terça-feira, 11 de julho de 2023

Equipe brasileira do Telescópio Gigante Magalhães investe em divulgação científica


Com um vídeo de oito minutos sobre a formação das estrelas, estreou no mês passado a segunda temporada da série Fascínio do Universo. Entre os assuntos que estão por vir destacam-se: matéria escura, formação das galáxias, aglomerados de galáxias e estruturas em grande escala do Universo. Os programas são todos feitos no Brasil, pela TV Universitária da Universidade do Vale do Paraíba (TV Univap). Apesar de falados em português, possuem legendas em português e inglês, para maior acessibilidade.

A série é resultado de uma parceria entre o escritório brasileiro do Giant Magellan Telescope (GMT), o Telescópio Gigante Magalhães, em construção no Chile; o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP); e a FAPESP. “Seu objetivo é alcançar as gerações mais jovens e entusiasmá-las sobre a astronomia, abordando temas para quais o GMT será capaz de fornecer resultados jamais alcançados até hoje”, conta Daiana Ribeiro Bortoletto, gerente de programa do Projeto GMT-FAPESP.

Com uma superfície coletora de luz de 25,4 metros de diâmetro e 368 metros quadrados de área, o GMT, que está sendo instalado no pico Las Campanas, no extremo sul do Deserto de Atacama, deverá ser até 200 vezes mais poderoso do que os melhores telescópios atuais, possibilitando prospectar com maior riqueza de detalhes o universo observável. Para isso, ele contará com sete dos maiores e mais perfeitos espelhos já fabricados. E com um sistema de óptica adaptativa capaz de remover o efeito da turbulência atmosférica da Terra.

“A astronomia sempre dá saltos quando incorpora novas tecnologias. A transição da observação a olho nu para a observação com telescópios ampliou enormemente nossa visão do universo. Mais tarde, a utilização de espectrógrafos revelou a composição química dos corpos celestes e possibilitou a descoberta das ainda misteriosas matéria e energia escuras. A nova geração de telescópios terrestres gigantes, que inclui o GMT, configura um novo salto tecnológico. Entre os avanços esperados, posso destacar uma melhor compreensão de como as galáxias nascem e evoluem, de como a nossa Via Láctea foi formada e, talvez, a descoberta mais impactante de todas: sinais da existência de vida fora do Sistema Solar”, afirma Laerte Sodré Junior, pesquisador responsável e coordenador do Projeto GMT-FAPESP.





Autor: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP
Fonte: FAPESP
Sítio Online da Publicação: FAPESP
Data: 11/07/2023

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