Ela era uma adolescente, cursando o terceiro ano do Ensino Médio, quando a sua escola promoveu uma visita dos alunos a uma reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Foi naquele dia que Ana Lúcia Nunes de Sousa decidiu seguir a carreira acadêmica, tornar-se cientista. Professora adjunta no Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Lúcia lançou durante a Bienal do Livro, em setembro, sua primeira obra, “Luanda no mundo da ciência”.
O livro, voltado para o público infantil, conta de forma lúdica as histórias de cientistas negras do Rio de Janeiro, a partir do olhar de uma menina de 10 anos, que precisa fazer uma redação sobre o que ela pretende ser quando crescer. É com a chegada de uma prima mais velha que ela vence o desafio, após ser apresentada ao diversificado mundo da Ciência. Entre as cientistas negras do Rio de Janeiro citadas na obra estão a filósofa e professora de história, Helena Theodoro; a engenheira química Michelle Mothé; e a dançarina e professora do curso de dança Tatiana Damasceno, por exemplo. Diante dessa diversidade de possibilidades e atuações, Luanda descobre que nos caminhos da ciência ela poderia ser o que quisesse.
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