O sistema planetário Trappist-1, a 40 anos-luz de distância (um ano-luz tem cerca de 9,46 triliões de quilómetros), é único porque permite aos astrónomos estudar sete planetas semelhantes à Terra a uma distância relativamente curta, com três destes na chamada “zona habitável”, devido à possibilidade de que alguns podem ter água líquida à superfície.
Até à data, dez programas de investigação focaram este sistema com o Telescópio Espacial James Webb (JWST) durante 290 horas.
Embora até agora se pensasse que Trappist-1 b era um planeta rochoso, muito erodido e sem atmosfera, “esta ideia não concorda com as medições atuais, acreditamos que o planeta está coberto por material relativamente inalterado”, explicou Jeroen Bouwman, um astrónomo do Instituto de Astronomia Max Planck.
Os últimos resultados indicam que a rocha à superfície tem no máximo 1.000 anos de idade, muito mais jovem do que o próprio planeta, cuja idade é estimada em vários milhares de milhões de anos.
Isto implicaria que a crosta do planeta está sujeita a mudanças drásticas, que poderiam ser explicadas pelo vulcanismo extremo ou pelas placas tectónicas.
Os cientistas fizeram cálculos de modelação que mostram que o nevoeiro pode reverter a estratificação da temperatura de uma atmosfera rica em dióxido de carbono (CO2).
Ao contrário do que se pensava, existem condições para que o planeta tenha uma atmosfera densa e rica em CO2, realçou Thomas Henning, diretor emérito do Instituto Max Planck de Astronomia e um dos principais arquitetos do instrumento MIRI do telescópio James Webb, com o qual foram feitas as observações.
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Cientistas admitem que o exoplaneta Trappist-1 b possa ter atmosfera
Cientistas sugerem que Trappist-1 b pode ter atmosfera rica em CO2. Observações do telescópio James Webb indicam rochas jovens, vulcanismo e necessidade de mais estudos para confirmação atmosférica.
Agência Lusa
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17 dez. 2024, 11:27
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A NASA e a ESA afirmam que o planeta é um “mini Neptuno”
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Trappist-1 b pode ter atmosfera densa, sugere estudo com James Webb
SCIENCE: NASA, ESA, CSA, IPAC, Kristen McQuinn (RU) IMAGE PROCESSING: Zolt G. Levay (STScI), Alyssa Pagan (STScI)
Uma investigação baseada em observações do telescópio James Webb abre a possibilidade de que o Trappist-1 b, um dos sete planetas rochosos ao redor da estrela Trappist-1, possa ter uma atmosfera.
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O sistema planetário Trappist-1, a 40 anos-luz de distância (um ano-luz tem cerca de 9,46 triliões de quilómetros), é único porque permite aos astrónomos estudar sete planetas semelhantes à Terra a uma distância relativamente curta, com três destes na chamada “zona habitável”, devido à possibilidade de que alguns podem ter água líquida à superfície.
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Até à data, dez programas de investigação focaram este sistema com o Telescópio Espacial James Webb (JWST) durante 290 horas.
Embora até agora se pensasse que Trappist-1 b era um planeta rochoso, muito erodido e sem atmosfera, “esta ideia não concorda com as medições atuais, acreditamos que o planeta está coberto por material relativamente inalterado”, explicou Jeroen Bouwman, um astrónomo do Instituto de Astronomia Max Planck.
Os últimos resultados indicam que a rocha à superfície tem no máximo 1.000 anos de idade, muito mais jovem do que o próprio planeta, cuja idade é estimada em vários milhares de milhões de anos.
Isto implicaria que a crosta do planeta está sujeita a mudanças drásticas, que poderiam ser explicadas pelo vulcanismo extremo ou pelas placas tectónicas.
Os cientistas fizeram cálculos de modelação que mostram que o nevoeiro pode reverter a estratificação da temperatura de uma atmosfera rica em dióxido de carbono (CO2).
Ao contrário do que se pensava, existem condições para que o planeta tenha uma atmosfera densa e rica em CO2, realçou Thomas Henning, diretor emérito do Instituto Max Planck de Astronomia e um dos principais arquitetos do instrumento MIRI do telescópio James Webb, com o qual foram feitas as observações.
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“Este telescópio tornou-se rapidamente a ferramenta definitiva para caraterizar exoplanetas com um nível de detalhe surpreendente. Estas capacidades serão em breve complementadas com novos satélites em órbita, como é o caso do PLATO, no qual Espanha também investiu uma quantidade considerável de recursos”, vincou Barrado, investigador do Centro Espanhol de Astrobiologia (INTA-CSIC), que também participou no estudo.
Autor: observador.pt
Fonte: observador.pt
Sítio Online da Publicação: observador.pt
Data: 13/12/2024
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