Se tiver interesse em apresentar seu trabalho ou pesquisa, indique no formulário de inscrição, incluindo o título e a unidade da Fiocruz na qual você trabalha.
A pré-conferência também será transmitida pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.
A atividade pretende mobilizar a comunidade da Fiocruz na elaboração de sugestões e propostas para a construção de um Plano de Restauração Ambiental da Baía de Guanabara na Década do Oceano (PRAI-BG, 2023-2030), que será debatido na 1ª Conferência Participativa da Baía de Guanabara (Conferência PRAI-BG) em setembro. As pré-conferências participativas sobre a Baía de Guanabara integram as diversas ações promovidas pelo Movimento Baía Viva, com apoio de organizações e instituições públicas, movimentos sociais e praticantes de esportes náuticos, em prol da preservação do território. Os encontros estão sendo realizados nos municípios da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara, em universidades, escolas e comunidades, de forma on-line ou presencial.
Além das pré-conferências, a campanha envolveu reuniões para mobilização social com comunidades pesqueiras, instituições acadêmicas e órgãos públicos; assim como uma barqueata/expedição científica no Arquipélago de Paquetá e na Ilha de Brocoió; e um encontro preparatório de lançamento da Conferência PRAI-BG com pesquisadores/as, gestores públicos, jornalistas, comunidades pesqueiras, empresas e movimentos socioambientais.
A Baía de Guanabara, segunda maior do país, é um símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil, reconhecida em todo o mundo. Organizador da pré-conferência pela Ensp e pesquisador do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/Ensp), Paulo Barrocas lembra que, ao longo do século 20, a baía teve a qualidade de suas águas degradadas por diversas atividades antropogênicas desenvolvidas em sua bacia, como, por exemplo, atividades portuárias, industriais, de carga e descarga de petróleo e seus derivados, entre outras. E, principalmente, pelo crescimento urbano desordenado, que resultou no contínuo lançamento nas suas águas e dos rios afluentes, de grandes quantidades de resíduos sólidos, efluentes industriais e esgotos sanitários sem tratamento. Barrocas conta que, ao longo das últimas décadas, algumas iniciativas foram lançadas na tentativa de despoluir a baía, tais como o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) nos anos 1990, que nunca atingiu os objetivos propostos, e o Programa de Saneamento dos Municípios (PSAM), também financiado pelo BID em 2011, que ainda não teve suas obras concluídas. “Com a definição da realização das olímpiadas no Rio de Janeiro em 2016, novas promessas de despoluição da Baía de Guanabara foram feitas pelas autoridades, que novamente não chegaram a ser cumpridas. No contexto atual de emergência ambiental, todas as atenções devem estar voltadas para a adaptação e/ou mitigação dos impactos das mudanças climáticas e das necessárias mudanças nos padrões de produção e consumo da sociedade, buscando uma economia de baixo carbono, que seja verdadeiramente sustentável e alinhada com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e com a Agenda 2030. Neste sentido, é urgente que retomemos a luta pela restauração da saúde ambiental da Baía de Guanabara, a partir da mobilização de toda a sociedade”, destaca Barrocas.
Confira, abaixo, a programação da Pré-Conferência Participativa da Fiocruz sobre a Baía de Guanabara:
Programação
10h às 10h30 - Abertura da Pré-Conferência
10h35 às 12h35 – Mesa 1: Apresentação dos trabalhos dos grupos de pesquisa, associações e comitês
12h35 às 13h35 – Almoço
13h40 às 15h30 – Mesa 2: Debate e Propostas para a Construção do Plano de Restauração Ambiental da Baía de Guanabara
15h30 às 15h50 – Consolidação e Sistematização das Propostas
15h50 às 16h – Encerramento
Autor: Danielle Monteiro (Ensp/Fiocruz)
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 10/07/2023
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