priscila Monteiro)


Você sabia, por exemplo, que o morcego-hortelã-escuro (Eptesicus serotinus) possui um órgão reprodutivo que pode atingir até um quarto do tamanho do corpo, com uma ponta em formato de coração? Ou que o ato sexual mais longo registrado entre morcegos durou 13 horas? Há também espécies, como o Cynopterus sphinx, em que as fêmeas realizam sexo oral nos machos durante o coito — uma prática que pode ter funções ligadas à lubrificação, higiene ou prevenção de doenças.

Esses aspectos curiosos ajudam a aproximar as pessoas desses animais, mostrando que, além de essenciais, os morcegos também são fascinantes.

A saúde dos morcegos é também a nossa

Como parasitologista, Captivo também dedica parte do meu trabalho a investigar a saúde dos morcegos no Estado do Rio de Janeiro. Nas expedições, o grupo analisa a presença de parasitas (como artrópodes, helmintos e protozoários), poluentes (como metais pesados e agrotóxicos) e sinais de doenças, e a presença de vírus como a raiva.

"Nossas coletas acontecem em áreas na Ilha Grande, no Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras e a Reserva do Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu. Só nas Cagarras, a logística é uma aventura à parte: chegamos de barco, nadamos até as ilhas carregando equipamentos em barris e cordas, e aproveitamos ao máximo as janelas climáticas. Se o mar virar, o vento aumentar ou chover, tudo precisa ser interrompido", contou.

Ela explica que já coletaram cerca de 200 morcegos até agora, e a boa notícia é que nenhum deles testou positivo para o vírus da raiva. E, sim, a raiva é transmitida pela saliva, e arranhões e mordidas podem veicular o vírus. Cuidado e informação são as melhores formas de prevenir acidentes.

Por isso, Captivo ressalta que é fundamental que a população saiba como agir ao encontrar um morcego caído: não toque. O ideal é cobrir o animal com um balde e acionar o centro de zoonoses. Caso não consiga acesso rápido na sua cidade, pode-se usar uma toalha, pote ou pá para colocá-lo em local seguro, ao ar livre, protegido de animais domésticos.

Vale lembrar que morcegos também adoecem e morrem de raiva. Não são apenas vetores. Por isso, quando estão doentes são mais fáceis de serem encontrados.

E aquela velha dica de acender e apagar a luz para que ele vá embora? É ineficaz. O certo é manter as janelas bem abertas e fechar as portas dos cômodos, criando uma rota de saída, em caso de adentramento.

Seja como polinizadores, controladores de pragas, regeneradores florestais ou bioindicadores ambientais, os morcegos têm um papel insubstituível no equilíbrio da vida. Conhecê-los, protegê-los e aprender a conviver com eles é uma urgência e um convite à curiosidade científica.




Autor: faperj
Sítio Online da Publicação: faperj
Data: 23/10/2025
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=894.7.5

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Nísia Trindade Lima vai receber título de Pesquisadora Emérita da Fiocruz

A Fiocruz vai realizar, no dia 29 de outubro, às 14h, no campus Manguinhos (Rio de Janeiro), a solenidade de outorga do título de Pesquisadora Emérita à Nísia Trindade Lima. O evento integra o calendário oficial das comemorações pelos 125 anos da Fiocruz e reunirá autoridades, pesquisadores, trabalhadores e convidados.




Honraria à Nísia Trindade Lima foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz (foto: Julia Prado / MS)

A honraria foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz em março de 2025, reconhecendo a trajetória de Nísia e suas contribuições à ciência, à saúde pública e ao fortalecimento institucional da Fundação e do Sistema Único de Saúde (SUS). O título é concedido a pesquisadores que se destacam por sua excelência acadêmica e compromisso com os valores da Fiocruz.

Primeira mulher a presidir a instituição, Nísia Trindade Lima liderou a Fiocruz durante a pandemia de Covid-19 e, posteriormente, foi ministra da Saúde do Brasil (2023–2024). Socióloga e pesquisadora da Fundação desde 1987, construiu uma carreira marcada pela defesa da ciência, da saúde como direito e da integração entre pesquisa, inovação e políticas públicas.



