sexta-feira, 25 de março de 2022

O legado da pandemia é tema do 9º fascículo do livro comemorativo dos 60 anos da FAPESP

Os primeiros despachos das agências internacionais de notícias – Reuters e Associated Press – alertando para a gravidade dos casos de pneumonia viral identificados em Wuhan, na China, foram distribuídos no dia 31 de dezembro de 2019, às 18 horas, horário de Brasíia. “Quase ninguém leu”, lembra o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). A “tradição gregoriana de calendário", como ele diz, atrasou o reconhecimento do risco de contágio global representado pelo SARS-CoV-2. “Quem conhece a história das pandemias imediatamente ficou em alerta esperando o grande desastre. E infelizmente foi o que aconteceu”, afirmou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.



As instituições de pesquisa se mobilizaram rapidamente. “A velocidade com que os pesquisadores se comunicam é muito maior do que a que políticos e gestores de diferentes lugares se conectam. Conseguimos estabelecer vários canais, debates, troca de informação e ideias que ajudaram a reagir”, relata o médico Esper Kallás, professor do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FM-USP.

A cronologia das ações de combate ao vírus implementadas pela comunidade cientí­fica paulista com apoio da FAPESP – as iniciativas de tratamento da COVID-19 e o desenvolvimento de vacinas – é descrita no capítulo Reação em velocidade recorde, que abre o 9º fascí­culo dos dez que vão compor o livro FAPESP 60 anos – Ciência, Cultura e Desenvolvimento.

Enquanto o Hospital das Clínicas da FM-USP, por exemplo, ativava o Comitê de Crise para ofertar leitos de terapia intensiva e de enfermarias, a FAPESP lançava chamada de propostas no valor de R$ 30 milhões para apoiar projetos que oferecessem resposta aos desafios impostos pelo coronaví­rus. Em apenas quatro dias, a Fundação abriu o edital, recebeu, avaliou e aprovou o primeiro dos 60 projetos selecionados, lembrou Luiz Eugênio Mello, diretor cientí­fico da Fundação.

O capítulo 2 – A Ciência de prontidão – dá detalhes do clima de urgência que tomou conta dos laboratórios de pesquisas que isolaram e estabeleceram linhagens de cultivo in vitro do vírus a serem enviadas a outros laboratórios, ou que sequenciaram o SARS-CoV-2 apenas 48 horas depois de o vírus ter sido identificado no primeiro paciente brasileiro.

Relata os testes clí­nicos das vacinas CoronaVac e Oxford-AstraZeneca, bem como o desenvolvimento, pelo Instituto Butantan, de um soro anticoronavírus e de vacinas multigênicas. O presidente da entidade, Dimas Covas, assina um dos artigos que integram o fascí­culo, intitulado Ciência deve vir antes de política.

O segundo capítulo menciona, ainda, o apoio da FAPESP a oito projetos de pesquisa sobre novas vacinas, além das investigações que têm como objetivo entender os efeitos da COVID-19 em populações e grupos específicos, como as desenvolvidas pela geneticista Mayana Zatz no Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP. A pesquisadora assina um artigo intitulado Ciência Básica com resultados práticos.

Com o título Conhecimento para orientar políticas e reduzir desigualdades, o terceiro capítulo relata iniciativas da Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas, formada por mais de cem pesquisadores de 15 instituições, que produziu dados e conhecimento técnico-cientí­fico para subsidiar setores de governos; e do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade), que analisou o impacto da vacinação e de ações sanitárias na capital paulista.

O fascículo conclui que a forte capacidade de resposta de São Paulo à pandemia deve ser creditada à solidez das instituições, ao legado de apoios e aos investimentos de pesquisa ao longo das últimas décadas, notadamente pela FAPESP. Jean Pierre Schatzmann Peron, da USP, menciona, como exemplo, o arcabouço de conhecimento, a organização de redes de cooperação e os investimentos realizados pela Fundação durante a epidemia de zika, que ajudaram na pronta reação novo coronavírus.

A pandemia deixou uma série de lições para o futuro que se materializarão, por exemplo, numa chamada para um grande programa de infraestrutura de pesquisa, a ser lançada em breve pela FAPESP. Mas não só, de acordo com Zago, a pandemia foi “uma experiência científica, com testes, hipóteses e métodos. Uma construção coletiva da qual participaram ativamente governantes, universidades, técnicos de secretarias, dirigentes de hospitais, médicos, enfermeiros, toda a comunidade científica. Todos escreveram juntos uma história de conhecimento que é coletivo, e que agora nos deixa muito mais preparados para a próxima epidemia – que um dia virá”.

O fascículo "Lições da pandemia" está disponí­vel em: 60anos.fapesp.br/livro/#/fasciculo09

Os oito primeiros fascículos do livro – Seis décadas de realizações, DNA da Ciência Paulista, Pioneirismo Digital, Grandes projetos, grandes resultados, Políticas públicas baseadas em evidências e Contribuição social, cultural e artística , Inovação e Empreendedorismo e Diversidade e Inclusão – estão disponíveis em: 60anos.fapesp.br/livro/.





Autor: Agência FAPESP
Fonte: FAPESP
Sítio Online da Publicação: FAPESP
Data: 25/03/2022
Publicação Original: https://agencia.fapesp.br/o-legado-da-pandemia-e-tema-do-9-fasciculo-do-livro-comemorativo-dos-60-anos-da-fapesp/38222/

Um comentário:

  1. Estoy aquí para que todos sepan que existe una cura para HERPES 1 y 2. Los médicos han logrado que las personas que viven con herpes sepan que no existe una cura para el herpes y han sido esclavizadas a los antivirales y otras medicinas ortodoxas complementarias solo para ayudar a suprimir el virus y no una cura. Recibí un diagnóstico de herpes el 1 de enero de este año 2022 y no creía en mi médico que no hay cura para el herpes, sino que investigué en línea y un blogger me presentó al Dr. Osato, un curandero a base de hierbas, que también narró Su historia en línea en cómo se curó del herpes después de usar la medicina herbal del Dr. Osato. Obtuve la medicina herbaria del Dr. Osato y la usé como me indicaron. Fui a la clínica para un chequeo después de dos semanas de usar el producto a base de hierbas. Mi resultado salió Negativo y me programaron otra cita después de 30 días para confirmar mi resultado y la prueba todavía mostró Negativo y me dieron luz verde de que estoy completamente libre de herpes. Todo gracias a Dios por usar a este Gran herbolario para curarme. Puede contactar al Dr. Osato por correo electrónico: osatoherbalcure@gmail.com o WhatsApp +2347051705853. Su sitio web es osatoherbalcure.wordpress.com. He prometido seguir compartiendo mi testimonio para que la gente sepa que existe una cura para el herpes.

    ResponderExcluir