quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Gripe mais agressiva: é importante que as pessoas "reconheçam os sinais de alarme"

Após um fim de semana complicado nas urgências, a situação mantém-se inalterada. A gripe tem levado muitos doentes aos hospitais e os constrangimentos podem manter-se nas próximas semanas, com o pico a acontecer antes do final do ano.

Segundo a ministra da Saúde, está a circular um subtipo de vírus da gripe mais forte, que poderá afetar um número maior de pessoas. O Governo reforça a importância da vacinação dos grupos de risco e do uso de máscara sempre que necessário, como forma de travar a propagação do vírus.

Na antena da SIC Notícias, a médica de Medicina Geral e Familiar, Margarida Santos, explica que uma das formas de aliviar a pressão nas urgências é optando, primeiro, por recorrer aos cuidados de saúde primários. 

"Com esta instabilidade toda o que acaba por acontecer é que as pessoas têm medo e recorrem mais ao serviço de urgência, depois não conseguem ir ao médico de família, se calhar estão muito tempo à espera da linha SNS24 e, portanto, acaba por haver uma instabilidade que não é boa para os cuidados de saúde primários e que, por isso, acabam por resultar em urgências muito cheias", começa por explicar. 

Explica, ainda, que com as urgências cheias, acaba por haver "mais propagação de vírus, porque a gripe é muito contagiosa e, se de repente a pessoa tem sintomas ligeiros que até poderiam ser geridos em casa (...) mas vai ocorrer para uma urgência, contagia mais pessoas, pessoas mais vulneráveis e, portanto, é um bocadinho um ciclo vicioso difícil de acabar". 

Autor: sicnoticias
Fonte: sicnoticias
Sítio Online da Publicação: sicnoticias
Data: 09/12/2025

Alterações em um único gene já podem causar transtornos mentais, diz estudo


Nem todas as doenças mentais possuem remédios definitivos devido a complexidade de tratamento de um transtorno para outro Reprodução/Freepik
Um novo estudo genético publicado na revista científica Molecular Psychiatry revelou que mutações no gene GRIN2A podem estar associadas à ocorrência de transtornos mentais, entre eles a esquizofrenia.

A descoberta que o funcionamento do gene, sozinho, afeta a atividade de receptores elétricos do cérebro contradiz a teoria sobre a origem poligênica (explicada por vários genes) para todas as doenças ligadas ao cérebro. Pela primeira vez, um estudo demonstrou que uma mutação num único gene pode influenciar de forma decisiva o desenvolvimento de distúrbios mentais.

Pesquisadores do estudo, publicado em outubro deste ano, verificaram que a mutação do gene afeta diretamente o receptor elétrico NMDA, que auxilia na comunicação, sendo que sua falha pode aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças mentais.

De 121 pacientes analisados, 85 tinham algum tipo de mutação no GRIN2A e 23 deles desenvolveram algum transtorno mental. Como destaca a revista WIRED, os indivíduos apresentaram sintomas estritamente psiquiátricos, o que praticamente descartaria explicações ambientais ou contextuais para os casos.

Etapas experimentais
A esquizofrenia é um dos distúrbios que, segundo a pesquisa, são influenciados por mutações gênicas. Cerca de 23 milhões de pessoas no mundo são afetadas pelo distúrbio – equivalente a 0,29% da população mundial –, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Autor: revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 09/12/2025

Tubarão-limão é flagrado predando peixe de água doce invasor em Fernando de Noronha


Desorientados pela salinidade da água, peixes-jaguar tentam fugir de tubarão-limão em Fernando de Noronha Mariano Correa/Reprodução
Pesquisadores apoiados pela FAPESP registraram, pela primeira vez, tubarões-limão (Negaprion brevirostris) predando uma espécie invasora, o peixe-jaguar (Parachromis managuensis). O registro foi realizado em março de 2024, na baía do Sueste, um conhecido ponto de alimentação de tubarões no arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

O evento era tido como improvável porque a baía do Sueste é uma entrada do mar na terra, portanto, com água salgada, enquanto o peixe-jaguar é de água doce. No entanto, a baía recebe aportes de água doce de um manguezal próximo após chuvas fortes.

