Documento também aborda o histórico do CJA, compila materiais acadêmicos sobre coletivos jovens de meio ambiente e traz orientações para organização.
Santos (SP), janeiro de 2022 - Os coletivos jovens são uma maneira de garantir a voz das juventudes nas tomadas de decisão e potencializar a mobilização juvenil. Desde 2015, o Coletivo Jovem Albatroz (CJA) trilha o caminho de formar lideranças jovens para a conservação marinha, desenvolvendo intervenções, cursos, participação em políticas públicas e, claro, a formação de novas juventudes com o mesmo desejo de mudar a realidade. Com mais de seis anos de experiência como coletivo estruturado e referência para outros grupos do país, o CJA publicou em dezembro o seu primeiro folder colaborativo, disponível para download na biblioteca virtual do site do Projeto Albatroz.
O conteúdo foi selecionado, produzido e editado por mais de dez jovens do CJA, com o apoio da equipe de comunicação do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras. A ideia é que a publicação oriente jovens por todo o país sobre os princípios orientadores dos grupos, as formas de estruturação, as condutas dos educadores e jovens participantes, além dos principais marcos históricos para as juventudes.
Pontapé inicial
No começo do ano, quando o Coletivo Jovem Albatroz divulgou as inscrições para o curso ‘Década do Oceano: a juventude na transformação da sociedade’, a equipe preparou uma breve cartilha sobre o que era o CJA, sua linha do tempo e como funcionavam as atividades, já que para muitos participantes aquele era o primeiro contato com um coletivo jovem.
Porém, no segundo semestre, quando receberam um pedido de ajuda dos jovens do Coletivo Paranã, de Ubatuba (SP), para orientações sobre como estruturar o próprio coletivo jovem, quais ações realizar e como se organizar veio a ideia de criar um folder que abrangesse o maior número possível de informações sobre o tema. As orientações ao novo coletivo resultaram em uma formação e na intervenção artística ‘Maré de Utopias’.
“Essa dificuldade de encontrar literatura surge porque as informações estão, em sua maioria, em artigos científicos ou publicações governamentais espalhadas pela internet”, explica a educadora ambiental responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz, Thaís Lopes. “No CJA, nós decidimos então criar uma cartilha que facilitasse esse processo para os jovens, educadores e interessados na área para que tivessem todos esses documentos compilados em um único material”.
Transformando ciência em informação
O Coletivo Jovem Albatroz foi tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da pós-graduação em Educação Ambiental e a Transição para Sociedades Sustentáveis de Thaís Lopes, que rendeu bons frutos não só para o enriquecimento teórico do folder, mas também para a formação dos jovens.
O trabalho trouxe de forma inédita uma série de condutas que o educador e o educando precisam ter para que o coletivo jovem funcione de maneira igualitária, horizontal, dialógica, em que todos se sintam pertencentes para contribuir e somar nas ações coletivas - algo que até então era entendido de forma prática pelos participantes.
“Nós trouxemos toda essa informação teórica, acadêmica e governamental sobre o que são coletivos jovens de meio ambiente, como eles funcionam dentro da perspectiva da educação ambiental, e transformamos tudo isso em um conteúdo acessível para todos”, explica Thaís.
Sobre o Coletivo Jovem Albatroz
Criado em 2015, o Coletivo Jovem Albatroz é um espaço de formação de jovens lideranças na conservação marinha e costeira de 18 a 29 anos de todo o Brasil. Neste processo educador, os jovens são protagonistas, propondo e realizando projetos de intervenção para a transformação da realidade. Os integrantes do Coletivo realizam diversos cursos, oficinas e visitas técnicas; participam ativamente de reuniões de órgãos colegiados para criação de políticas públicas; e marcam presença em eventos ligados à Juventude e Meio Ambiente, apresentando suas experiências.
Projeto AlbatrozReduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras. O Projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e pescadores.
A principal linha de ação do Projeto, nascido no ano de 1990, em Santos (SP), é o desenvolvimento de pesquisas para subsidiar Políticas Públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da existência dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.
Atualmente, o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS), Cabo Frio (RJ) e Natal (RN).
Mais informações: www.projetoalbatroz.org.br
Autor: Albatroz
Fonte: Albatroz
Sítio Online da Publicação: Albatroz
Data: 27/01/2022
Publicação Original: www.projetoalbatroz.org.br
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