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No canto acima à esquerda, célula sem tratamento é infiltrada por células do sistema imune; já a célula do lado direito, está sob ação do fármaco e tem diminuída as células do sistema imune (pontos escuros). Abaixo, no canto inferior esquerdo, está célula sem a terapia; já no lado inferior à direita, nota-se maior presença de células produtoras de insulina ( pontos em vermelho) (Foto: NADIA COBO-VUILLEUMIER ET AL)
A diabetes tipo 1 é uma forma genética de diabetes que tem uma causa curiosa: o sistema imunológico entende células do pâncreas como "invasoras" e, por isso, as ataca. Um dos grandes desafios da ciência na área, assim, é tentar descobrir que tipo de tratamento pode prevenir esse ataque indevido.
Muitas iniciativas estão em curso. Uma delas foi publicada na "Nature Communications" nesta segunda-feira (16) e mostrou potencial para, de fato, prevenir os sintomas da doença em cobaias e apontar para uma possível cura da condição. O estudo teve a coordenação do Centro Andaluz de Biologia Molecular e Medicina Regenerativa, em Sevilha (Espanha).
Pesquisadores desenvolveram uma droga que impede que o sistema imune ataque as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. A insulina, por sua vez, é um hormônio envolvido no aproveitamento da glicose pelas células. Sem a insulina, pacientes ficam com muito açúcar no sangue, condição tóxica para o organismo, que pode levar à cegueira e a amputação das pernas.
Trata-se de uma pesquisa experimental, feita em animais. A chegada desse tratamento aos pacientes pode levar alguns anos e é possível também que cientistas não observe os mesmos efeitos benéficos em pessoas.
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Pacientes com diabetes devem acompanhar níveis de glicose no sangue para uso de medicamento ou insulina. Com nova droga em testes, insulina poderia ser secretada naturalmente (Foto: Reprodução/TV TEM)
A droga usada pelos cientistas utiliza a BL001, uma substância similar a outra do fígado que combate a inflamação em órgãos digestivos e protege células de morte precoce. Em cobaias, a droga foi capaz de impedir a hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue) e regenerar as células beta do pâncreas -- aumentando, assim, a secreção de insulina.
Isso significa que, em vez de de injetar insulina constantemente, pacientes que utilizarem a droga no futuro poderiam secretar insulina naturalmente, já que a substância impede a morte de células que produzem o hormônio.
A pesquisa pontua que a maioria das iniciativas que tentaram tratamentos do tipo não sustentaram a produção de insulina ao longo do tempo - mas que, agora, cientistas conseguiram "reverter" a diabetes tipo 1 em ratos.
"Nós mostramos que, com a BL001, prevenimos e revertemos a diabetes em três tipos diferentes de modelos animais com diabetes tipo 1", escreveram os autores no estudo.
Os cientistas acompanharam as cobaias e demonstraram que os exames de sangue não apontavam substâncias consistentes com a presença da diabetes tipo 1. Agora, o próximo passo da pesquisa é o desenvolvimento de uma molécula mais estável da BL001, que poderá ser testada em seres humanos.
Autor: G1 Globo
Fonte: G1 Globo
Sítio Online da Publicação: G1 Globo
Data de Publicação: 16/04/2018
Publicação Original: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/estudo-aponta-potencial-de-cura-para-diabetes-tipo-1-droga-experimental-regenera-celulas-produtoras-de-insulina.ghtml
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