quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Brasil tem 132 casos suspeitos de coronavírus

Com coronavírus, governo antecipa campanha de vacinação contra a gripe


O Brasil tem 132 casos suspeitos de coronavírus, de acordo com balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (27). O número representa um salto em relação ao dia anterior, quando havia 20 casos. O aumento poderia ser ainda maior, já que outras 213 notificações foram enviadas pelos estados, mas os técnicos do ministério não conseguiram fazer a análise antes da finalização do boletim.



Na quarta-feira (26), o governo confirmou o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem que mora em São Paulo, tem 61 anos, e veio da Itália.


Neste novo boletim, nenhum outro caso foi confirmado. O crescimento no número de casos ocorre em paralelo à dispersão dos casos na Europa e como consequência de mudanças no protocolo.



"A única alteração dos critérios de casos suspeitos é que agora ampliamos o número de países (agora 16) que o paciente esteve. Antes era só a China." - João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde




Suspeitas de Covid-19



De acordo com o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, os técnicos não tiveram tempo para analisar todas as notificações recebidas das secretarias estaduais de saúde. Ele dá como certo que, entre as mais de 200 notificações pendentes, muitas serão classificadas como casos suspeitos. O secretário-executivo chegou a falar na possibilidade de cerca de 300 casos, considerando os 132 suspeitos e as notificações que ainda serão confirmadas.


Gabbardo explicou que, entre os 132 suspeitos, dois casos já foram testados para vírus respiratórios comuns e apresentaram resultado negativo. Agora, eles passam por análise específica para o coronavírus.


Entre os pacientes com quadros sob investigação, 121 têm histórico de viagem para países com transmissão da doença, outros 8 pacientes tiveram contato com casos suspeitos e três são contatos do paciente de 61 anos já confirmado com Covid-19.



Casos suspeitos por estados



Pelo país, os casos suspeitos estão distribuídos da seguinte forma: São Paulo (55), Rio Grande do Sul (24), Rio de Janeiro (9), Santa Catarina (8), Paraná (5), Distrito Federal (5), Minas Gerais (5), Ceará (5), Rio Grande do Norte (4), Pernambuco (3), Goiás (3), Mato Grosso do Sul (2), Paraíba (1), Alagoas (1) e Bahia (1) e Espírito Santo (1).



Dicas de prevenção contra o coronavírus — Foto: Arte/G1



Vacinação antecipada



Ainda nesta tarde, em São Paulo, o governo federal anunciou que vai antecipar a campanha de vacinação para 23 de março. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com a vacina da gripe, os pacientes que chegarem às unidades de saúde com sintomas gripais e informarem que tomaram a vacina irão facilitar o diagnóstico do coronavírus, já que as doenças contempladas na vacina não serão consideradas.


"Ela é uma campanha nacional e nós definimos que, nós trabalharemos para o dia 23 de março. Antecipando em 23 dias a data prevista original para essa campanha", disse Mandetta.


"Por que fazer a campanha? Por que recomendar a vacina? Se essa vacina, ela me dá cobertura, ela deixa o sistema imunológico do indivíduo de 80%, daqueles que tomam a vacina, protegidos contra essas cepas de influência, essas cepas virais que estão circulando que são milhares de vezes mais comuns que o corona vírus, para um eventual profissional de saúde, um médico, na hora que um indivíduo um mês depois, dois meses depois, se ele tem um quadro gripal ele informa que foi vacinado ele auxilia muito o raciocínio desse profissional para pensar na possibilidade de outras viroses, que não aquelas que são cobertas pela vacina", disse o ministro.




Autor: Brenda Ortiz, G1
Fonte: G1
Sítio Online da Publicação: G1
Data: 27/02/2020
Publicação Original: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/02/27/brasil-tem-132-casos-suspeitos-de-coronavirus.ghtml

Veja as dicas da OMS para evitar o contágio e a disseminação do novo coronavírus

Ações básicas podem evitar contágio e propagação do novo coronavírus


Foto: © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando com especialistas para expandir o conhecimento médico sobre o novo coronavírus. Dados sobre a transmissão, recuperações e óbitos são importantes para conhecer melhor a doença e a proporção da epidemia.

ABr

Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, a Agência Brasil preparou um guia de medidas básicas para evitar o contágio e a disseminação dos vírus que atacam o sistema respiratório, em especial o coronavírus. As informações são da OMS.

Confira:

Higienize as mãos

Lave suas mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de álcool em gel.

Por quê? Esfregar as mãos ajuda a eliminar traços do vírus que podem estar presentes em lugares de uso comum.

Mantenha distância social

Mantenha pelo menos um metro de distância de pessoas que apresentam tosse ou espirros constantes.

Por quê? A tosse e o espirro propagam pequenas gotas de secreção e saliva que podem conter vírus. Com a proximidade, a chance de respirar ou ter contato essas gotículas aumenta.

Evite tocar os olhos, o nariz e a boca

Evite coçar, esfregar ou ter qualquer tipo de contato com as mucosas. Essas áreas têm contato direto com a corrente sanguínea e são mais sensíveis à presença de agentes de contaminação

Por quê? As mãos estão em contato constante com superfícies que podem ser vetores de transmissão de vírus e bactérias. Mantê-las longe das mucosas diminui a chance de ficar doente.

Pratique higiene respiratória

Tenha boas práticas de higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço curvado ou com um lenço de tecido ou papel ao tossir e espirrar. Descarte ou higienize o material usado imediatamente.

Por quê? Gotículas de saliva e secreção são vetores do Covid-19. Evitar que outras pessoas entrem em contato com saliva contaminada evita não apenas o coronavírus, mas uma série de doenças respiratórias.

Em caso de febre ou dificuldade respiratória, busque ajuda médica rapidamente

Não saia de casa se estiver com febre. Se os sintomas persistirem e caso haja dificuldade respiratória, busque atenção especializada imediatamente.

Por quê? Apesar de serem sintomas comuns, uma ação rápida pode evitar problemas mais sérios e o desenvolvimento de sintomas mais graves de infecções respiratórias.

Uso de máscaras

Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros não precisam usar máscaras

Por quê? Apenas profissionais de saúde e pessoas que apresentem sintomas parecidos com os do novo coronavírus precisam usar máscaras. A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado. A OMS recomenda o uso racional das máscaras.

Fique bem informado e siga os procedimentos do Ministério da Saúde

Por quê? Autoridades nacionais e locais têm a informação mais atualizada sobre a situação de saúde na sua área. Tomar atitudes preventivamente ajuda o sistema de saúde a distribuir e compreender de maneira ágil a disseminação de qualquer doença.



Por Pedro Ivo Oliveira, da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 27/02/2020




Autor: Pedro Ivo Oliveira
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 27/02/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/02/27/veja-as-dicas-da-oms-para-evitar-o-contagio-e-a-disseminacao-do-novo-coronavirus/

Aula inaugural do INI discute os riscos e desafios do novo coronavírus

Os Programas de Pós-Graduação Stricto e Lato sensu do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) darão início ao ano letivo 2020 com a aula inaugural que terá como tema COVID19 – Riscos e desafios de uma virose emergente, ministrada pelo vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Estevão Portela Nunes.

A atividade será aberta ao público e acontecerá no dia 2 de março, às 10h, no Auditório do Pavilhão de Ensino do INI.



Programação

08h30 – Coffee break;
9h – Abertura: Valdiléa Veloso – diretora do INI/Fiocruz;
10h – Aula inaugural: Estevão Portela Nunes – vice-diretor de Serviços Clínicos do INI/Fiocruz;
11h – Coral Nossa Voz: Grupo de Laringectomizado Total do Hospital Federal de Bonsucesso (GALT/HFB)




Autor: Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 20/02/2020
Publicação Original: https://portal.fiocruz.br/noticia/aula-inaugural-do-ini-discute-os-riscos-e-desafios-do-novo-coronavirus

Transmissão do novo coronavírus pode ter começado em novembro



Por: Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


Diante da emergência de agentes com capacidade para provocar doenças em humanos, como o novo coronavírus – Covid-19, cientistas de todo o mundo passam a atuar intensamente na busca por respostas sobre o comportamento do patógeno. Funciona como um grande quebra-cabeças: a cada nova pesquisa, um conjunto de dados cada vez mais robusto se forma, de modo a contribuir para elucidar características importantes para a resposta à emergência. Dentre elas, questões fundamentais como o tempo de incubação de um vírus, as formas de transmissão e a taxa de mortalidade, por exemplo.