Introduzido em Fernando de Noronha, provavelmente para produção de proteína animal, o peixe-jaguar suporta um certo grau de salinidade, mas se torna estressado a partir de determinado patamar. Os pesquisadores observaram um nado errático do peixe, que facilitou a captura pelos tubarões.

Além da dificuldade em nadar, estudos de outros grupos já haviam demonstrado que salinidades superiores a 25 psu (unidade prática de salinidade) provocam aumento da frequência cardíaca nos peixes-jaguar. Na baía do Sueste, a salinidade pode chegar a 32 psu.

“Esta é uma área de reprodução, berçário e alimentação dos tubarões-limão. Na noite anterior da nossa observação, houve chuvas fortes, fazendo com que o reservatório do Xaréu, em que os peixes vivem, transbordasse para o manguezal, que por sua vez também transbordou e gerou uma ligação com a baía”, conta Bianca Rangel, primeira autora do estudo, que realiza pós-doutorado no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) com bolsa da FAPESP.

A baía do Sueste é um conhecido ponto de alimentação e berçário de tubarões em Fernando de Noronha. Suas águas rasas e turvas protegem os filhotes, mas são um risco para banhistas e mergulhadores — Foto: Fábio Borges/Reprodução
A baía do Sueste é um conhecido ponto de alimentação e berçário de tubarões em Fernando de Noronha. Suas águas rasas e turvas protegem os filhotes, mas são um risco para banhistas e mergulhadores — Foto: Fábio Borges/Reprodução
Com águas rasas, quentes e turvas, a baía do Sueste é também um local de alimentação de tubarões-tigre (Galeocerdo cuvier), a ponto de o banho e o mergulho terem sido proibidos em 2022 após acidentes com turistas.

Autor: revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 09/12/2025


domingo, 7 de dezembro de 2025

Mapeamento revela que Marte já teve sistemas fluviais enormes

Conduzido por uma equipe de cientistas da Universidade de Texas em Austin, nos Estados Unidos, o estudo traz um mapeamento inédito das bacias fluviais marcianas. As descobertas trazem mais informações sobre o passado do planeta vermelho e a quantidade de água que já existiu nele.

O estudo também revelou que os cânions de saída contribuíram com 24% da quantidade de sedimento fluvial. "Sabemos há muito tempo que havia rios em Marte", disse Dr. Timothy A. Goudge, coautor da pesquisa e professor do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias de UT Austin, em comunicado. "Mas realmente não sabíamos até que ponto os rios estavam organizados em grandes sistemas de drenagem na escala global."

Processo de pesquisa
O estudo teve como objetivo mapear os sistemas fluviais que existiram em Marte para ver onde convergiam, incluindo depósitos de água, cânions, lagos e vales. O mapeamento englobou 105 km², que seria uma área de referência comum para grandes sistemas de drenagem na Terra.

Acredita-se que Marte tenha se formado na mesma época do restante do sistema solar, há 4,5 bilhões de anos. Outro estudo, publicado em 2022, sugere que Marte teve água líquida em sua superfície por volta de 2 bilhões de anos atrás.

Os pesquisadores analisaram imagens obtidas pelo Mars Orbiter Laser Altimeter (MOLA), um instrumento da sonda Mars Global Surveyor (MGS) da NASA, que orbitou Marte entre 1997 e 2006 e, atualmente, está abordo do Mars Reconnaissance Orbiter.



Autor: 
revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 06/12/2025

Cérebro ansioso apresenta queda de um nutriente essencial ligado à memória, ao humor e à regulação emocional

Pesquisadores acreditam que a atividade exacerbada de luta ou fuga, comum em transtornos de ansiedade, pode elevar a demanda do cérebro por colina Getty Images
Pessoas que sofrem de ansiedade tendem a apresentar níveis reduzidos do nutriente essencial colina no cérebro. A descoberta é de pesquisadores do UC Davis Health, operado pela Universidade da Califórnia, dos Estados Unidos, e foi publicada na revista Molecular Psychiatry, parte do grupo editorial Nature.

