segunda-feira, 13 de maio de 2024

Estudo detalha eficácia de métodos alternativos ao uso de animais de experimentação



 
Pesquisa
Estudo detalha eficácia de métodos alternativos ao uso de animais de experimentação
Entre as vantagens das novas metodologias está a possibilidade de utilização de células humanas, propiciando maior taxa de sucesso na transição de testes pré-clínicos para clínicos

13 de maio de 2024

A utilização de métodos alternativos ao uso de animais de experimentação é tendência mundial (Foto: Wikipedia)

 

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Ricardo Muniz | Agência FAPESP – Em artigo publicado no Journal of Fungi, pesquisadores de instituições do Brasil, dos Estados Unidos e da Colômbia que investigam interações entre fungos e hospedeiros apresentaram uma exposição abrangente de diversas aplicações empregando metodologias alternativas ao uso de animais mamíferos.

Os métodos alternativos in vitro e in vivo, atualmente mais acessíveis e em disseminação, têm grande potencial para substituir o uso de animais. São, em muitos casos, mais rápidos e baratos, além de terem condições experimentais altamente controladas e resultados quantificáveis, diferentemente de alguns testes em animais, que demandam mais tempo e gastos.

“Outra vantagem é a possibilidade de usar células humanas – linhagens primárias e comerciais usadas para pesquisa, as últimas compradas de bancos de células. O uso dessas células elimina o problema da distância filogenética entre animais e humanos e leva a maior taxa de sucesso na transição dos testes pré-clínicos para clínicos”, explica Maria José Soares Mendes Giannini, professora titular do Laboratório de Proteômica e Micologia Clínica do Departamento de Análises Clínicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (FCFAr-Unesp), apoiada em suas pesquisas pela FAPESP (19/23622-3, 21/14839-9 e 21/03805-6).

Suas atividades são realizadas em parceria com Ana Marisa Fusco Almeida, responsável pelo Laboratório de Desenvolvimento e Validação de Métodos Alternativos para Avaliação de Segurança e Eficácia de Bioprodutos (LaMABio), também da Unesp e apoiada pela FAPESP.

As pesquisadoras desenvolvem metodologias in vitro e in vivo para avaliação de toxicidade utilizando cultivo celular em 2D e 3D de diversas linhagens celulares e modelos animais alternativos como zebrafish (Danio rerio), Galeria mellonella (traça-da-cera), Tenebrio molitor (bicho-da-farinha) e Caenorhabditis elegans (verme encontrado no solo). Esses modelos são usados para estudar infecções fúngicas no contexto de virulência, resposta imune inata, eficácia terapêutica e segurança toxicológica. Entre suas vantagens estão o baixo custo, ausência de problemas éticos, facilidade de experimentação, eficiência em termos de tempo e a possibilidade de usar muitos animais por experimento em comparação com modelos de mamíferos.

As pesquisadoras também mantêm várias colaborações com indústrias farmacêuticas e veterinárias por meio de projetos específicos no desenvolvimento e avaliação de produtos antimicrobianos e metodologias para avaliação e quantificação de contaminantes de ambientes, de produção de insumos farmacêuticos e afins. Além disso, têm participado do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, contribuindo para o desenvolvimento de metodologias preditivas e de segurança toxicológica e de formulações farmacêuticas.


Autor: FAPESP 

Fonte: FAPESP 

Sítio Online da Publicação: FAPESP 

Data: 13/05/2024

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