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram de um estudo que teve como objetivo esclarecer as dinâmicas de transmissão do novo coronavírus e os vestígios do início e dispersão do surto. A pesquisa, publicada no periódico científico Pathogens and Global Health, foi conduzida por um grupo de trabalho que reúne especialistas do Laboratório de Flavivírus do IOC, da Universidade Campus Biomédico de Roma e da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores analisaram 29 sequências genéticas completas do Covid-19 e duas sequências altamente semelhantes de coronavírus do tipo SARS originadas em morcegos disponíveis nos bancos de dados internacionais GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data) e NCBI (National Center for Biotechnology Information).

“Identificar as características genéticas do novo coronavírus é parte fundamental para uma resposta em tempo real a respeito da dispersão do vírus, especialmente com base nos genomas que estão sendo publicados”, ressaltou o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcantara, do Laboratório de Flavivírus do IOC.

Com o uso de ferramentas de bioinformática, os especialistas construíram análises filogeográficas, que estimam a possível trajetória do microrganismo, e filogenéticas – uma espécie de árvore genealógica, só que do vírus. “Os dados encontrados corroboraram o atual cenário epidemiológico, indicando a cidade de Wuhan, na China, como a mais provável origem geográfica do surto”, explica Marta Giovanetti, pesquisadora visitante do Laboratório de Flavivírus do IOC. Os pesquisadores estimam que a emergência do surto teve início no final de novembro de 2019. Os resultados reforçam, ainda, a hipótese de que o Covid-19 tenha se originado de morcegos, possivelmente do gênero Rhinolophus.

O estudo ressalta, ainda, a importância do rastreamento da emergência de novas rotas ou padrões de transmissão devido à rápida taxa de evolução e dinâmica populacional do vírus.



Autor: Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 27/02/2020
Publicação Original: https://portal.fiocruz.br/noticia/transmissao-do-novo-coronavirus-pode-ter-comecado-em-novembro

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Instalar energia solar está mais barato para os brasileiros em 2020



Economizar na conta de luz através de um sistema de energia solar é uma solução que está mais acessível para os brasileiros este ano.

A informação é baseada nos dados do último estudo estratégico da empresa Greener sobre o mercado fotovoltaico brasileiro de geração distribuída, lançado no começo de fevereiro.

Segundo o estudo, os preços para aquisição da tecnologia para o consumidor final registrados em janeiro de 2020 tiveram redução média de 9,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Os responsáveis por esse barateamento foram os equipamentos do kit de energia solar, que apresentaram redução média de 6% nos preços em relação a junho de 2019.

A pesquisa foi elaborada de acordo com as informações de 884 empresas de energia solar entrevistadas no mercado de geração distribuída.

Com base na média de valores apresentada, um sistema residencial de pequeno porte, capaz de atender um consumo de até 300 quilowatts-hora/mês, custa hoje no Brasil cerca de R$12 mil.

O preço é metade do custo atual do carro popular mais barato no país e um dos motivos que explicam a rápida popularização dessa tecnologia que possui 25 anos de vida útil.

Com a economia de até 95% gerada na conta de luz, o consumidor ainda obtém o retorno desse investimento em pouco tempo, cerca de 3 a 6 anos.

E é justamente a economia nas faturas que o brasileiro quer, sendo ela a principal motivação de compra da tecnologia apontada por 92,7% das empresas.

Por outro lado, a maior objeção registrada ainda é o custo dos sistemas, considerado caro por 31,5% dos consumidores atendidos pelas empresas analisadas na pesquisa.

A solução para esse impasse está nas linhas de financiamento de energia solar, forma de pagamento utilizada por 81% das entrevistadas.

Um dado interessante revelado pela pesquisa foi o aumento de empresas com foco exclusivo na tecnologia fotovoltaica, sinal do crescimento de mercado e aumento no faturamento.

De acordo com a mais recente projeção da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), atualmente o Brasil possui 14 mil empresas no segmento de geração distribuída.

Com os preços mais acessíveis e maior oferta da tecnologia, a associação prevê um salto da capacidade instalada da tecnologia e cerca de R$16,4 bilhões em investimentos em 2020.


in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 19/02/2020



Autor: Ruy Fontes
Fonte: Agência #movidos
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 19/02/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/02/19/instalar-energia-solar-esta-mais-barato-para-os-brasileiros-em-2020/

Conselho Nacional de Saúde recomenda que STF vote pelo fim da isenção fiscal de agrotóxicos


pulverização aérea de agrotóxicos


Benefício fiscal concedido aos agrotóxicos é denunciado como inconstitucional por ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente; julgamento ocorre na quarta-feira, 19/2.

IDEC

O CNS (Conselho Nacional de Saúde) recomendou aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que declarem a inconstitucionalidade dos benefícios fiscais concedidos aos agrotóxicos, como prevê as cláusulas Primeira e Terceira do Convênio Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) 100/97. A orientação foi aprovada pelo Plenário do CNS na 326ª Reunião Ordinária, realizada na última sexta-feira (14) em Brasília.

Na quarta-feira (19), o STF julga a ADI 5.553/DF (ação direta de inconstitucionalidade), que tem o objetivo de derrubar esse benefícios fiscais concedidos aos agrotóxicos.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que tem um assento no CNS, forneceu os subsídios para elaboração da recomendação. Entre os argumentos considerados estão o fato de que “os malefícios do consumo de alimentos produzidos com agrotóxicos têm vasta comprovação científica produzida por instituições especializadas e de notável prestígio” e que os benefícios fiscais violam o princípio da defesa do consumidor previsto na Constituição Federal que visa a proteger a vida e a saúde da população.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), os agrotóxicos matam 200 mil pessoas por ano em todo o mundo por intoxicação aguda. No Brasil, em média, sete pessoas são intoxicadas por dia. Informações do Ministério da Saúde mostram que de 2007 a 2017, 1.824 pessoas morreram devido ao uso de venenos e outras 718 pessoas tiveram sequelas.

“O Estado deveria agir no sentido de minimizar o uso de agrotóxicos e não de aumentar. Tal ação desincentiva o desenvolvimento de alternativas técnicas para a produção agrícola e não estimula produtores a migrar para modelos menos nocivos. Como resultado, esses benefícios fiscais intensificam a oferta de alimentos nocivos à saúde no mercado de consumo brasileiro”, afirma Mariana Gondo, advogada do Idec.

Para colaborar na argumentação técnica e jurídica sobre impactos sociais e econômicos dessa isenção fiscal, organizações da sociedade civil e redes de defesa dos direitos humanos participam do julgamento da ação na condição de amicus curiae (amigo da corte).

“É um contrassenso em um momento de extrema política de austeridade e corte de direitos sociais manter benefícios a produtos que comprovadamente causam inúmeros danos e impactos à saúde humana e à biodiversidade brasileira”, aponta Naiara Bittencourt, advogada popular da Terra de Direitos e integrante da Campanha Contra os Agrotóxicos e pela Vida.

O Greenpeace também engrossa o coro contra os benefícios fiscais. A organização redigiu uma manifestação técnica para o STF mostrando a visão sobre o modelo agrícola brasileiro e os agrotóxicos. “Nunca se liberou tanto veneno quanto em 2019. Mais agrotóxicos no mercado e isenção fiscal é a combinação perfeita para nos distanciar cada vez mais de uma agricultura verdadeiramente sustentável. Esse casamento entre poder público e agrotóxicos tem custado caro para o bolso do País e para a nossa saúde. Defender o fim dessa aliança é torcer por todos nós!”, analisa Marina Lacôrte, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil.

Segundo estudo da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), feito por pesquisadores da Fiocruz e da UFRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), o valor que o governo federal e os estados deixam de arrecadar com a isenção fiscal aos pesticidas é equivalente a quase quatro vezes o orçamento total previsto para o Ministério do Meio Ambiente para 2020, um total de R$ 2,7 bilhões.

Estima-se que para cada dólar usado na compra de agrotóxicos, até 1,28 dólar é gasto para o tratamento de intoxicações agudas, ou seja aquelas que ocorrem imediatamente após a aplicação. O cálculo não considera o custo ao sistema público de saúde no tratamento das intoxicações crônicas, das doenças que resultam da exposição constante ao agrotóxico.