No primeiro grupo, a análise mostrou que a colina, fundamental para as membranas celulares e funções cerebrais essenciais, como memória, humor e controle muscular, estava cerca de 8% mais baixa. A redução foi mais evidente no córtex pré-frontal, região envolvida no pensamento, na regulação emocional e na tomada de decisões.

"Esta é a primeira meta-análise a mostrar um padrão químico no cérebro em transtornos de ansiedade", disse o coautor Jason Smucny em comunicado. "Ela sugere que abordagens nutricionais - como a suplementação adequada de colina - podem ajudar a restaurar a química cerebral e melhorar os resultados para os pacientes."

Segundo o autor sênior Richard Maddock, os transtornos de ansiedade são a doença mental mais comum nos Estados Unidos, afetando cerca de 30% dos adultos. “Eles podem ser debilitantes e muitas pessoas não recebem tratamento adequado", salientou.

Um estudo anterior de Maddock mostrou níveis reduzidos de colina em pacientes com transtorno do pânico. Isso motivou a decisão de realizar uma metanálise mais ampla. Ele afirmou que, embora esperasse encontrar níveis mais baixos do nutriente em que tem ansiedade, ficou impressionado com a magnitude e a consistência da diferença. "Uma redução de 8% não parece muita coisa, mas no cérebro é significativa", avaliou.


Autor: epocanegocios
Fonte: epocanegocios
Sítio Online da Publicação: epocanegocios
Data: 05/12/2025

Físicos chineses confirmam teoria central da mecânica quântica

Físicos chineses reproduziram com precisão experimental um teste proposto por Albert Einstein em 1927, confirmando que duas propriedades fundamentais de uma partícula não podem ser medidas simultaneamente sem se influenciarem mutuamente.

Os resultados, publicados na revista científica Physical Review Letters, oferecem novas provas em apoio a um princípio central da teoria quântica desenvolvida por Niels Bohr, rival intelectual de Einstein.

Segundo os revisores da publicação, o estudo constitui "uma contribuição significativa" e "uma realização de manual" da teoria original.

A equipa, liderada pelo físico Pan Jianwei - figura central na investigação quântica na China -, concebeu um sistema suficientemente sensível para detetar o minúsculo impulso que um único fotão transmite ao atravessar uma dupla fenda, um aspeto crítico da argumentação de Einstein, que não tinha até agora sido verificado em laboratório.

Segundo o jornal South China Morning Post, os investigadores utilizaram um único átomo de rubídio, arrefecido até perto do zero absoluto e suspenso com recurso a luz laser, para simular uma parede móvel.

Quando o átomo estava pouco confinado, deslocava-se ligeiramente ao passar o fotão, revelando a trajetória deste, mas desaparecia o padrão de interferência no ecrã. Quando o átomo estava firmemente preso, o padrão reaparecia e a trajetória deixava de poder ser determinada.

O resultado confirma a previsão de Bohr: medir o caminho exato de um fotão destrói o seu comportamento ondulatório, enquanto preservar o padrão de interferência implica abdicar da informação sobre a sua trajetória.



Autor: dnoticias
Fonte: dnoticias
Sítio Online da Publicação: dnoticias
Data: 07/12/2025

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Aos 75 anos, Wisdom, a albatroz mais velha do mundo, acolhe seu mais novo filhote

Chega essa época do ano e há sempre a mesma expectativa. Será que Wisdom retornará mais uma vez? Mas essa albatroz parece nunca decepcionar aqueles que acompanham sua trajetória, que já passa de sete décadas. Ela é um símbolo da força, da resiliência e das maravilhas do mundo natural.

Como já contamos em diversas outras reportagens aqui no Conexão Planeta – acompanhamos sua história desde 2016 -, a fêmea da espécie Laysan (Phoebastria immutabilis) foi avistada pela primeira vez em 1956, no Refúgio Nacional Atol de Midway, uma reserva de proteção marinha a noroeste do Havaí, no Oceano Pacífico. Naquele ano ela recebeu uma anilha, de número Z333.