Autor: fiocruz
Sítio Online da Publicação: fiocruz
Data: 14/10/2025
Publicação Original: https://fiocruz.br/noticia/2025/10/nisia-trindade-lima-vai-receber-titulo-de-pesquisadora-emerita-da-fiocruz

Novo laboratório de alta contenção nível 3 amplia capacidade de pesquisa nacional

A Fiocruz inaugurou, na última sexta-feira (10/10), mais um laboratório de alta contenção para pesquisas com biomodelos, classificado como de nível de biossegurança 3 (NBA3). O novo ambiente representa um avanço estratégico para a ciência brasileira, ampliando a capacidade do país de conduzir estudos sobre agentes infecciosos de relevância para a saúde pública. É o primeiro espaço desse tipo no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) – e um dos poucos existentes no Brasil.


Espaço tem 70 m² e possui uma estrutura tecnológica avançada (foto: Rudson Amorim)

Recentemente, a Fiocruz inaugurou um NBA3 no Recife, na Fiocruz Pernambuco. O IOC/Fiocruz já contava com mais dois laboratórios NB3 convencionais, voltados a experimentações in vitro, nos quais é referência. Diferentemente dessas unidades, o novo espaço segue protocolos ainda mais rigorosos, pois permite estudos in vivo sobre a interação entre patógenos e seus hospedeiros. Essa abordagem é essencial para a vigilância em saúde e para o desenvolvimento de vacinas.

Vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Alda Maria Cruz pontuou que a pandemia de Covid-19 deixou importantes legados e impulsionou avanços científicos. “Os estudos com biomodelo são fundamentais para a saúde pública, eles são uma espécie de chave-mestra para as descobertas”, salientou.

O coordenador do Centro de Experimentação Animal (CEA) do IOC/Fiocruz, André Nunes de Sales, destacou o impacto da nova estrutura. “Este novo laboratório é capaz de promover uma alta contenção biológica e reduzir riscos de trabalho. Agora, podemos manipular agentes patogênicos que anteriormente não era possível. Para a população, isso significa respostas mais rápidas a emergências sanitárias”, frisou.

Com 70 m², o espaço possui uma estrutura tecnológica avançada, composta por quatro áreas principais, sendo duas salas de quarentena e inoculação e outras duas voltadas para a experimentação. O ambiente permite o trabalho simultâneo de até quatro cientistas.


Laboratório segue rigorosos protocolos de segurança (foto: Rudson Amorim)

A diretora do IOC/Fiocruz, Tania Araujo-Jorge, destacou a relevância do NBA3 para o trabalho colaborativo em pesquisa. “Este espaço pode ser utilizado por cientistas de todo o Rio de Janeiro. É um ganho enorme para a cidade. Poderemos, por exemplo, colaborar ainda mais com as pesquisas realizadas nas universidades”, comemorou.

O coordenador da Plataforma NB3 do IOC/Fiocruz, Marco Horta, reforçou o caráter estratégico da nova estrutura. “Esses laboratórios desempenham papéis centrais na vigilância em saúde do país, na pesquisa translacional, inovação, formação e capacitação. Quanto mais gente formada e treinada, mais rápida será a nossa resposta a emergências”, comentou.

A criação do novo laboratório era uma demanda antiga dos pesquisadores, com o objetivo de viabilizar estudos sobre determinadas patologias que exigem alto nível de contenção. A nova estrutura permitirá ampliar pesquisas, garantir respostas mais ágeis e fortalecer a autonomia científica do Instituto.

“Precisamos dessa infraestrutura para desenvolver medicamentos e vacinas, por exemplo. Se não tivermos um ambiente seguro para atuação com patógenos de alto risco, não temos como realizar inúmeras pesquisas”, destacou o chefe do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC/Fiocruz, Marcelo Alves Pinto, que utilizará o espaço em estudos com o vírus Sars-CoV-2.

Além de abrir espaço para novas linhas de pesquisa, o laboratório também fortalecerá estudos em andamento, com impacto direto em diversas áreas do Instituto, como Virologia e Imunologia. O projeto do NBA3 foi desenvolvido em parceria com a empresa Biotec e contou com emenda parlamentar do deputado Paulo Ramos (PDT).