Ao todo, quatro pedidos – individuais e coletivos – foram admitidos pela Corte para apoiar o fim dos benefícios. Os autores são a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, ABA (Associação Brasileira de Agroecologia), Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Fian Brasil, Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e Terra de Direitos. Todas as organizações têm trabalhado em conjunto para mobilizar a sociedade sobre o assunto.

ADI 5553

A ação é movida pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e questiona dois dispositivos legais que concedem benefícios fiscais aos venenos: o Decreto nº 7.660/11 e o Convênio 100/97 do Confaz.

A primeira norma garante isenção de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para alguns agrotóxicos. Já a segunda, reduz em 60% a base de cálculo do ICMS nas saídas interestaduais dos agrotóxicos, além de possibilitar que os estados reduzam a base de cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incidente sobre os produtos em até 60% nas operações internas.

Fonte: IDEC


in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 19/02/2020





Autor: EcoDebate
Fonte: IDEC
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 19/02/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/02/19/conselho-nacional-de-saude-recomenda-que-stf-vote-pelo-fim-da-isencao-fiscal-de-agrotoxicos/

Aquecimento e acidificação dos oceanos podem eliminar quase todos os habitats dos recifes de coral até 2100



O aumento da temperatura da superfície do mar e das águas ácidas pode eliminar quase todos os habitats existentes nos recifes de coral até 2100, sugerindo que os projetos de restauração nessas áreas provavelmente enfrentarão sérios desafios, de acordo com uma nova pesquisa apresentada ontem no Ocean Sciences Meeting 2020 .

Por Lauren Lipuma*
American Geophysical Union

Os cientistas projetam que 70 a 90% dos recifes de coral desaparecerão nos próximos 20 anos como resultado das mudanças climáticas e da poluição. Alguns grupos estão tentando conter esse declínio transplantando corais vivos cultivados em laboratório para recifes moribundos. Eles propõem novos corais jovens para aumentar a recuperação do recife e trazê-lo de volta a um estado saudável.

Mas um novo mapeamento de pesquisa onde esses esforços de restauração seriam mais bem-sucedidos nas próximas décadas mostra que, até 2100, poucos a zero habitats de coral adequados permanecerão. As descobertas preliminares sugerem que a temperatura e a acidez da superfície do mar são os fatores mais importantes para determinar se um local é adequado para restauração.

“Até 2100, parece bastante sombrio”, disse Renee Setter, biogeógrafa da Universidade do Havaí em Manoa, que apresentará as novas descobertas.

Os resultados destacam alguns dos impactos devastadores que o aquecimento climático da Terra terá na vida marinha, segundo os pesquisadores. Embora a poluição represente inúmeras ameaças às criaturas oceânicas, a nova pesquisa sugere que os corais correm maior risco de mudanças provocadas pelas emissões em seu ambiente.

“Tentar limpar as praias é ótimo e tentar combater a poluição é fantástico. Precisamos continuar esses esforços ”, disse Setter. “Mas, no final das contas, é realmente o que precisamos defender contra as mudanças climáticas para proteger os corais e evitar estressores compostos”.

Projetando o futuro dos recifes de coral

Os recifes de coral em todo o mundo enfrentam um futuro incerto à medida que a temperatura do oceano continua a subir. As águas mais quentes estressam os corais, causando a liberação de algas simbióticas que vivem dentro deles. Isso torna as comunidades de corais tipicamente de cores vibrantes brancas, um processo chamado branqueamento. Os corais branqueados não estão mortos, mas correm maior risco de morrer, e esses eventos de branqueamento estão se tornando mais comuns nas mudanças climáticas.

No novo estudo, Setter e seus colegas mapearam quais áreas do oceano seriam adequadas para os esforços de restauração de corais nas próximas décadas. Os pesquisadores simularam condições do ambiente oceânico, como temperatura da superfície do mar, energia das ondas, acidez da água, poluição e sobrepesca em áreas onde existem corais. Para levar em consideração a poluição e a sobrepesca, os pesquisadores consideraram a densidade populacional humana e o uso da cobertura do solo para projetar quanto lixo seria liberado nas águas circundantes.

Os pesquisadores descobriram que a maioria das partes do oceano onde os recifes de corais existem hoje não serão habitats adequados para os corais até 2045, e a situação piorou à medida que a simulação se estendia até 2100.

Os poucos locais viáveis até 2100 incluíam apenas pequenas porções da Baja Califórnia e do Mar Vermelho, que não são locais ideais para recifes de coral devido à sua proximidade com rios.

O aumento da temperatura e a acidificação dos oceanos são os principais responsáveis pela diminuição dos habitats de coral, de acordo com os pesquisadores. Os aumentos projetados na poluição humana têm apenas uma pequena contribuição para a eliminação futura do habitat dos recifes, porque os seres humanos já causaram danos tão extensos nos recifes de coral que ainda não existem muitos locais para impactar, disse Setter.


* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 18/02/2020




Autor: Henrique Cortez
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 19/02/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/02/19/aquecimento-e-acidificacao-dos-oceanos-podem-eliminar-quase-todos-os-habitats-dos-recifes-de-coral-ate-2100/

Antártica, 20 graus: o continente gelado emite sinal de alerta, por Sucena Shkrada Resk



Nem sempre os recordes são sinais de celebração. O que dizer, então, sobre o registro da temperatura de 20,75 graus C na Ilha Seymour, na Antártica, no último dia 9 de fevereiro? É bom frisar – GRAUS POSITIVOS, no continente gelado. O anúncio foi feito pelo cientista brasileiro Carlos Schaefer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que integra o Projeto brasileiro Terrantar (que monitora os impactos das mudanças climáticas em 23 locais na Antártica), ao jornal britânico The Guardian.

O que significa esta informação?

Em linhas gerais, que o derretimento do gelo se acelera e contribui ao aumento do nível dos oceanos e mares. Com isso, há a desestabilização gradativa de todo o ecossistema e da vida na zona costeira e em países insulares, neste século, e clima no planeta. Mais um ângulo dos efeitos das Mudanças Climáticas e do Aquecimento Global na era fóssil e dos desmatamentos, que geram o descontrole dos Gases de Efeito Estufa (GEEs) e refletem no aumento da temperatura global. A pergunta que persiste diante deste desafio da humanidade: há tempo para ceticismos?

Apesar de ainda haver um trâmite oficial protocolar de se aguardar a confirmação dos dados pela Organização Mundial Meteorológica Mundial (OMM), o fato irrefutável é o seguinte: não há o que comemorar e nunca foi tão necessário defender a Ciência e o investimento em pesquisas. E priorizar a manutenção das pesquisas na base antártica brasileira Comandante Ferraz, reinaugurada em janeiro deste ano, após incêndio ocorrido há oito anos.

Além da Antártica, o processo de derretimento do gelo, com o aumento mais frequente das temperaturas, está acelerado na Groenlândia e no outro extremo do planeta, no Ártico, como também no Alasca e nos Andes. O relatório sobre os Oceanos e Criosfera produzido por cientistas que integram o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), apresentado na Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP-25), em dezembro, em Madri, reitera os alertas. E não é por acaso que foi instituída a Década das Nações Unidas para a Ciência dos Oceanos (2021-2030).

Antes dessa temperatura acima dos 20 graus C na Antártida, foi registrado lá, em 1982, 19,8 graus C, na Ilha Signy. No dia 6 de fevereiro deste ano, o extremo Norte da Península Antártica havia registrado 18,3 graus C, segundo pesquisador argentino da Base Esperanza. E em 2015 – 17,5 graus C. A porção oeste do continente tem apresentado os maiores impactos. As gigantescas geleiras Thwaites e Pine Island estão literalmente derretendo.

Por que a Antártida é tão importante para a humanidade no planeta?

A resposta é simples: 70% da água doce se concentram no formato de gelo e neve no mundo. Com todas as inconstâncias climáticas desde a era pré-industrial, cientistas do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC) avaliam que os oceanos estarão até 110 cm mais altos até o final deste século. Isso quer dizer que o comprometimento de países insulares e de zonas costeiras é inevitável e deslocamentos migratórios em decorrência das mudanças climáticas e do Aquecimento Global já são uma realidade. Já em 2017, o Laboratório de Propulsão à Jato da NASA tem realizado previsões sobre o que pode acontecer com 293 cidades portuárias no mundo, com os derretimentos em massa do gelo em todas as principais áreas no mundo. Aqui no Brasil, Belém, Recife e Rio de Janeiro sofrerão impactos.