Desde então, ano a ano, Wisdom retorna ao atol para se reproduzir. Ela é considerada a albatroz mais velha de vida selvagem do mundo. Estima-se que tenha 75 anos. Já sobreviveu a parceiros, como Akeakamai, e encontrou novos.

A equipe do Departamento de Pesca e Vida Selvagem dos EUA (USFWS, na sigla em inglês) acredita-se que ao longo de sua vida a fêmea já tenha colocado entre 50 e 60 ovos, e tenha gerado pelo menos 30 filhotes saudáveis.

E agora, em 2025, não foi diferente. “Temos o prazer de anunciar que Wisdom fez seu tão esperado retorno esta semana para a temporada de nidificação de 2026”, compartilhou em novembro a Friends of Midway Atoll, organização de voluntários que trabalha no monitoramento e estudo da espécie na região. “Sua chegada é mais do que um marco anual; é um testemunho vivo da longevidade, da resiliência e dos extraordinários ciclos de vida do Mōlī.” (Mōlī é o nome dessa espécie de albatroz na língua havaiana.)

Aos 75 anos, Wisdom, a albatroz mais velha do mundo, acolhe seu mais novo filhote 
Wisdom e o atual companheiro, que possui a anilha EX25
Foto: Chris Forster
Nascimento de novo filhote
E mais do que a alegria da volta de Wisdom, há a celebração também do nascimento de um novo filhote, conforme noticiou o jornal The Guardian nesta sexta-feira (05/12). Na foto, que abre este post, ela aparece ao lado dele.

Todos os anos, 600 mil casais de albatrozes chegam às duas ilhas do Atol de Midway para se reproduzir, na maior colônia da espécie do mundo.

Anualmente é realizado um censo ali: o mais recente foi no começo de 2025, conforme contamos nesta outra reportagem. Além de ser berçário do albatroz-de-laysan, o atol também é ponto de desova de outra espécie, o albatroz-patinegro, também conhecido como albatroz-de-pés-negros (Phoebastria nigripes). 

Autor: conexaoplaneta
Fonte: conexaoplaneta
Sítio Online da Publicação: conexaoplaneta
Data: 05/12/2025

Parceria entre FSP e FFLCH traz para a USP debates sobre economias sexuais, cuidado e marcadores sociais da diferençaCompartilhe

Parceria entre FSP e FFLCH traz para a USP debates sobre economias sexuais, cuidado e marcadores sociais da diferença
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Entre os dias 8 e 11 de dezembro, a USP realizará o evento “Economias sexuais, cuidado e marcadores sociais da diferença”, com atividades abertas ao público nas faculdades de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e de Saúde Pública (FSP). A programação inclui mesas-redondas, grupo de trabalho, workshop, palestra e uma festa de encerramento.

A abertura ocorre na segunda-feira (8), às 19h, com um workshop coordenado por Laura Murray (UFRJ) na FFLCH, dedicado a metodologias audiovisuais e colaborativas em pesquisas sobre economias sexuais. Na terça-feira, a partir das 9h, a FSP recebe a sessão “Práticas de trabalho e escrita”, seguida, às 19h, da primeira mesa do evento, que discutirá trabalho sexual, criminalização e marcadores sociais da diferença, com a participação de ativistas e pesquisadoras de diferentes regiões do país.

Na quarta-feira (10), a programação segue na FSP com a sessão “Processos de criminalização e disputas de território”, às 9h. Às 14h, a antropóloga Ana Paula da Silva (UFF) ministra a palestra “Economias sexuais em perspectiva antropológica”. À noite, às 19h, ocorre a mesa “Trabalho sexual, saúde e direitos humanos”, reunindo pesquisadoras e representantes de coletivos voltados à defesa dos direitos de trabalhadoras sexuais.