Autor: Laura Cordeiro (IOC/Fiocruz)
Fonte: fiocruz
Sítio Online da Publicação: fiocruz
Data: 14/10/2025
Publicação Original: https://fiocruz.br/noticia/2025/10/novo-laboratorio-de-alta-contencao-nivel-3-amplia-capacidade-de-pesquisa-nacional

Fiocruz pra Você 2025 vai levar vacinação, arte e cultura a todo o país

O Fiocruz pra Você 2025 ocorrerá no próximo sábado (18/10), data escolhida pelo Ministério da Saúde como o Dia D de mobilização nacional pela vacinação. Tradição da Fiocruz, o evento celebra a saúde e a cidadania, oferecendo gratuitamente vacinação para crianças e adultos, além de atividades culturais, ações de divulgação científica e iniciativas de promoção da saúde. O mote deste ano é Vacina é vida. Veja a programação completa.



Além da imunização, o público encontrará uma programação repleta de atrações culturais, espaços de lazer e oficinas interativas, voltadas à divulgação científica e à promoção da saúde, além da presença do Zé Gotinha (Foto: Peter Ilicciev)

Em 2025, o evento integra as comemorações dos 125 anos da Fundação, reafirmando o compromisso da instituição com a ciência e a vida. “Na Fiocruz, produzimos vacina, acreditamos na vacina e celebramos a vacina. Há 125 anos trabalhamos em prol da saúde e da vida das pessoas”, reforça o presidente da Fundação, Mario Moreira. O Fiocruz pra Você é também uma das ações da instituição contra a desinformação em saúde.

No Rio de Janeiro, o Fiocruz pra Você 2025 ocorrerá no campus de Manguinhos, das 8h às 17h, com entrada gratuita e classificação livre. Serão oferecidas vacinas para diferentes faixas etárias. Os responsáveis devem levar a caderneta de vacinação da criança e do adolescente. As crianças de 2 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias poderão tomar as vacinas Inativada Poliomielite (VIP), Pentavalente e Pneumocócica 10. Adultos também poderão apresentar documento oficial com foto para se imunizar contra Covid-19 e influenza.

Além da imunização, o público encontrará uma programação repleta de atrações culturais, espaços de lazer e oficinas interativas, voltadas à divulgação científica e à promoção da saúde. “Se você mora no Rio, venha celebrar com a gente. Especialmente, se você mora no entorno, nas proximidades, é nosso convidado especial. É um dia de vacina, de cultura, de brincadeiras, de diversão, mas também de muita conscientização”, convida Moreira.

A programação será ampla e diversificada, com atividades para todas as idades — crianças, jovens, adultos e idosos. Haverá atividades de norte a sul do país, nas cidades de Manaus, Porto Velho, Brasília, Eusébio (CE), Teresina, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Ribeirão Preto (SP) e Curitiba, que sediam unidades da Fiocruz.

Fiocruz pra Você em todo o Brasil

A Fiocruz Amazônia, em Manaus, preparou uma programação que une informação e diversão. O espaço contará com salas de vacinação, um ambiente instagramável temático, brincadeiras, jogos educativos, contação de histórias e mediação de leitura, além de atividades artísticas e recreativas voltadas a toda a família.

Em Porto Velho, o evento será realizado no histórico Complexo Madeira-Mamoré, um dos principais patrimônios culturais da cidade. Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a Fiocruz Rondônia promoverá um dia de vacinação, atividades culturais, divulgação científica e ações voltadas à cidadania, aproximando a pesquisa científica da comunidade local.

A Fiocruz Piauí apresentará uma programação educativa com diversos setores temáticos, que abordarão desde entomologia e parasitoses até saúde materno-infantil, biologia molecular e ciências sociais. As atividades incluem jogos interativos, demonstrações científicas e ações de conscientização sobre prevenção de doenças e promoção da saúde.

A Fiocruz Ceará realizará uma grande ação integrada com a Secretaria de Saúde local e estadual, oferecendo vacinação, exames e oficinas voltadas ao bem-estar e à saúde mental. O público será recebido ao som da banda Forró 100 Preconceito, formada por usuários do Caps, promovendo um momento de acolhimento e inclusão.

Em Belo Horizonte, o Parque Municipal será o palco da festa, das 9h às 15h. A Fiocruz Minas oferecerá exposições interativas, oficinas educativas, apresentações culturais e atividades de incentivo à vacinação, com apoio da Prefeitura de Belo Horizonte e participação de grupos de pesquisa da instituição.