O que causa maior preocupação é que as cidades excepcionalmente se preparam para estes cenários e poucas têm planos de combate às mudanças climáticas, que inferem primordialmente a adaptação e redução de danos.

Na Antártica, o ecossistema já sofre baixas significativas. Os cientistas têm pesquisado o declínio de mais de 50% nas colônias de pinguins de chinstrap, que dependem do gelo marinho, na região da península Antártica. O clima, por sua vez, fica cada vez mais instável, porque altera as correntes oceânicas e os níveis do Aquecimento Global, segundo pesquisadores. É uma retroalimentação de comprometimentos, que tem o “dedo” do ser humano, neste período chamado Antropoceno.

*Sucena Shkrada Resk – jornalista, formada há 28 anos, pela PUC-SP, com especializações lato sensu em Meio Ambiente e Sociedade e em Política Internacional, pela FESPSP, e autora do Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk (https://www.cidadaosdomundo.webnode.com), desde 2007, voltado às áreas de cidadania, socioambientalismo e sustentabilidade.


Artigo enviado pela Autora e originalmente publicado no Blog Cidadãos do Mundo.

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 19/02/2020






Autor: Sucena Shkrada Resk
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 19/02/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/02/19/antartica-20-graus-o-continente-gelado-emite-sinal-de-alerta-por-sucena-shkrada-resk/

O sistema alimentar atual pode alimentar apenas 3,4 bilhões de pessoas, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

“Todos os nossos problemas ambientais se tornam mais fáceis de resolver com menos gente
e mais difíceis e, em última instância, impossíveis de resolver com cada vez mais pessoas”. David Attenborough







Está cada vez mais difícil produzir alimentos de forma sustentável. O relatório “Climate Change and Land”, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU (08/08/2019) – que trata da conexão entre o uso da terra e seus efeitos sobre a mudança climática – mostra que existe um efeito perverso de retroalimentação entre as duas coisas, pois a produção de alimentos aumenta o aquecimento global, enquanto as mudanças climáticas decorrentes ameaçam a produção de alimentos.

O relatório do IPCC mostra, de forma inquestionável, que o crescimento da população mundial e o aumento do consumo per capita de alimentos (ração, fibra, madeira e energia) têm causado taxas sem precedentes de uso de terra e água doce, com a agricultura atualmente respondendo por cerca de 70% do uso global de água doce. Adicionalmente, o aumento da produção e consumo de alimentos contribuíram para o aumento das emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE), perda de ecossistemas naturais e diminuição da biodiversidade. O sistema alimentar responde por cerca de 30% de todas as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e 80% do desmatamento global.

Trabalho acadêmico publicado na prestigiosa revista Nature Sustainability (Gerten et. al, 2020) mostra que o sistema alimentar mundial atual pode alimentar apenas 3,4 bilhões de pessoas sem transgredir os principais limites planetários, de acordo com uma análise do sistema agrícola global. Todavia, a reorganização da produção de alimentos – alterando a forma de cultivar e modificando a dieta cotidiana predominante – possibilitaria alimentar até 10 bilhões de pessoas de forma sustentável.

Os autores dizem categoricamente que “Não devemos continuar na direção de produzir mais alimentos às custas do meio ambiente”. Utilizando o arcabouço teórico das Fronteiras Planetárias, a equipe de Gerten analisou os quatro limites que são relevantes para a agricultura: não usar muito nitrogênio, o que causa zonas mortas em lagos e oceanos; não tirar muita água doce dos rios; não derrubar muita floresta; e manutenção da biodiversidade.

A conclusão da equipe é que metade da produção de alimentos hoje viola esses limites. No entanto, essa análise também é a primeira a fornecer informações sobre onde, geograficamente, esses limites estão sendo transgredidos. Ao mudar o que é cultivado, a equipe diz que seria possível alimentar 10 bilhões de pessoas dentro dos quatro limites.

Isso envolveria a criação de espaços anecúmenos para a reselvagerização de áreas onde mais de 5% das espécies estejam ameaçadas; reflorestar terras agrícolas onde mais de 85% da floresta tropical foi derrubada; reduzir a captação de água para irrigação e outras finalidades; e diminuição da fertilização nitrogenada, onde os níveis na água superficial são muito altos. As fazendas podem ser expandidas em áreas onde esses limites não estejam sendo excedidos. Poderia, por exemplo, restringir o uso de fertilizantes em partes do leste da China e da Europa central e expandi-lo em partes da África Subsaariana e do oeste dos EUA.

Segundo o estudo, tais mudanças permitiriam a produção sustentável de alimentos suficientes para matar a fome de 7,8 bilhões de pessoas, aproximadamente a atual população mundial. Reduções no desperdício de alimentos e uma mudança no consumo de carne podem aumentar este limite para 10,2 bilhões de habitantes – um pouco mais do que a população mundial projetada para 2050. Uma grande ressalva é que se pressupôs que o planeta não vai aquecer mais de 1,5° C. Um aquecimento global descontrolado poderá degradar completamente a produção de comida e gerar uma insegurança alimentar sem precedentes.

Em síntese, o mundo conseguiu reduzir de forma significativa a fome no mundo a partir do uso dos combustíveis fósseis e da destruição de muitos ecossistemas. A continuidade deste caminho pode levar a humanidade para o precipício, pois a biocapacidade da terra está diminuindo e os meios naturais para o sustento da humanidade estão definhando.

O crescimento desregrado da população e da economia exerce uma pressão insustentável sobre o meio ambiente. O mundo precisa mudar o regime do crescimento contínuo para o regime de decrescimento até se chegar no Estado Estacionário. E a redução do volume populacional é uma necessidade cada vez mais premente.

O mundo precisa de mais árvores e menos gente (Alves, 02/10/2019). Como disse o grande naturalista David Attenborough: “Todos os nossos problemas ambientais se tornam mais fáceis de resolver com menos gente e mais difíceis e, em última instância, impossíveis de resolver com cada vez mais pessoas”.

José Eustáquio Diniz Alves
Colunista do EcoDebate.
Doutor em demografia, link do CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2003298427606382


Referências:

ALVES, JED. Mais árvores e menos gente, Ecodebate, 02/10/2019
https://www.ecodebate.com.br/2019/10/02/mais-arvores-e-menos-gente-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

Gerten, D., Heck, V., Jägermeyr, J. et al. Feeding ten billion people is possible within four terrestrial planetary boundaries. Nat Sustain (2020) doi:10.1038/s41893-019-0465-1
https://www.nature.com/articles/s41893-019-0465-1#citeas

IPCC. Climate Change and Land. An IPCC Special Report on climate change, desertification, land
degradation, sustainable land management, food security, and greenhouse gas fluxes in terrestrial ecosystems, 08/08/2019
https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/08/4.-SPM_Approved_Microsite_FINAL.pdf

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 19/02/2020





Autor: José Eustáquio Diniz Alves
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 19/02/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/02/19/o-sistema-alimentar-atual-pode-alimentar-apenas-34-bilhoes-de-pessoas-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Fiocruz participa de evento na OMS sobre novo coronavírus



Por: Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)


A Fiocruz participa, nesta terça e quarta-feira (11 e 12/2), de uma reunião de centenas de cientistas de todo mundo na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, para discutir como a pesquisa pode ser utilizada para intensificar os esforços de combate ao novo coronavírus. A presidente de Fiocruz, Nísia Trindade Lima, está entre as debatedoras do evento e coordenará as sessões de amanhã, que definirão as prioridades de uma agenda de pesquisa global.

"Com 99% dos casos na China, essa continua sendo uma grande emergência para este país, mas também representa uma ameaça muito séria para o resto do mundo", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na abertura do Fórum global de pesquisa e inovação: em direção a um roteiro de pesquisa. O projeto R&D Blueprint é uma estratégia global e um plano de preparação da OMS que permite a rápida ativação de atividade de pesquisa e desenvolvimento durante epidemias. Durante os dois dias do evento, cerca de 400 cientistas devem analisar maneiras de combater a epidemia, observando sua transmissão e possíveis tratamentos, vacinas e testes rápidos.

Também compartilharão seu conhecimento sobre as potenciais fontes da doença, que pode ter-se originado em morcegos e depois migrado para outros animais antes de atingir os seres humanos. "O mais importante é parar a epidemia e salvar vidas. Com o apoio de vocês, é isso que podemos fazer juntos", disse o diretor-geral da OMS aos participantes.

