Os fotógrafos Sara Gehren e Breno Lima, que trabalham com Ripper, contaram como seus caminhos se cruzaram com o do fotojornalista e como deram início ao projeto de preservação do acervo até então. A vontade de Ripper sempre foi de que seu trabalho fosse doado para uma instituição pública, deixando-o acessível e disponível para pesquisa.
Apresentação de fotos do acervo Ripper
Fotos: Raquel Portugal/Multimeios/Icict/Fiocruz
O mapeamento do acervo começou em 2017, de forma informal, realizado por Sara e Breno, dois então estudantes fascinados pelo trabalho de Ripper. Desde então, diante da quantidade de material e percebendo a importância histórica dele, a dupla buscou financiamentos e parcerias, culminando com o lançamento da campanha de financiamento coletivo Bem Querer o Brasil.
“Nosso objetivo sempre foi garantir o caráter político do acervo, garantir que ele continue sendo uma ferramenta de luta para as pessoas que foram documentadas ao longo dos anos”, ressalta Breno, lembrando que a coleção também será doada às instituições que atuaram para que os registros fossem possíveis. Sara reforça: “O que queremos deixar registrado é o necessário compromisso a longo prazo para que a mudança social aconteça. Estamos falando de mais saúde, comida melhor, moradia melhor, dignidade de estar vivo”.
Ripper encerrou o evento apresentando algumas de suas fotografias, contextualizando-as e revelando detalhes de como realizava seu trabalho de campo. Uma verdadeira aula de respeito e cidadania.
“Hoje não se conta a história do Brasil sem os fotógrafos populares”, afirmou o fotógrafo, ressaltando a importância de se ter um olhar humanitário no momento dos registros. “É fundamental que a gente diga que existem outras histórias, temos que mostrar a beleza dos fazeres de quem mora na favela, não apenas os problemas. Fotografe com amor e fique com o legado da luta”, concluiu Ripper.
O evento marcou o encerramento das atividades institucionais do Icict em 2024 e o fim da programação que comemorou os 10 anos da Política de Acesso Aberto da Fiocruz. Além disso, foram lembrados os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, sendo uma oportunidade de reflexão sobre a importância da defesa dos direitos fundamentais e da promoção da dignidade humana.
Autor: Fiocruz
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 26/12/2024
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