Na capital federal, a Fiocruz Brasília realizará o evento em parceria com uma unidade de saúde local, ofertando todas as vacinas do calendário nacional de imunização. A programação contará com a presença do Zé Gotinha, distribuição de adesivos e ventarolas, além de uma ambientação temática com o lema Fui vacinado!, reforçando a importância da imunização em todas as idades.

A Fiocruz Bahia reunirá ciência e cultura em um mesmo espaço. A programação inclui exposições entomológicas e de memória institucional, o projeto Cientista do Futuro com sessão de fotos, experiências em 3D, orientações nutricionais e ações educativas sobre prevenção de doenças infecciosas e parasitárias.

No Paraná, o evento será realizado em parceria com as secretarias municipais de Saúde e de Esporte, Lazer e Juventude, oferecendo vacinação, jogos gigantes, atividades recreativas como xadrez e tênis de mesa, cama elástica e apresentações de teatro de fantoches da Guarda Municipal, em um ambiente lúdico e educativo.

Em Ribeirão Preto (SP) a Fiocruz promoverá vacinação de rotina em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, complementada por atividades de conscientização e educação em saúde, destacando o papel da imunização na proteção coletiva e no fortalecimento da saúde pública.

Criado em 1994, o Fiocruz pra Você nasceu como uma ação de promoção da cidadania e enfrentamento da violência nas comunidades próximas à Fundação. Desde então, o evento se consolidou como um marco anual de integração entre a ciência e a sociedade, reafirmando os valores da instituição: promover saúde, desenvolvimento social e conhecimento científico a serviço da vida.

Serviço
Fiocruz pra Você
Dia: 18/10 (sábado)
Horário: 8h às 17h
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita
Endereço no Rio de Janeiro: Avenida Brasil 4.365 – Manguinhos




Autor: fiocruz
Fonte: fiocruz
Sítio Online da Publicação: fiocruz
Data: 15/10/2025
Publicação Original: https://fiocruz.br/noticia/2025/10/fiocruz-pra-voce-2025-vai-levar-vacinacao-arte-e-cultura-todo-o-pais

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Porque é que os continentes estão todos amontoados numa parte da Terra?



O Atlântico está a aumentar e a empurrar as Américas para longe da Europa e de África. Ainda assim, eles não se distribuíram de forma mais equilibrada pelo planeta e talvez nunca o façam.

A cada 300 a 500 milhões de anos, a maioria dos continentes acaba por se juntar num supercontinente, uma vasta região formada por várias placas tectónicas acima do nível do mar.

Para que um agrupamento seja considerado um supercontinente, é necessário que contenha pelo menos 75% de todas as massas de terra. Apesar de Europa, Ásia e África estarem ligadas, elas cobrem apenas 57% da superfície total da Terra.



Autor: aeiou
Fonte: aeiou
Sítio Online da Publicação: aeiou
Data: 12/10/2025

A 1600 metros de profundidade, os cientistas tentam abrir a porta para o lado oculto do universo


Até 2028, prevê-se completar 1.000 dias de medições. O coração da experiência são duas câmaras de titânio preenchidas com 10 toneladas de xénon líquido ultrapuro, um ambiente silencioso e denso que regista os mais ténues flashes de luz gerados por uma potencial colisão com um WIMP. À sua volta, um Detetor Externo (OD) com líquido cintilante carregado de gadolínio ajuda a distinguir sinais autênticos de ruído de fundo.

Isolamento extremo para ouvir o universo
O segredo da sensibilidade do LZ reside na sua capacidade de reduzir os sinais falsos. Por estar enterrado no subsolo, o detetor está protegido dos raios cósmicos, e a sua estrutura — composta por milhares de componentes de baixa radiação — minimiza a interferência natural do ambiente. Cada camada do sistema tem uma função: bloquear a radiação externa ou rastrear interações que possam imitar a matéria escura.

Autor: tempo
Fonte: tempo
Sítio Online da Publicação: tempo
Data: 13/10/2025

Poderíamos mesmo tornar Marte verde?

Terra.

A Dra. DeBenedictis defende que “estudar a terraformação é, na verdade, estudar como tornar o nosso próprio planeta mais sustentável”.

De “podemos?” para “devemos?”
A transformação de Marte não vai acontecer em breve — nem deve. Mas a discussão já não é apenas teórica. Os investigadores pedem experiências laboratoriais e missões de teste, para avaliar técnicas de aquecimento localizado e biologia sintética controlada.