Em particular, Tedros convocou todos os países a mostrarem "solidariedade", compartilhando os dados à sua disposição. "Para vencer essa epidemia, precisamos de um compartilhamento equitativo", insistiu.

A ideia é que a reunião resulte em um "roteiro" em termos de pesquisa, no qual pesquisadores e doadores possam se alinhar, identificando lacunas, traçando direções estratégicas, estimulando as colaborações científicas e evitando a duplicação de esforços.




Autor: Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 11/02/2020
Publicação Original: https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-participa-de-evento-na-oms-sobre-novo-coronavirus

Fiocruz capacita países para diagnóstico do novo coronavírus


Durante os dias 6 e 7 de fevereiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que atua como referência para o diagnóstico laboratorial do novo coronavírus no Brasil, promove a capacitação técnica de representantes de nove países da América Latina. A iniciativa é resultado de articulação entre o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e busca compartilhar experiências, fortalecer as capacidades diagnósticas nacionais e regional, e garantir que os Estados Membros da Região das Américas estejam preparados para responder à emergência sanitária, com os mesmos protocolos de análise preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já implementados no Brasil.

A Fiocruz já conta com larga experiência na cooperação com países da América do Sul, orientada para a construção e a consolidação de estratégias baseadas no princípio da solidariedade internacional e na promoção da equidade em saúde. O treinamento será liderado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), junto com o Ministério da Saúde e a Opas. Esse laboratório já atua junto ao MS e à OMS há mais de 60 anos, como referência para diagnóstico de vírus respiratórios. O encontro contará com especialistas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

Recentemente, o Laboratório da Fiocruz realizou o treinamento de profissionais dos Institutos Evandro Chagas, do Pará, e Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, possibilitando a descentralização do diagnóstico no âmbito da rede brasileira e, consequentemente, maior agilidade na investigação de casos suspeitos.

O encerramento das atividades, nesta sexta-feira (7/2), contará com a presença do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Wanderson Kléber de Oliveira; do coordenador-geral de Laboratórios de Saúde Pública, André Luis de Abreu; da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; da representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross; do assessor regional para Doenças Virais da Opas/OMS, Jairo Méndez; e da chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz, Marilda Siqueira.






Autor: Ministério da Saúde (MS)
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 07/02/2020
Publicação Original: https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-capacita-paises-para-diagnostico-do-novo-coronavirus

Faixas A e B do Programa 'Apoio a Projetos Temáticos' tem 114 propostas aprovadas

A Fundação divulga nesta quinta-feira, 16 de janeiro, o resultado das FAIXAS A e B do Programa de Apoio a Projetos Temáticos no Estado do Rio de Janeiro. Foram selecionados 114 projetos, representando R$ 32.808.074,43 em investimentos.

Dezessete instituições tiveram propostas contempladas, com destaque para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 47 propostas, seguida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com 15 propostas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com 14 propostas, e Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), com 6 propostas. As demais propostas beneficiadas ficaram distribuídas entre outras 13 instituições, o que indica o grande alcance do programa em promover o fortalecimento da capacidade de investigação científica nas instituições fluminenses.

O Programa de Apoio a Projetos Temáticos no Estado do Rio de Janeiro visa, prioritariamente, a obtenção de recursos de custeio necessários aos projetos e estimular a realização de projetos de pesquisa temáticos audaciosos, inovadores e originais em áreas temáticas de fronteira que visem à obtenção de resultados científicos e tecnológicos relevantes e de alto impacto.

Segundo o presidente da Fundação, Jerson Lima Silva, o Apoio a Projetos Temáticos é um dos principais programas da Faperj, pois induz a produção de pesquisas com foco em temas específicos que têm impacto regional, nacional e internacional. "Ao contrário de outros programas igualmente importantes que apostam na construção e na consolidação de infraestrutura material e humana para a pesquisa no estado do Rio de Janeiro, o programa 'Temáticos' investe no fomento a pesquisas, cuja abordagem, por ser mais específica e focada, é capaz de produzir resultados mais inovadores e de maior impacto científico e tecnológico", afirma Jerson Lima.

“É intenção da diretoria da FAPERJ que o apoio a projetos temáticos passe a ser em fluxo contínuo para que os nossos pesquisadores não sofram interrupções indesejadas nas produções científicas. Além disso, queremos parabenizar os cientistas deste Estado pela excelência de sua produção científica", afirma a diretora Científica da FAPERJ, Eliete Bouskela.

Confira, abaixo, a listagem completa dos contemplados:

Programa de Apoio a Projetos Temáticos no Estado do Rio de Janeiro – Faixas A e B




Autor: FAPERJ
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 04/02/2020
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=3911.2.1

Em sua 5ª edição, Programa Startup Rio avança por cidades do Interior

Com o lançamento de sua quinta edição, nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, o Programa Startup Rio 2020 – Apoio à Difusão de Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital no Estado do Rio de Janeiro aumenta de três para 10 o número de cidades alcançadas pelo edital. Nesta edição, serão selecionados até 240 propostas. Pela primeira vez, além da capital fluminense e das cidades de Petrópolis e Barra Mansa, locais de execução que já haviam sido incluídos na edição anterior do programa, na presente edição os proponentes poderão selecionar como local de execução as cidades de Macaé, Paracambi, Engenheiro Paulo de Frontin, Campos dos Goytacazes, Mangaratiba, Mesquita, e Nova Iguaçu. Uma iniciativa conjunta da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da FAPERJ, o programa contará com um total de R$ 6 milhões para investimentos nas suas diferentes estapas. O prazo para recebimento das inscrições foi prorrogado e agora vai até o dia 31 de março.

O presidente da FAPERJ, Jerson Lima Silva, destaca que o edital busca contribuir para o avanço do ecossistema de ciência e inovação do estado do Rio de Janeiro, apoiado pela FAPERJ. Ele destaca que o programa avança em sua atuação no interior do estado, buscando estender a aplicação da metodologia desenvolvida pelo Startup Rio para dar apoio a empresas nascentes em municípios fluminenses. “Esta edição do Startup Rio permitirá o fortalecimento de ações nos locais onde já existem mecanismos promotores de negócios inovadores e, ao mesmo tempo, a chegada de ações no campo da inovação e empreendedorismo, em parceria com as Instituições locais, nos municípios em que em que estes mecanismos são mais escassos ou até inexistentes”, disse.

De acordo com o Coordenador Geral do Programa, Paulo Espanha, o Startup Rio chega à sua 5ª edição como o mais ambicioso programa estadual de fomento e inovação de todos os tempos. "Visando aumentar o campo de atuação, essa edição estará presente em nove cidades fora da capital. Isso mostra o compromisso de levar a mesma qualidade de capacitação de empreendedores desenvolvida na sede do Startup Rio, no bairro do Catete, para as demais cidades do Estado, fortalecendo a presença e atuação da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação no interior", disse. "Com esse projeto, estamos construindo um novo e melhor futuro aos jovens empreendedores ao lançarmos as bases de um ambiente de negócios mais nutrido para o crescimento de novas e bem formadas Startups", completou.

O Programa Startup Rio visa incentivar, estimular, apoiar e promover iniciativas que versem sobre a temática da Difusão do Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital. É fundamentado no incentivo ao desenvolvimento de ideias cujos resultados poderão acarretar a abertura de empresas de base tecnológica, normalmente denominadas como Startups, aumentando os empreendimentos que possam ser validados e apropriados pelo mercado, estimulando, desta forma, o crescimento com qualidade do ecossistema de empreendedorismo digital no Estado do Rio de Janeiro.

Os projetos submetidos deverão propor o desenvolvimento de modelo de negócios inovador ou produtos, serviços ou processos inovadores nos seguintes segmentos: Serviços de Internet, Aplicativos para Internet, Tecnologias Sustentáveis, Jogos Eletrônicos e Aplicações da Tecnologia Digital em geral, apoiados no uso de tecnologias habilitadoras como Tecnologia de Registro Distribuído (DLT), inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Realidade estendida (XR).