O evento termina na quinta-feira (11) com a sessão “Moralidades em disputa”, às 9h, e a Puta Festa, às 19h. Parte da programação — incluindo as mesas 1 e 2, a palestra e o workshop — terá transmissão ao vivo pelo YouTube do Coletive de Pesquisa em Antropologia da Saúde da FSP-USP.

Organizado por estudantes do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da USP (PPGAS-USP), o encontro é uma iniciativa do projeto Cosmopolíticas do Cuidado no Fim-do-Mundo, em parceria com o Núcleo de Estudos dos Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS/USP).


Fiocruz lança curso online e gratuito sobre análise de dados no SUS

iniciativa prevê a elaboração e publicação de outros cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz. 

Conheça a estrutura do curso e inscreva-se! Ele tem carga horária de 50 horas e um total de três módulos.

Módulo 1 – Lógica e Linguagem de Programação

Aula 1 – Introdução à Lógica de Programação
Aula 2 – Introdução à Linguagem de Programação


Módulo 2 – Estatística Descritiva e Comunicação de Resultados

Aula 1 – Análise exploratória e descritiva
Aula 2 – Formas de visualização de dados e métodos analíticos


Módulo 3 – Modelos estatísticos

Aula 1 – Inferência Estatística
Aula 2 – Modelos Estatísticos: lineares e não lineares
Aula 3 – Dados com estruturas de dependência: Multiníveis, Séries Temporais e Sobrevida
Aula 4 – Aplicação dos modelos estatísticos


Autor: fiocruz
Fonte: fiocruz
Sítio Online da Publicação: fiocruz
Data: 02/12/2025

Nova espécie de bromélia da Mata Atlântica é descrita por pesquisadores do Jardim Botânico do RJ


Uma colorida e linda nova espécie de bromélia acaba de ser descrita por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Endêmica da Mata Atlântica, ela foi encontrada no Parque Nacional do Alto Cariri, na Bahia, próximo à fronteira com Minas Gerais. Batizada de Wittmackia aurantiolilacina, ela tem tons de laranja, rosa e lilás.

A descoberta da espécie, até então desconhecida pela ciência, aconteceu durante uma expedição da equipe do Centro Nacional de Conservação da Flora, do Jardim Botânico, em agosto de 2023. Na época, eles estudavam árvores ameaçadas de extinção do sul da Bahia.

Os pesquisadores coletaram então um exemplar da bromélia, sem flores, que foi cultivado no bromeliário do Jardim Botânico, e no Refúgio dos Gravatás, em Teresópolis. Um ano depois, acontecia a primeira floração, e com isso foi possível fazer o estudo e a identificação que levaram à confirmação de que aquela era uma nova espécie.

“Ao me deparar com essa planta florescendo pela primeira vez, fiquei estarrecido com a beleza de suas flores, uma combinação inusitada de cores, laranja e lilás. Imediatamente suspeitei de que poderia se tratar de uma espécie nova por não se parecer com nenhuma bromélia que já vi e estudei em mais de 30 anos de profissão”, revelou Bruno Rezende, curador da coleção científica de bromélias do Jardim Botânico do Rio e um dos autores do artigo científico que descreve a nova espécie divulgado na publicação Phytotaxa.

Todavia, apesar da boa notícia, ela vem acompanhada de um alerta. Pesquisadores acreditam que a Wittmackia aurantiolilacina já deve ser classificada como ‘criticamente em perigo de extinção‘, ameaçada por atividades humanas na região onde ocorre, como pastagens e plantações de café e cacau.


Autor: conexaoplaneta
Fonte: conexaoplaneta
Sítio Online da Publicação: conexaoplaneta
Data: 28/11/2025

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Especialistas apontam cenário de estabilidade econômica para 2026 e sugerem cautela


Fotomontagem que mostra um punhado de moedas, uma sobre as outras, em cima de um gráfico que retrata o comportamento da economia
Os analistas apostam que o PIB brasileiro deve crescer algo em torno de 2% em 2026 – Arte sobre foto de Marcos Santos/USP Imagens
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O ano de 2026 já está batendo na porta e é hora de pensar no bolso. O que esperar da economia no próximo ano — e o que cada um de nós pode fazer para cuidar melhor do dinheiro? Depois de um 2025 de recuperação moderada, com inflação sob controle e leve avanço no emprego, o grande desafio será manter o crescimento diante de um cenário global incerto — marcado por tensões geopolíticas, desaceleração da China e transição energética acelerada.

