Elementos que regulam a expressão de genes causaram a atrofia de membros e olhos de lagartos e
mamíferos, respectivamente – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
.
Em algum ponto da história da evolução das espécies, as cobras já tiveram pernas. Uma nova pesquisa
.
Em algum ponto da história da evolução das espécies, as cobras já tiveram pernas. Uma nova pesquisa
publicada em novembro na Nature Communications nos ajuda a entender como essa transição ocorreu.
Segundo o estudo, a perda de elementos físicos de algumas espécies ocorreu devido à diferenciação
de elementos regulatórios no DNA. A pesquisa é da autoria da bióloga Juliana Roscito, doutora em
Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências (IB) da USP, e coautoria do professor Miguel
Trefaut, professor no mesmo instituto.
Na estrutura do DNA existem elementos que regulam a expressão de genes que podem se manifestar
Na estrutura do DNA existem elementos que regulam a expressão de genes que podem se manifestar
em partes diferentes do corpo. Dependendo desse gene, esses reguladores podem direcionar sua
expressão para um local específico. “As mutações ocorrem em diversas partes do genoma, mas os
genes em si estão blindados contra as suas ações. Esses elementos regulatórios estão mais suscetíveis
a sofrer mutações que os genes em si”, explica Juliana.
Esses elementos, portanto, são responsáveis por controlar a expressão de genes em cada parte do corpo.
Esses elementos, portanto, são responsáveis por controlar a expressão de genes em cada parte do corpo.
Quando ocorrem mutações nesses elementos, a expressão dos genes é afetada, resultando na
má-formação da parte do corpo em questão. A pesquisa analisou diferentes espécies de lagartos e
mamíferos, e concluiu que esse fenômeno causou a atrofia de membros e olhos nestes animais, respectivamente.
Nova edição de “A Origem das Espécies” traz Darwin mais “radical”
Biologia evolutiva do desenvolvimento explica origem das formas biológicas
A pesquisa contou com métodos avançados de estudos, como o sequenciamento genômico de espécies
ainda não mapeadas. Segundo a pesquisadora, esse foi o procedimento mais demorado. “Para fazer essa
análise precisamos de muitas espécies com genoma sequenciado. Então se alinham genomas diferentes
e se faz uma comparação entre as sequências.” Esse sequenciamento consiste em “quebrar” o DNA e
descobrir a sequência de moléculas que o compõe. Por meio desse método, pode-se analisar em que
elementos ocorreram mutações entre as espécies.
A pós-doutoranda relata que o material publicado ajuda a aprofundar os conceitos já existentes sobre a
A pós-doutoranda relata que o material publicado ajuda a aprofundar os conceitos já existentes sobre a
evolução dos animais. “Estamos mostrando como esse processo pode acontecer e como o mecanismo
da modificação funciona.”
O artigo Phenotype loss is associated with widespread divergence of the gene regulatory landscape in
evolution pode ser lido no site da publicação científica.
Mais informações: e-mail juroscito@gmail.com, Juliana Roscito, ou e-mail mturodri@usp.br, com
Mais informações: e-mail juroscito@gmail.com, Juliana Roscito, ou e-mail mturodri@usp.br, com
Miguel Trefaut
Veja também o vídeo produzido pelo Núcleo de Divulgação Científica da USP de uma pesquisa sobre
o mesmo tema, realizada pelo geneticista Uirá Souto Melo, do Centro de Pesquisa sobre o Genoma
Humano da USP:
Autor: Jornal da USP
Fonte: Jornal da USP
Sítio Online da Publicação: Jornal da USP
Data: 13/12/2018
Publicação Original: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/estudo-mostra-como-as-cobras-
perderam-as-pernas-ao-longo-da-evolucao/
Autor: Jornal da USP
Fonte: Jornal da USP
Sítio Online da Publicação: Jornal da USP
Data: 13/12/2018
Publicação Original: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/estudo-mostra-como-as-cobras-
perderam-as-pernas-ao-longo-da-evolucao/
Nenhum comentário:
Postar um comentário