Foto: Ministério da Saúde / EBC
Por André Maciel Pelanda e Rodrigo Berté
Determinadas condições climáticas, como o aumento da temperatura, podem favorecer a proliferação de escorpiões, fazendo com que o índice de acidentes com estes animais seja mais elevado. Somente neste ano, os casos no Distrito Federal aumentaram em 37%, de acordo com um levantamento efetuado pela Vigilância Ambiental.
Os escorpiões estão entre os animais mais antigos do planeta Terra e possuem um exoesqueleto, que é uma camada interna resistente e flexível, porém, se difere dos ossos dos vertebrados. As características morfológicas dos escorpiões permitiram que pudessem colonizar uma grande variedade de ambientes terrestres, sendo que existem cerca de 2000 espécies espalhadas pelo planeta. A maior parte das espécies habitam regiões que apresentam um clima tropical ou subtropical, como grande parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
Eles se alimentam principalmente de pequenos insetos, como aranhas e baratas e podem predar até mesmo pequenos vertebrados, como rãs e roedores, e apresentam glândulas que produzem uma peçonha que é inoculada em suas vítimas através de ferrão conhecido como télson. Em função de seus hábitos alimentares e dos riscos que representam, os acidentes com estes animais, os escorpiões podem causar problemas para a saúde das populações humanas que estão localizadas nas regiões que estes animais se distribuem, sendo animais sinantrópicos, ou seja, se adaptaram para viver na presença dos seres humanos.
As grandes cidades apresentam um excelente habitat para os escorpiões, já que fornecem abrigos através das redes de esgoto e quando o lixo não é recolhido ou destinado em um local adequado, pode atrair insetos e pequenos animais que fazem parte de seu leque alimentar. No Brasil, se destacam o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), as duas espécies apresentam uma peçonha neurotóxica que age sobre o sistema nervoso e pode gerar óbito por parada cardíaca ou edema pulmonar. Pessoas idosas que apresentam problemas preexistentes, com diabetes e problemas cardíacos, podem apresentar uma maior sensibilidade ao veneno dos escorpiões, devendo fazer uma busca por ajuda médica imediata em casos de acidentes com estas espécies, pois o soro antiescorpiônico apresenta uma maior eficácia se for aplicado logo após a picada.
Alguns cuidados são extremamente necessários para manter os escorpiões afastados das residências, como o hábito de manter o quintal das casas limpos e sem a presença de entulho, o descarte de alimentos em locais inadequados deve ser evitado em função de que pode atrair insetos, e, consequentemente escorpiões. Também, deve-se evitar deixar calçados próximos de móveis e tampar os ralos dos banheiros, já que os escorpiões podem adentrar a parte interna das residências através destas tubulações. As mudanças climáticas contribuem com o aparecimento da espécie inclusive na região sul do Brasil.
Autores: André Maciel Pelanda é tutor central do curso de Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter; Rodrigo Berté é diretor da Escola Superior de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 27/07/2020
Por André Maciel Pelanda e Rodrigo Berté
Determinadas condições climáticas, como o aumento da temperatura, podem favorecer a proliferação de escorpiões, fazendo com que o índice de acidentes com estes animais seja mais elevado. Somente neste ano, os casos no Distrito Federal aumentaram em 37%, de acordo com um levantamento efetuado pela Vigilância Ambiental.
Os escorpiões estão entre os animais mais antigos do planeta Terra e possuem um exoesqueleto, que é uma camada interna resistente e flexível, porém, se difere dos ossos dos vertebrados. As características morfológicas dos escorpiões permitiram que pudessem colonizar uma grande variedade de ambientes terrestres, sendo que existem cerca de 2000 espécies espalhadas pelo planeta. A maior parte das espécies habitam regiões que apresentam um clima tropical ou subtropical, como grande parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
Eles se alimentam principalmente de pequenos insetos, como aranhas e baratas e podem predar até mesmo pequenos vertebrados, como rãs e roedores, e apresentam glândulas que produzem uma peçonha que é inoculada em suas vítimas através de ferrão conhecido como télson. Em função de seus hábitos alimentares e dos riscos que representam, os acidentes com estes animais, os escorpiões podem causar problemas para a saúde das populações humanas que estão localizadas nas regiões que estes animais se distribuem, sendo animais sinantrópicos, ou seja, se adaptaram para viver na presença dos seres humanos.
As grandes cidades apresentam um excelente habitat para os escorpiões, já que fornecem abrigos através das redes de esgoto e quando o lixo não é recolhido ou destinado em um local adequado, pode atrair insetos e pequenos animais que fazem parte de seu leque alimentar. No Brasil, se destacam o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), as duas espécies apresentam uma peçonha neurotóxica que age sobre o sistema nervoso e pode gerar óbito por parada cardíaca ou edema pulmonar. Pessoas idosas que apresentam problemas preexistentes, com diabetes e problemas cardíacos, podem apresentar uma maior sensibilidade ao veneno dos escorpiões, devendo fazer uma busca por ajuda médica imediata em casos de acidentes com estas espécies, pois o soro antiescorpiônico apresenta uma maior eficácia se for aplicado logo após a picada.
Alguns cuidados são extremamente necessários para manter os escorpiões afastados das residências, como o hábito de manter o quintal das casas limpos e sem a presença de entulho, o descarte de alimentos em locais inadequados deve ser evitado em função de que pode atrair insetos, e, consequentemente escorpiões. Também, deve-se evitar deixar calçados próximos de móveis e tampar os ralos dos banheiros, já que os escorpiões podem adentrar a parte interna das residências através destas tubulações. As mudanças climáticas contribuem com o aparecimento da espécie inclusive na região sul do Brasil.
Autores: André Maciel Pelanda é tutor central do curso de Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter; Rodrigo Berté é diretor da Escola Superior de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 27/07/2020
Autor: EcoDebate
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 27/07/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/07/27/infestacao-de-escorpioes-entenda/
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 27/07/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/07/27/infestacao-de-escorpioes-entenda/
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