O economista Paulo Feldmann, professor do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, faz um balanço do que foi o ano que está terminando. A expectativa do professor de Economia da USP para 2026 é de que seja um ano bem parecido com o atual, com uma taxa baixa de crescimento em função da alta inflação, com estimativa de 4% de inflação ao ano.

Os alimentos continuam impactando o dia a dia da dona de casa, apesar da queda na inflação. A previsão de boa safra para 2026 deve reverter esse quadro. O emprego deve continuar em alta, mas na informalidade sem os direitos trabalhistas necessários. Além disso, 2026 promete um grande desafio para o governo federal, o controle dos altos juros, gerando uma expectativa negativa para investidores estrangeiros.

 
Paulo Feldmann – Foto: FEA-USP

PIB deve crescer

Os analistas apostam que o PIB brasileiro deve crescer algo em torno de 2% em 2026, impulsionado pelo agronegócio, exportações de commodities e investimentos em infraestrutura. Outro ponto de atenção é a política monetária. O Banco Central deve manter juros em níveis baixos, para incentivar o consumo e o crédito, mas qualquer desequilíbrio nas contas públicas pode mudar essa rota.

Na prática, 2026 promete ser um ano de ajustes finos — equilibrar as contas, estimular o investimento e manter o País no rumo da previsibilidade. Em resumo, 2026 pode trazer oportunidades, mas o segredo continua o mesmo — organizar o orçamento, evitar dívidas caras e fazer o dinheiro trabalhar por você.

O professor da FEA-USP destaca que “o Brasil continua tendo um problema sério, que é o de crescimento de voo de galinha, como nós chamamos. O Brasil quando cresce, cresce 3%. Muito diferente dos países asiáticos, por exemplo, que crescem a taxas de 8%, 9%, 10% ao ano. Mas para o País ter esse crescimento maior, precisa de um plano, precisa de uma política industrial, precisa definir o que quer fazer no longo prazo, o que absolutamente não se sabe”, avalia.

Feldmann finaliza com o exemplo do caso da Petrobras e a exploração de petróleo na bacia amazônica. “O Brasil vinha falando que era o grande líder da energia limpa, que ia extinguir o petróleo no médio prazo, que ia usar só fontes renováveis. De repente, tudo muda e o Brasil resolve investigar se há petróleo na Amazônia.”

Jornal da USP no Ar no ar veiculado pela Rede USP de Rádio, de segunda a sexta-feira: 1ª edição das 7h30 às 9h, com apresentação de Roxane Ré, e demais edições às 14h, 15h, 16h40 e às 18h. Em Ribeirão Preto, a edição regional vai ao ar das 12 às 12h30, com apresentação de Mel Vieira e Ferraz Junior. Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do Jornal da USP no celular.





Autor: usp
Fonte: usp
Sítio Online da Publicação: usp
Data: 01/12/2025
Publicação Original: https://jornal.usp.br/radio-usp/especialistas-apontam-cenario-de-estabilidade-economica-para-2026-e-sugerem-cautela/

USP e Educação #33: Escolas indígenas

USP e Educação - USP
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USP e Educação #33: Escolas indígenas
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As escolas são espaços fundamentais na formação intelectual e cidadã dos indivíduos. Além disso, as instituições são responsáveis pela proliferação e compartilhamento de hábitos intrínsecos à cultura brasileira. Nesse sentido, as escolas indígenas assumem esse papel, garantindo a manutenção dos valores dos povos tradicionais.