O tempo total de execução dos projetos será de oito meses, dividido em três fases. Nos primeiros três meses, os selecionados participam do programa Avançado de Formação Empreendedora (PAFE), composto de treinamentos, consultorias, atividades de nivelamento, técnicas de gestão, validação da ideia e elaboração do plano de negócios. Nas duas fases seguintes, com duração de dois e três meses, respectivamente, os selecionados receberão verba de até R$ 60 mil cada, dividida em duas parcelas de, respectivamente, R$ 20 mil e R$ 40 mil, e terão acesso a mentoria, desenvolvimento de produto, técnicas de vendas e de gestão e construção de produto mínimo viável.

O prazo para submissão de propostas, que terminava em 14 de fevereiro, foi prorrogado e agora vai até 31 de março. A execução do programa terá início na primeira quinzena de julho.

Confira a íntegra do edital abaixo:

Programa Startup Rio 2020 – Apoio à Difusão de Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital no Estado do Rio de Janeiro




Autor: FAPERJ
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 04/02/2020
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=3886.2.6

Prorrogadas as inscrições para a competição internacional FameLab de comunicação científica

O prazo para se inscrever na competição internacional FameLab de comunicação científica foi prorrogado. Agora, estudantes interessados podem se inscrever, por meio de vídeo e da realização de cadastro eletrônico on-line, até o dia 13 de fevereiro. Organizado pelo British Council, com a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o concurso tem entre seus objetivos promover a aproximação entre cientistas e público em geral, por meio da contextualização e abordagem de temas científicos do dia a dia da sociedade.

A seleção dos candidatos será realizada a partir de apresentações orais sobre um tópico de ciência ou tecnologia, com a duração máxima de três minutos, sem recurso de PowerPoint ou outro dispositivo eletrônico de apresentação, e com uso limitado de materiais de apoio portáteis. Podem se inscrever pessoas com idade mínima de 21 anos, sem limite máximo de idade, e fluentes em português e inglês, que se enquadrem nos requisitos: Brasileiros residindo no Brasil com mestrado (stricto sensu), doutorado, pós-doutorado e livre-docente, em andamento ou concluído(s), nas áreas de Ciências da Vida ou Ciências Exatas, Tecnológicas e Engenharias em uma Instituição de Ensino Superior (IES) brasileira reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC); e estrangeiros que estejam devidamente matriculados e cursando mestrado, doutorado, pós-doutorado ou livre-docência nas áreas de Ciências da Vida ou Ciências Exatas, Tecnológicas e Engenharias em uma IES brasileira reconhecida pelo MEC.

Candidatos de anos anteriores que não tenham sido contemplados com o prêmio podem submeter seus vídeos para avaliação novamente. Não podem se inscrever: pessoas com educação formal na área de Comunicação e aqueles que trabalham/participam ativamente em televisão, rádio ou canais de mídia social (YouTube, Facebook, Twitter e Instagram) com mais de 100 mil seguidores ou inscritos. Nas etapas presenciais nacionais, o CNPq, Fapesp e demais Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) participantes, entre elas a FAPERJ, custearão as despesas de deslocamento aéreo e diárias aos selecionados. A FAPERJ apoiará até três candidatos do Rio de Janeiro com diárias e passagens para o evento em São Paulo, caso sejam escolhidos.

A final nacional ocorrerá no dia 8 de maio de 2020, com a participação de dez finalistas, e o vencedor nacional representará o Brasil nas Finais Internacionais, com apresentações em inglês no Cheltenham Science Festival, Inglaterra. Confira o cronograma completo das etapas do concurso e outros detalhes na chamada pública. Mais informações: www.famelab.com.br

O FameLab foi lançado em 2005 pelo Festival de Ciência de Cheltenham, na Inglaterra, e é realizado em 32 países pelo British Council. É considerada, hoje, uma das maiores competição de comunicação científica do mundo.

Acesse a Chamada completa: http://confap.org.br/pt/editais/33/famelab-2020



Finalistas da última edição do Famelab: evento internacional é considerado um dos maiores na área de comunicação científica (Foto: Divulgação)


Autor: FAPERJ
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 06/02/2020
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=3860.2.0

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Programação da VideoSaúde traz filmes que abordam diferentes ações de saúde



Fonte: Icict/Fiocruz


O ano de 2020 segue seu curso, e o mês de fevereiro chega para finalizar a temporada de férias. Neste mês, o programa Videosaúde exibe documentários que trazem nossa atenção para diferentes ações de saúde. São práticas, relatos, angústias, experiências e trajetórias que retratam a busca por melhores condições de tratamento e atendimento de saúde.

O filme "Simbiose" – relata a história de Maria dos Prazeres de Souza, parteira com trajetória de vida entre o tradicional e o cotidiano.

O filme “Diálogos entre saberes e sistemas de cura” destaca o Projeto Xingu que tornou-se referência na produção de conhecimento e práticas voltadas para o campo da saúde indígena.

O documentário: “Perfil: Guido Carlos Levi”, traz o relato do infectologista sobre os benefícios das vacinas, e esclarecer as causas e as consequência da recusa à vacinação no Brasil.

“A beleza do crepúsculo” É um convite à reflexão acerca da complexidade e subjetividade do envelhecimento.

Em “Corações paraibanos” acompanhe a Rede de Cardiologia Pediátrica da Paraíba, viajando em uma caravana, realizada anualmente, por 13 cidades do interior do Estado.

Em “Plantão Judiciário”, acompanhe a rotina em um plantão do Judiciário do Rio de Janeiro e a tentativa das famílias de conseguirem atendimento médico para seus familiares.
Ainda, em “Brasil, aqui tem SUS – Perus” o documentário relata um trabalho desenvolvido com jovens, no bairro Perus, no município de São Paulo, com diferentes abordagens.

Na programação final, exibiremos o documentário “Mboraihu – O Espírito que nos une” foi produzido pelo grupo de pesquisa Ambiente, Diversidade e Saúde, a partir da pesquisa “Práticas tradicionais de cura e plantas medicinais mais prevalentes entre os indígenas da etnia Guarani-Kaiowá, na região Centro-Oeste”.

O Programa VideoSaúde vai ao ar às 22h30, segundas-feiras pelo Canal Saúde, com diferentes reprises ao longo do mês. Confira datas e horários!




Autor: Icict/Fiocruz
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 04/02/2020
Publicação Original: https://portal.fiocruz.br/noticia/programacao-da-videosaude-traz-filmes-que-abordam-diferentes-acoes-de-saude

Qualidade da água no Rio de Janeiro é tema do programa Sala de Convidados

O problema foi percebido logo nos primeiros dias de 2020. Os cariocas começaram a reclamar que a água distribuída pela Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro, a Cedae, estava chegando em suas casas turva, com cheiro e gosto ruins. A empresa atribui o gosto e o cheiro de terra que passou a ser frequente nas torneiras de grande parte do Rio de Janeiro e Região Metropolitana a uma substância produzida por algas chamada geosmina. O problema se prolongou por um mês e, apesar da Cedae afirmar que a água estava própria para o consumo, muitas pessoas vêm apelando para a compra de água mineral.

A crise da água mobilizou autoridades, profissionais de saúde e a população do Rio de Janeiro. A mídia se debruçou sobre o tema e, além de cobrir o problema experimentado pelos cariocas no momento, passou investigar a qualidade da água captada no rio Guandu e as instalações da Estação de Tratamento da companhia no local. O Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público Estadual (MPRJ) realizou uma fiscalização na Estação de Tratamento de Água do Guandu, com apoio de Técnicos das Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e representantes da Agência Reguladora de Energia e Saneamento (Agenersa). A crise passou a ser investigada ainda pela Polícia Civil. Esta semana, um novo problema surpreendeu a população do Grande Rio quando foi noticiado que uma grande quantidade de detergente tinha ido parar na estação de tratamento.

Para entender como anda a qualidade da água que consumimos e discutir a crise na maior estação de tratamento de água do mundo, o Sala de Convidados vai falar sobre a Qualidade da Água do Sistema Guandu e debater questões relacionadas a saneamento, abastecimento e tratamento da água como um todo, nesta quinta-feira (6/2), ao vivo, às 11h.

Participam do programa o mestre em Gestão Ambiental pela Universidade Europeia do Atlântico e coordenador da Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Daniel Marques; o pesquisador do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), membro do GT Água e Saneamento, Paulo Barrocas; o doutor em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloysio Ferrão Filho; e o engenheiro sanitarista, professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Alexandre Pessoa. Não perca e participe!

