segunda-feira, 28 de junho de 2021

Instrumentos simplificados de avaliação da fragilidade auxiliam gestão de riscos em UTIs


A idade e as comorbidades têm sido comumente tratadas como os grandes indicadores de vulnerabilidade do paciente que ingressa nas unidades de terapia intensiva (UTIs). A partir dessas informações, a equipe médica tem um primeiro entendimento dos potenciais riscos de complicações, de que determinados tratamentos podem trazer ao paciente e que cuidados adicionais serão necessários. De modo geral, quanto maiores são a idade, o número e a gravidade das comorbidades, maiores as chances de evolução clínica desfavorável. Nos últimos anos, algumas pesquisas têm sugerido que essa avaliação inicial seja ainda mais completa para auxiliar a tomada de decisões.

Uma das propostas de estudo foi trabalhar com a fragilidade, que representa um estado de maior vulnerabilidade de um indivíduo, independente da idade, para complicações e desfechos adversos de saúde, incluindo incapacidade, dependência, quedas, necessidade de cuidados de longo prazo e mortalidade. Pesquisador no Instituto D'or de Ensino e Pesquisa (Idor) e médico, Marcio Soares conta que as primeiras pesquisas nessa área vieram da área oncológica e incluíam uma bateria detalhada de exames realizada por uma equipe multiprofissional. Com o passar dos anos, surgiram propostas de instrumentos mais enxutos e de maior facilidade de utilização rotineira nos hospitais. "A partir da década passada, escalas mais pragmáticas começaram a ser desenvolvidas e validadas. Atualmente há cerca pelo menos seis instrumentos para isso, sendo três de fácil aplicação em larga escala", conta Soares, que conduz diversas pesquisas em terapia intensiva.

Um desses instrumentos é o Modiefied Frailty Index, conhecido pela sigla "MFI", utilizado no programa de qualidade assistencial do Colégio Americano de Cirurgiões. Este índice prevê três graus de avaliação da fragilidade, em que 0 ponto indica fragilidade inexistente; 1 a 2 pontos um estado pré-frágil; e 3 pontos ou mais indicam alta fragilidade. A pontuação é feita após os profissionais de saúde em UTI aplicaram o instrumento curto de avaliação dos pacientes, que inclui questões sobre capacidade cognitiva, de capacidade funcional e doenças preexistentes à internação.

Entre 2015 e 2016, Soares coordenou um projeto que coletou dados de 130 mil pacientes em 93 UTIs, cujos resultados publicados em artigo. Em continuidade ao estudo, o médico obteve apoio da FAPERJ ao ser contemplado no programa Cientista do Nosso Estado. De acordo com o pesquisador, os resultados obtidos confirmam a eficiência do instrumento para avaliar a fragilidade dos pacientes mais graves e orientar ações. "Uma das vantagens do método é traçar um perfil de pacientes que irão necessitar de mais cuidado e maior uso de recursos na UTI. E uma relativa desvantagem é que você não consegue decompor o grau de fragilidade em itens mais específicos. Isso porque não é possível entender em detalhes os componentes mais comprometidos da fragilidade daquelas pessoas", explica.

Mesmo sem um grande nível de detalhamento, Soares defende a importância destes instrumentos para preparar trajetórias clínicas, informar familiares e antecipar ações para prevenir desfechos adversos e para o período de reabilitação, além de ajudar na gestão hospitalar. "Pessoas com maior grau de fragilidade vão demandar um processo mais longo de reabilitação. E ninguém sai ileso da terapia intensiva. É como um caminhão que passa por cima. As notícias sobre a reabilitação de pacientes de Covid-19 são um exemplo", diz o pesquisador, com 20 anos de experiência como médico em UTIs. Atualmente, ele também divide sua carreira acadêmica com a gestão da empresa de software que criou em 2008.




Autor: Juliana Passos
Fonte: faperj
Sítio Online da Publicação: faperj
Data: 24/06/2021
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=4245.2.0

Um comentário:

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