Pela primeira vez, a conversa passou de “podemos fazer isto?” para “devemos fazê-lo — e se sim, como?”.

E esta mudança, por si só, representa um enorme salto no modo como a humanidade olha para o seu futuro entre as estrelas.

Um planeta frio, seco e com potencial escondido
Marte é um mundo árido, com temperaturas médias em torno dos –63 °C, e uma atmosfera extremamente fina, composta em 95% por dióxido de carbono, sem oxigénio suficiente para sustentar a vida humana. Ainda assim, há razões para o otimismo: estima-se que entre 1,6 e 2,3 milhões de quilómetros cúbicos de gelo de água estejam presos sob a superfície marciana, quantidade suficiente para cobrir todo o planeta com um oceano de 30 metros de profundidade.

Além disso, o solo marciano contém percloratos e minerais oxidantes que poderiam ser transformados, através de processos químicos ou biológicos, em nutrientes úteis. O planeta também recebe luz solar suficiente para suportar fotossíntese, ainda que apenas 44% da intensidade da que chega à Terra.

Da ficção científica à investigação real
A ideia de transformar Marte deixou de ser apenas uma fantasia de filmes como Total Recall ou The Martian. Em 2025, o Green Mars Workshop, organizado pela empresa Pioneer Labs, apresentou um relatório liderado pela Dra. Erika DeBenedictis, que defende uma abordagem científica e faseada à terraformação.

Há trinta anos, terraformar Marte era impossível. Hoje, é apenas extremamente difícil. O motivo? Avanços em áreas-chave como a biologia sintética, a engenharia aeroespacial e a modelação climática mudaram o panorama. Com foguetes como o Starship da SpaceX, o custo de transporte de materiais para Marte pode ser reduzido mil vezes, tornando possíveis experiências em larga escala.

Explicou DeBenedictis.


Autor: sapo
Fonte: sapo
Sítio Online da Publicação: sapo
Data: 13/10/2025

Mais de 100 estudos analisam a água engarrafada em plástico e os resultados fazem com que a gente queira beber água da torneira.

.Mais uma vez, os especialistas insistem no mesmo grande problema. Beber água suficiente é essencial para a saúde, mas raramente pensamos em como a bebemos. Durante décadas, as garrafas plásticas foram consideradas uma solução prática e moderna para transportar e conservar líquidos.

No entanto, a ciência começa a revelar que essa conveniência pode ter um alto custo para o corpo humano e para o planeta.

Os microplásticos — partículas minúsculas com menos de 5 milímetros — e os nanoplásticos, ainda menores, tornaram-se uma ameaça invisível. Ingeridos ou inalados, eles podem chegar a órgãos vitais como o fígado, o cérebro ou o coração.



Vários estudos associam sua acumulação a problemas como hipertensão, diabetes, acidentes vasculares cerebrais e alterações do sistema imunológico, pois afetam a flora intestinal e provocam inflamação crônica. Uma revisão realizada pela Universidade Concordia (Canadá), publicada no Journal of Hazardous Materials, analisou mais de 140 pesquisas sobre garrafas plásticas descartáveis.


Autor: mebelesmajai
Fonte: mebelesmajai
Sítio Online da Publicação: mebelesmajai
Data: 12/10/2025

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

FAPESP lança nova chamada com Agence Nationale de la Recherche


Imagem: Pixabay


Propostas de colaboração com pesquisadores franceses serão apoiadas nas modalidades de Auxílio à Pesquisa Regular ou Projeto Temático


A FAPESP e a Agence Nationale de la Recherche (ANR) anunciam uma nova chamada de propostas para selecionar e apoiar projetos conduzidos em parceria por pesquisadores da França e de instituições de ensino superior e de pesquisa no estado de São Paulo.

Trata-se da 19ª chamada nos termos do acordo de cooperação mantido entre a FAPESP e a ANR.

A edição de 2026 propõe seis blocos temáticos para a elaboração de projetos de pesquisa: Engenharia, Química e Física; Ciências Digitais e Matemática; Ciência dos Materiais; Ciências Sociais e Humanidades; Meio Ambiente, Ecossistemas e Recursos Biológicos; e Biologia e Saúde.

Um pré-cadastro dos interessados deve ser feito pelo pesquisador parceiro francês até o dia 14 de outubro de 2025, por meio de procedimento determinado pela ANR. O pesquisador de São Paulo deve participar da elaboração do documento e incluir suas informações.