Contudo, a realidade brasileira é muitas vezes nociva a essas instituições. Ao longo da história, as escolas indígenas foram tratadas de forma preconceituosa e prejudicial pelos órgãos responsáveis, colocando em segundo plano os interesses e valores dos povos nativos. Elie Ghanem, professor da Faculdade de Educação da USP, comenta que, em grande parte, a escolarização dos povos tradicionais brasileiros foi civilizatória, visando principalmente à evangelização.

Gostou do assunto? Quer saber mais? Então acesse https://jornal.usp.br/sinopses-boletins/usp-e-educacao/ e fique por dentro!

Boletim USP e Educação

Produção: Produção - Cinderela Caldeira, Isabella Lopes e Breno Marino
Edição: Rádio USP
Você pode sintonizar a Rádio USP SP 93,7 MHz e Ribeirão Preto 107,9 MHz, pela internet em www.jornal.usp.br ou nos principais agregadores de podcast como Spotify, iTunes e Deezer.





Autor: usp
Fonte: usp
Sítio Online da Publicação: usp
Data: 01/12/2025
Publicação Original: https://jornal.usp.br/podcast/usp-e-educacao-33-escolas-indigenas/

Biogel desenvolvido em parceria com a USP promove cicatrização de feridas graves

Pesquisador da startup In Situ Terapia Celular trabalhando com o biogel - Foto: Divulgação/In Situ

Um biogel terapêutico desenvolvido pela startup In Situ Terapia Celular, em colaboração com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, apresentou resultados promissores no modelo pré-clínico de feridas de pele graves associadas à anemia falciforme. A anemia falciforme é uma doença hereditária, caracterizada por inflamação crônica e consequente disfunção imunológica e no processo de cicatrização.

A formulação de uso tópico, que está em fase de patenteamento pela startup, contém pequenas partículas chamadas de vesículas extracelulares, que são liberadas por células estromais mesenquimais e atuam como mensageiras biológicas, regulando o sistema imunológico e auxiliando na regeneração de tecidos lesionados.

As avaliações pré-clínicas iniciais em camundongos sadios mostraram que o biogel acelera em cerca de 50% o processo de cicatrização. “A ferida se fecha em metade do tempo do que fecharia sem o uso do biogel”, explica Adriana Oliveira Manfiolli, pesquisadora-sócia da startup, egressa de pós-graduação na USP. A startup conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e está incubada no Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto e no Hospital Albert Einstein.


Para viabilizar o uso clínico do biogel futuramente, será necessário produzir essas vesículas em larga escala, já que inicialmente as células mesenquimais eram cultivadas em sistemas 2D estáticos, em frascos plásticos, um método trabalhoso e de difícil escalonamento. “Essa limitação foi superada com o desenvolvimento, pelo grupo da professora Kelen Malmegrim de Farias, da FCFRP, de um bioprocesso nacional de produção dessas vesículas em biorreator de tanque agitado, livre de componentes de origem animal e compatível com boas práticas de fabricação”, conta Adriana.

Segundo a engenheira química e pesquisadora do grupo da FCFRP, Paula Bruzadelle Vieira, “o biorreator de tanque agitado é um equipamento que se assemelha a um vaso fechado e permite o cultivo controlado de células animais ou microrganismos, com temperatura, pH e oxigenação regulados, de modo a otimizar o crescimento celular e a produção desejada”.


Adriana Manfiolli, CTO (Chief Technology Officer), e Carolina Caliári Oliveira, fundadora e CEO, ambas da In Situ Terapia Celular - Foto: Divulgação/In Situ


A recém-doutora Natália Cristine Dias dos Santos, responsável pelo desenvolvimento do bioprocesso durante seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia da FCFRP, completa: “Com o biorreator, foi possível cultivar as células em suspensão, reduzindo etapas manuais e garantindo lotes reprodutíveis e estáveis de vesículas”. Os resultados obtidos e apresentados na tese de Natália, desenvolvida em parceria com a In Situ Terapia Celular, estão em análise para publicação na revista Biotechnology and Bioprocess Engineering.

