terça-feira, 17 de outubro de 2023

Estudo alerta para a presença de microplásticos em peixes de rio em Rondônia


O biólogo Leonardo Lopes Costa, mestre e doutor em Ecologia e Recursos Naturais e colaborador do Programa de Ecologia e Recursos Naturais da Uenf, também conta com bolsa de Apoio ao Jovem Pesquisador Fluminense, da FAPERJ. Seu projeto alia pesquisa, educação ambiental, marketing de conservação e divulgação científica. A pesquisa tem o objetivo de otimizar ações de conservação das praias (especialmente as do Norte Fluminense) por meio de atalhos de conservação, incluindo espécies indicadoras de perturbação ecológica, usados para otimizar o alcance de objetivos mais amplos de conservação. Parte das ações de educação ambiental, marketing de conservação e divulgação científica é promovida nas redes sociais (@praiacomvida) e por meio de ações face a face integradas com o poder público e o privado, como a limpeza das praias, a coleta de lixo em corpos d’água, entre outras.

O pesquisador conta que trabalha com microplásticos desde 2017, quando iniciou seu doutorado, mas com foco nas praias. Foi depois que conheceu Igor que ele passou a estudar os microplásticos em água doce e constatou que os padrões de contaminação são muito parecidos. “Quando falamos em contaminação por plástico, a maioria da população considera como vilões os de único uso (descartáveis), mas verificamos que as máquinas de lavar são provavelmente as principais geradoras de microplásticos, em forma de fibras que se soltam das roupas durante a lavagem”, esclarece Leonardo. Ele chama atenção para a quantidade de objetos de plástico que fazem parte do nosso cotidiano “Olhe a sua volta e veja tudo o que é feito de polímeros plásticos” e lembra que, por praticidade, os tecidos também agregam cada vez mais fibras sintéticas. Segundo o pesquisador, mais de 50% do material encontrado nos peixes contaminados por microplástico são fibras sintéticas. Assim, seria fundamental que as indústrias instalassem nas máquinas de lavar filtros capazes de coletar essas microfibras.

“É um problema invisível que precisa com urgência se tornar visível”, alerta Leonardo Costa. Ele defende a elaboração de políticas públicas urgentes voltadas para sanar esse problema ambiental, talvez por meio de contrapartidas e estímulos econômicos, como o que já existe para a criação de unidades de conservação, por exemplo, por meio do ICMS Ecológico.

Além do artigo, publicado na Elsevier, os pesquisadores disponibilizam dois perfis nas redes sociais sobre o assunto: @microplasticosemeioambiente e @praiacomvida.


Autor: Paula Guatimosim 
Fonte: Faperj 
Sítio Online da Publicação: Faperj 
Data: 17/11/2023
Publicaçã0 Original: https://www.faperj.br/?id=419.7.6 

Nenhum comentário:

Postar um comentário