segunda-feira, 30 de julho de 2018

Análise de Emissões Aeronáuticas: Estudo de caso em um aeroporto da cidade do Rio de Janeiro

A poluição atmosférica, conceituada como a ocorrência de gases e materiais particulados em níveis superiores aos naturalmente encontrados, é uma circunstância gerada e incrementada pela ação antrópica ao longo dos séculos. Segundo Gaffney e Marley (2009), desde que o homem descobriu e começou a manipular o fogo para se aquecer e alimentar, ele teve que lidar com os subprodutos originados da combustão, incluindo dióxido de carbono, vapor d’agua, e uma diversidade de gases traço e aerossóis, que provocam inúmeros impactos na qualidade do ar, no clima e na saúde humana. Recentemente, Guxens et al. (2018) estudaram a poluição atmosférica e sua relação com mudanças no desenvolvimento cerebral e cognitivo em crianças.


O estudo mostrou que concentrações de poluentes atmosféricos, mesmo dentro dos limites considerados seguros a saúde humana causaram alterações cerebrais. Gavinier e Nascimento (2014) avaliaram a associação entre poluentes atmosféricos e hospitalizações por acidente vascular encefálico (AVE) em indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos, sendo possível especificar associação entre dióxido de nitrogênio e internações por AVE.



Barbosa et al. (2015) investigaram a associação da poluição atmosférica em relação aos atendimentos pediátricos de emergência a portadores de anemia falciforme onde constataram entre outros, que dióxido de nitrogênio e monóxido de carbono estiveram associados a um incremento de 19% e 16,5% respectivamente, nos atendimentos totais. Até o final da idade moderna, onde se deram os primeiros movimentos industriais, o homem contribuiu pouco a pouco com o aumento do nível de poluentes na atmosfera e consequentemente agravando os problemas de saúde das populações. Todavia, com o advento da Segunda Revolução Industrial, ocorrida entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do XX, os níveis de emissões de poluentes atmosféricos foram incrementados, devido ao desenvolvimento de motores a combustão interna e externa, visto que, tais equipamentos operam pelo uso de combustíveis fósseis.



Em consonância, surgiram os primeiros projetos de aeronaves, que após anos de aprimoramento, possibilitaram a realização do transporte de pessoas e cargas por vias aéreas, de forma mais rápida e segura, principalmente, com o desfecho da segunda guerra mundial, que de acordo com Fajer (2009), em sua tese “Sistemas de investigação dos acidentes aeronáuticos da aviação geral – uma análise comparativa”, tal fato, fez com que parte da indústria aeronáutica passasse a se dedicar à aviação civil. Além da rapidez e segurança, os transportadores aéreos, à época, requeriam da indústria, aeronaves com maiores capacidade de transporte, tecnologia e autonomia de voo.



Como solução a estas requisições, a indústria desenvolveu e produziu aeronaves com novas tecnologias de navegação, motores e aerodinâmica mais eficiente (FAJER apud CROUCH, 2008). Os motores aeronáuticos encontram-se incluídos na categoria de motores térmicos, por utilizarem como combustíveis, substâncias derivadas da destilação do petróleo, conhecidos como Gasolina de Aviação (AVGAS) e Querosene de Aviação (JET A-1). Além disto, devem possuir qualidades que envolvem a segurança contínua do funcionamento, ausência de vibrações, facilidade de manutenção, necessitam ser duráveis, econômicos e termicamente eficientes (HOMA, 2006).



Autor: Rafael Vaz Fernandes Moreira, Simone Lorena Quiterio de Souza e Sergio Machado Corrêa
Fonte: SUSTINERE
Sítio Online da Publicação: e-publicacoes UERJ
Data de Publicação: Janeiro a Junho de 2018
Publicação Original: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/33346/25716

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