Para a professora Kelen, o potencial terapêutico das células estromais mesenquimais e de suas vesículas extracelulares está “na vanguarda das terapias avançadas” e “tem sido investigado em diversos estudos clínicos para tratamento de doenças inflamatórias, autoimunes e degenerativas”.
Foto: Divulgação/FCFRP

Potencial para uso no SUS


O biogel contendo as vesículas produzidas em escala ampliada foi testado com sucesso em modelo pré-clínico de feridas de pele graves em camundongos Townes, que mimetizam a anemia falciforme humana.


Nos experimentos realizados pelo biomédico Waldir César Ferreira de Oliveira, durante seu doutorado orientado pela professora Kelen também pelo Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia da FCFRP, foram comparados três grupos de camundongos: sem tratamento, tratados com a formulação original e tratados com o biogel contendo vesículas produzidas em escala ampliada. “O último grupo apresentou cicatrização completa das feridas, com menos inflamação e melhor qualidade do novo tecido”, relata Oliveira.

Com a eficácia terapêutica comprovada em modelo pré-clínico, a próxima etapa será liderada pela startup In Situ, com estudos complementares de custo, escalabilidade e viabilidade regulatória do produto. A perspectiva, segundo a professora Kelen, é que a startup disponibilize o biogel, no futuro, como um produto de terapia avançada acessível pelo SUS. “A ciência feita na universidade, quando conectada ao setor produtivo, pode gerar soluções reais para desafios da saúde pública”, conclui a professora Kelen.



Natália Cristine Dias dos Santos e Paula Bruzadelle Vieira no biorreator ; na sequência Waldir César Ferreira de Oliveira, Kelen Malmegrim de Farias, Paula Bruzadelle Vieira e Natália Cristine Dias dos Santos - Foto: Divulgação/FCFRP



A fundadora e CEO da startup, Carolina Caliári Oliveira, também egressa de pós-graduação na USP, destaca o impacto social do produto: “A ciência tem um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida. Com inovação, dedicação e colaboração, estamos cada vez mais perto de oferecer um tratamento eficaz para as feridas de pele crônicas”. Além da startup, as pesquisas também tiveram apoio financeiro da Fapesp e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Mais informações podem ser obtidas pelos e-mails kelenfarias@fcfrp.usp.br (Kelen) e adriana@insitu.com.br (Adriana), pelos perfis no Instagram @labterapiacelular e @insitu.terapiacelular, ou pelo site https://www.insitu.com.br

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*Estagiária sob supervisão de Rita Stella e Rose Talamone



Autor: usp
Fonte: usp
Sítio Online da Publicação: usp
Data: 01/12/2025
Publicação Original: https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/biogel-desenvolvido-em-parceria-com-a-usp-promove-cicatrizacao-de-feridas-graves/

domingo, 30 de novembro de 2025

Imagem de salvamento de baleia “horrível e bela” ganha prémio de fotografia

A baleia “parou e olhou para nós, como que a agradecer”, disse Miesa Grobbelgar, que registou o momento.

Segundo o New Scientist, a fotografia, tirada perto da costa de Ha’apai, em Tonga, aconteceu devido a Grobbelgar e a sua equipa de resgate terem respondido a um pedido de socorro sobre uma baleia-jubarte enredada.

Quando chegaram ao local encontraram uma “corrente pesada e enferrujada a cortar profundamente a sua cauda“, disse Grobbelgar. Trabalharam “com cuidado e silêncio” para a libertar, até que a corrente finalmente se partiu, explicou.


Embora as baleias-jubarte como espécie já não sejam consideradas em vias de extinção, com os números globais a recuperarem dos níveis baixos observados em meados do século XX devido à caça excessiva, ainda existem algumas populações em risco, incluindo as encontradas na costa de Tonga. Estas ainda se contam em poucas milhares, cerca de 30% menos do que antes da caça generalizada.

“É horrível e belo, é a relação da humanidade com a natureza no seu pior e o cuidado da humanidade com a natureza no seu melhor, tudo ao mesmo tempo”, disse Jarrod Boord, um dos juízes do concurso, em comunicado.



Autor: zap
Fonte: zap
Sítio Online da Publicação: zap
Data: 29/11/2025