Dicas importantes

O programa mudou para às quintas-feiras, mas continua ao vivo no mesmo horário, das 11h às 12h. Outra mudança importante é para quem assiste por meio de antena parabólica. O Canal Saúde está em nova frequência, 4085 e com novo symbol rate, 4400. É necessário alterar essas configurações no receptor da parabólica para manter a sintonia no canal. Veja a seguir todas as formas de acesso ao Canal Saúde e como é possível o espectador ajudar a fazer o programa no dia.

Sobre o Sala de Convidados

Programa ao vivo, inédito toda quinta-feira, das 11h às 12h. Os temas em geral são factuais, relacionados às políticas públicas na área da saúde e a participação do espectador pode ser antecipada ou no dia com perguntas através do número 0800 701 8122, pelo WhatsApp 21 99701- 8122, pelas redes sociais do Canal Saúde ou pelo e-mail canal@fiocruz.br.

Como assistir

Televisão: canal 2.4, no Rio de Janeiro e em Brasília e 62.4, em São Paulo, na multiprogramação da TV Brasil, no Sistema Brasileiro de TV Digital (também é acessível para celulares com TV); em todo o Brasil por antena parabólica digital (frequência 4085). Internet: acesse o site do Canal Saúde e clique em 'Assista Agora' na página principal (acessível por computadores e dispositivos móveis). Aplicativo: baixe o app do Canal Saúde em um dispositivo móvel e assista aos programas em tempo real.


Autor: Canal Saúde/Fiocruz
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 05/02/2020
Publicação Original: https://portal.fiocruz.br/noticia/qualidade-da-agua-no-rio-de-janeiro-e-tema-do-programa-sala-de-convidados

Fiocruz Minas testa novas técnicas para diagnóstico das leishmanioses

Uma pesquisa da Fiocruz Minas mostrou que o LAMP, teste utilizado para detecção de uma série de doenças infecciosas, pode ser empregado também para o diagnóstico de leishmaniose visceral humana. O estudo, realizado pelo Grupo de Pesquisas Clínicas e Políticas Públicas em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PCPP), foi publicado recentemente na revista BioMed Research International.

Para verificar a eficácia do LAMP, os pesquisadores aplicaram a técnica em amostras de sangue que já haviam passado por métodos de diagnóstico tradicionalmente utilizados. Ao todo, foram 219 amostras, sendo 114 de pacientes já diagnosticados com leishmaniose visceral e 105 de pessoas cujos exames deram negativo para essa doença. Ao comparar os resultados do LAMP e dos exames feitos anteriormente, os pesquisadores verificaram que houve 98% de concordância tanto entre as amostras positivas quanto entre as negativas. “Foram altas tanto a sensibilidade, que é a capacidade do teste de identificar corretamente os indivíduos que têm a doença, como também a especificidade, que é a capacidade do teste identificar corretamente os indivíduos que não têm a doença. Ou seja, o LAMP se mostrou uma técnica de acurácia diagnóstica bastante alta, demonstrando ser possível utilizá-lo no diagnóstico da leishmaniose visceral humana”, afirma o pesquisador Daniel Moreira de Avelar, do Grupo de Pesquisas Clínicas e Políticas Públicas em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PCPP).

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda alguns tipos de testes de diagnóstico para leishmaniose visceral, entre eles o parasitológico, os sorológicos e os moleculares. Entretanto, segundo o pesquisador, tais metodologias apresentam algumas limitações que podem dificultar o diagnóstico precoce da doença. “O parasitológico apresenta baixa sensibilidade, além de ser muito invasivo e, por isso, requer ser feito em hospitais e centros de referência, fazendo com que muitos pacientes tenham que percorrer longas distâncias para ter acesso. Os sorológicos funcionam bem em pessoas com boa resposta imunológica, mas pacientes imunodeprimidos, por exemplo, não respondem bem, devido às deficiências na produção de anticorpos. Já os moleculares, também de alta precisão, geralmente dependem de equipamentos nem sempre disponíveis em todas as localidades”, explica Avelar.

Já o LAMP, de acordo com o pesquisador, é um teste isotérmico, uma vez que todas as reações necessárias para a detecção das doenças podem ocorrer dentro de uma mesma temperatura. É diferente do PCR, um tipo de teste molecular que requer variação de temperatura e, por isso, depende de equipamentos de alto custo e de laboratórios bem estruturados. “O LAMP pode ser feito usando aparelhos simples, como por exemplo, banho-maria. Ou seja, isso facilita sua implementação em laboratórios menores”, afirma Avelar.

Leishmaniose Tegumentar

A eficácia do LAMP também está sendo testada para a detecção da leishmaniose tegumentar. Um estudo, que será publicado em breve, mostrou que a técnica associada com coleta de material por swab teve resultados bem parecidos aos de exames realizados por meio de biópsia. “A vantagem é que, ao adotar o LAMP, podemos usar o SWAB para a coleta de material, técnica que é bem menos invasiva e também menos dolorosa para o paciente. Isso também significa que o procedimento poderá ser feito em laboratórios de pequeno porte”, destaca o pesquisador.

Importante salientar que os estudos que visam à avaliação de novas técnicas de diagnóstico, realizados no IRR, vão ao encontro do que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação aos critérios que devem ser observados ao recomendar novas metodologias. “A OMS determina que os testes devem ser sensíveis, específicos, rápidos, robustos, de fácil realização e serem executados onde as pessoas doentes estão. Além disso, devem ser realizados em tempo real, usar o mínimo de equipamentos e a coleta das amostras deve ser realizada de forma não invasiva. Em nossos estudos, temos buscado garantir esses critérios”, diz.

Sobre a doença

As leishmanioses se dividem em dois tipos: tegumentar, que ataca a pele e as mucosas; e visceral, que ataca órgãos internos, como fígado e baço. A doença é causada por protozoários parasitas que ficam hospedados principalmente em roedores e cães domésticos e são transmitidos ao homem pelas fêmeas de flebotomíneos, popularmente conhecidos como mosquito palha, cangalhinha e birigui.

No caso da leishmaniose tegumentar, o principal sintoma é o aparecimento das feridas na pele. Geralmente, a lesão aparece pequena, de forma arredondada, profunda, avermelhada e cresce progressivamente com o passar dos dias. Entretanto, quando o parasita abriga a mucosa do indivíduo contaminado, as feridas aparecem no nariz, na boca ou, em casos mais graves, na garganta e no sistema da laringe do organismo.

Já a leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia), perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

Não há vacina contra as leishmanioses humanas. As medidas mais utilizadas para o combate da enfermidade se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.




Autor: Fiocruz Minas
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: BBFiocruz
Data: 06/02/2020
Publicação Original: https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-minas-testa-novas-tecnicas-para-diagnostico-das-leishmanioses

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

O novo tipo de aurora boreal descoberto por astrônomos amadores na Finlândia


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KARI SAARI
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A nova forma de aurora apresenta 'um padrão de ondas que se assemelha a dunas de areia'

Um esforço conjunto de pesquisadores e astrônomos amadores na Finlândia levou à descoberta de uma nova forma de aurora boreal.

O fenômeno, caracterizado por ondas de luz verde no céu, acontece quando partículas elétricas emitidas pelo Sol entram na atmosfera da Terra e colidem com gases como oxigênio e nitrogênio.

A aurora polar conta com uma legião de "caçadores" do fenômeno, que pode ser observado nos polos magnéticos dos hemisférios norte (aurora boreal) e sul (aurora austral).

A nova descoberta ocorreu depois que Minna Palmroth, professora de Física Computacional Espacial da Universidade de Helsinque, na Finlândia, recebeu um convite para participar de um grupo de apaixonados por aurora boreal no Facebook, chamado Northern Lights (nome do fenômeno em inglês).

Image caption

Em 2018, outro grupo de entusiastas descobriu Steve, aurora boreal de coloração roxa

Palmroth publicou, no fim de 2018, um livro intitulado Revontulibongarin opas ("Um guia para observadores da aurora boreal", em tradução livre), que nasceu da colaboração da professora com os entusiastas do grupo no Facebook, após tirar as dúvidas deles sobre a física do fenômeno.

Por uma incrível coincidência, dias após a publicação do livro, integrantes do grupo observaram uma forma incomum de aurora e informaram imediatamente a Palmroth.

Era uma imagem que mostrava "um padrão de ondas que pareciam nuvens rajadas manchadas de verde ou dunas de areia em uma praia", diz o estudo publicado na revista científica AGU Advances.