Os pesquisadores considerados elegíveis e que tenham pré-cadastros aprovados serão convidados pelas agências a submeter as propostas completas no início de 2026. Na FAPESP, as propostas tramitarão nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular (com duração máxima de 48 meses, excepcionalmente) e Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático (com duração de 48 e 60 meses).

Para se candidatar a um Auxílio Regular ou Temático, a chamada permite a participação de proponentes que sejam pesquisadores responsáveis ou principais de auxílios vigentes em determinadas modalidades, variando de acordo com o tipo de financiamento pleiteado. Pesquisadores devem consultar o item 3.2 para verificar se cumprem os requisitos para elegibilidade com base no tipo de auxílio FAPESP vigente.

A chamada de propostas está disponível em www.fapesp.br/17789.


Autor: fapesp
Fonte: fapesp
Sítio Online da Publicação: fapesp
Data: 02/10/2025

FAPERJ participa da Semana de Encontros Institucionais Brasil–França–África

A partir da esq., a assessora de Relações Internacionais da FAPERJ, Beatriz Ramadas; o coordenador do Campus France Brasil, Éric Bourland; a presidente da FAPERJ, Caroline Alves; o Cônsul da França no Rio, Eric Tallon; a diretora de Coordenação Geográfica da Agência Campus France, Juliette Linares; e a assessora da Diretoria Científica da FAPERJ, Luciana Lopes (Foto: Divulgação)


A FAPERJ participou, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, da Semana de Encontros Institucionais Brasil–França–África 2025, organizada pela Campus France Brasil, no âmbito da Temporada França–Brasil 2025.

As atividades foram abertas com um coquetel de recepção, realizado no dia 29 de setembro, no Consulado Geral da França no Rio de Janeiro. Estiveram presentes a presidente da FAPERJ, Caroline Alves e representantes das assessorias direta da Presidência e de Relações Internacionais da Fundação. O evento contou com a presença de delegações de universidades brasileiras, francesas e africanas, além de autoridades como o cônsul-geral da França no Rio de Janeiro, Eric Tallon; o adido de Cooperação Científica, Vincent Brignol; o adido de Cooperação Universitária e coordenador do Campus France Brasil, Éric Bourland; e a diretora de Coordenação Geográfica da Agência Campus France, Juliette Linares.

No dia 1º de outubro, foi realizado o encontro oficial, no Hotel Windsor Barra, que reuniu 39 instituições francesas de ensino superior, além de representantes de universidades brasileiras e africanas. A mesa de abertura contou com a participação da diretora Científica da FAPERJ, Eliete Bouskela, ao lado do cônsul-geral da França no Rio de Janeiro, Eric Tallon; da presidente da Rede de Relações Internacionais das Instituições de Ensino Superior do Rio de Janeiro (REARI-RJ) e coordenadora da Região Sudeste da Associação Brasileira para a Educação Internacional (FAUBAI), Livia Reis; a diretora de Coordenação Geográfica da Agência Campus France, Juliette Linares; e a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho.

Durante os encontros, representantes das instituições debateram possibilidades de ampliação da mobilidade acadêmica e da cooperação científica entre Brasil, França e países africanos, em áreas estratégicas para a pesquisa e a inovação. Segundo a diretora Científica da FAPERJ, a cooperação internacional em ciência é o caminho para enfrentar os grandes desafios globais e encontrar soluções conjuntas para os problemas do mundo. "Trabalhar em parceria com instituições estrangeiras permite fortalecer a pesquisa brasileira e gerar impactos concretos na sociedade”, disse Eliete.

A Semana de Encontros Institucionais também reforçou a importância da cooperação internacional para o Estado do Rio de Janeiro, consolidando a cidade como polo estratégico de ciência e inovação. Alinhados a essa perspectiva, a FAPERJ deverá lançar, ainda em 2025, dois editais de mobilidade: a 6ª Edição do Edital de Mobilidade Internacional FAPERJ/França, voltado a parcerias com instituições francesas; e um edital de mobilidade com foco nos continentes, que incluirá uma faixa específica destinada a instituições localizadas em países africanos.



Autor: faperj
Fonte: faperj
Sítio Online da Publicação: faperj
Data: 02/10/2025
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=879.7.2