"Um dos momentos mais memoráveis ​​da nossa parceria foi quando o fenômeno apareceu em um momento específico e fomos capazes de analisá-lo em tempo real", diz um dos membros do grupo Northern Lights, o astrônomo amador Matti Helin.
Partículas solares

A aurora boreal pode se apresentar de várias formas, como arcos, espirais e auréolas.

O fenômeno ocorre quando o Sol emite um fluxo constante de partículas carregadas, conhecido como vento solar.

Ao atingir a ionosfera, camada superior da atmosfera terrestre, produz radiações eletromagnéticas liberando átomos de oxigênio e nitrogênio, o que gera os efeitos visuais da aurora.


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O fenômeno se forma quando partículas solares entram na atmosfera terrestre e colidem com gases como oxigênio e nitrogênio

Como parte de seu projeto, a professora Palmroth pediu aos astrônomos amadores que capturassem imagens de formas particulares de aurora.

Foi então que surgiu o mistério.

"Alguns deles me perguntaram: 'E essas riscas, têm que forma?'", relembra.

Eram formas boreais que não se encaixavam em nenhuma das categorias existentes.

Os integrantes do grupo tiraram milhares de fotografias que foram posteriormente analisadas e classificadas para o livro. As formas inusitadas foram separadas e estudadas pela equipe.

"Foi como montar um quebra-cabeça ou fazer um trabalho de detetive", escreveu Matti Helin, em comunicado da Universidade de Helsinque.

"Todos os dias encontrávamos novas imagens e nos ocorriam novas ideias".

Após estudá-las, os pesquisadores concluíram que as "dunas" são um "campo de ondas monocromáticas com um comprimento de onda de aproximadamente 45 km de uma fina camada da atmosfera, a uma atitude relativamente baixa de 100 km, nas partes superiores da mesosfera."


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A aurora boreal pode se apresentar de várias formas, incluindo arcos, espirais e auréolas

A mesosfera é a camada da atmosfera localizada acima da estratosfera, a uma altitude de aproximadamente 50 km a 80 km.
Região não explorada

Segundo o estudo, as "dunas" representam ondas da atmosfera, que são possivelmente perfurações na mesosfera, o chamado "furo mesosférico". Este fenômeno é raramente detectado e não havia sido observado antes em latitudes e altitudes de aurora polar.

A zona em que a aurora boreal se forma é uma área extremamente desafiadora para os satélites e outros instrumentos espaciais.

É por isso que é um dos lugares menos estudados do planeta, explica Palmroth.

"Devido às dificuldades em medir os fenômenos atmosféricos que ocorrem entre 80 km e 120 km de altitude, às vezes chamamos essa área de 'ignosfera'", diz.

As "dunas" foram observadas exatamente nesta região específica da chamada zona auroral.

Com a ajuda de instrumentos de medição do Instituto Meteorológico da Finlândia, os pesquisadores determinaram que as "dunas" são produzidas na mesma região em que a energia eletromagnética que se origina no espaço é transferida para a "ignosfera".

"A diferença de luminosidade dentro das ondas das 'dunas' poderia se dever tanto às ondas de partículas que chegam do espaço ou aos átomos de oxigênio atmosférico abaixo da superfície", observa Palmroth.

"No final, sugerimos que as 'dunas' são resultado de um aumento na densidade dos átomos de oxigênio."


O estudo conclui que o fenômeno das "dunas" é fruto do chamado "furo mesosférico", evento raro e pouco estudado que ocorre nesta camada da atmosfera.




Autor: BBC News Brasil
Fonte: BBC News Brasil
Sítio Online da Publicação: BBC News Brasil
Data: 03/02/2020
Publicação Original: https://www.bbc.com/portuguese/geral-51356863

Coronavírus: OMS elogia China e diz que há 'janela de oportunidade' para evitar crise global


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O coronavírus causa infecção respiratória aguda grave

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que existe uma "janela de oportunidade" para impedir que o surto do novo coronavírus se torne uma crise global mais ampla.

O diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que as medidas adotadas pela China para combater o vírus em seu epicentro são a melhor maneira de impedir sua disseminação.

Ao mesmo tempo, o embaixador da China na Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que os países não cometam exageros em suas reações à epidemia.

Pelo menos 427 pessoas morreram — 426 na China e uma nas Filipinas — entre os mais de 20,6 mil casos confirmados em todo o mundo, 99% deles na China.

Desde a semana passada, o governo brasileiro investiga casos de suspeitas do vírus, mas não houve nenhuma confirmação até o momento.

De acordo com os dados oficiais mais recentes, há atualmente 13 casos suspeitos em quatro Estados: São Paulo (6), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (4) e Santa Catarina (2).

A OMS declarou uma emergência de saúde global por causa do surto, mas disse que o vírus ainda não constitui uma pandemia — termo aplicado à disseminação mundial de uma nova doença.



Cerca de 80% dos que morreram tinham mais de 60 anos e 75% deles tinham problemas de saúde pré-existentes, como condições cardiovasculares e diabetes, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China.

O novo coronavírus causa infecção respiratória aguda grave, e os sintomas geralmente começam com febre, seguida por tosse seca. A maioria das pessoas infectadas provavelmente se recuperará completamente, exatamente como ocorre com uma gripe.
O que a OMS disse?

O diretor-geral da OMS elogiou as autoridades chinesas por sua resposta no epicentro do surto, a cidade de Wuhan, na província de Hubei, onde milhões de pessoas estão em quarentena.

"Há uma janela de oportunidade por causa das fortes medidas que a China está adotando no epicentro, na fonte. Então, vamos aproveitar esta oportunidade para evitar uma maior disseminação e controle", disse Ghebreyesus, enfatizando que os países desenvolvidos não estão compartilhando dados sobre o surto adequadamente.

Ghebreyesus também reiterou seu pedido para que não sejam impostas restrições de viagens e comércio, ao destacar que 22 países haviam relatado oficialmente ter tomado medidas deste tipo. Ele solicitou que, nestes casos, estas ações fossem "de curta duração e proporcionais" e revistas regularmente.

Mas Chen Xu, embaixador da China na ONU, disse que algumas restrições vão contra as recomendações da OMS.

Sylvie Briand, chefe da Divisão Global de Preparação para Riscos Infecciosos da OMS, afirmou que o surto não é "atualmente" uma pandemia.

Embora mais de duas dúzias de países tenham relatado casos, não houve confirmações na África ou na América Latina. A OMS também disse que 27 casos de infecções entre humanos ocorreram em nove países fora da China.

Briand ainda enfatizou a importância de lidar com rumores infundados, dizendo que eles podem ser um "obstáculo para uma boa resposta ao surto e dificultar a implementação eficaz de medidas".


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Autoridades chinesas foram acusadas de subestimar a gravidade do vírus
O que há de novidades sobre o surto no mundo?

Os governos do Reino Unido e da França recomendaram a seus cidadãos na China que deixem o país se puderem. O conselho veio depois que uma autoridade de alto escalão do governo chinês admitiu "deficiências" na resposta do país ao surto.

Entre outros desdobramentos, Taiwan disse que a partir de sexta-feira negaria a entrada a todos os estrangeiros que estiveram na China continental nos últimos 14 dias.

Macau, uma região administrativa especial da China e um dos maiores centros de jogos de azar da Ásia, anunciou que fecharia temporariamente todos os seus cassinos.

As autoridades de saúde estão examinando cerca de 3,7 mil pessoas a bordo de um navio de cruzeiro próximo do Japão depois da confirmação de que um passageiro estava contaminado com o vírus.

E mais três países asiáticos — Cingapura, Malásia e Tailândia — confirmaram infecções entre cidadãos que não haviam viajado para a China.

Mais de 75 mil pessoas podem ter sido infectadas em Wuhan, dizem especialistas. Mas estimativas da Universidade de Hong Kong indicam que o número total de casos pode ser muito maior do que os números oficiais.

David Heymann, que liderou a reação da OMS ao surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), entre 2002 e 2003, também causado por um coronavírus, disse à agência de notícias Associated Press que o novo coronavírus ainda parece estar se disseminando e é cedo para estimar quando o surto atingirá seu pico.




Autor: BBC News Brasil
Fonte: BBC News Brasil
Sítio Online da Publicação: BBC News Brasil
Data: 04/02/2020
Publicação Original: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51365340