terça-feira, 23 de maio de 2023

Projetos sobre obesidade e consumo de álcool na adolescência são selecionados por consórcio internacional



A Global Alliance for Chronic Diseases (GACD) reúne as principais agências internacionais de financiamento a pesquisas especificamente para apoiar o que se denomina atualmente como “pesquisa da implementação”, que busca entender como o conhecimento gerado pela investigação científica pode se transformar em medidas concretas, capazes de lidar com a carga crescente de doenças não transmissíveis em países de baixa e média renda e em populações vulneráveis de países de alta renda.

O resultado da última chamada realizada pela GACD teve duas propostas apoiadas pela FAPESP, sendo que uma delas foi a mais bem avaliada no painel e a outra obteve cofinanciamento do Research Council of Norway (RCN), da Noruega. Cada projeto receberá um aporte máximo de R$ 1.500.000,00, por uma atuação que deverá se estender por 48 a 60 meses.

No edital “Fatores de Risco Comum em Idades Vulneráveis (Adolescentes e Jovens Adultos)”, a FAPESP definiu como escopo propostas voltadas especificamente para as faixas etárias entre 10 e 19 anos e 15 e 24 anos.

As duas propostas contempladas foram: “Ambientes alimentares saudáveis e obesidade na infância e adolescência: compreendendo e superando os desafios para implementação das políticas públicas mais eficazes”, apresentada por Patricia Constante Jaime, professora titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP); e “Redução do consumo de álcool entre adolescentes através de uma intervenção multicomponente de base comunitária: uma abordagem de pesquisa de implementação”, apresentada por Zila van der Meer Sanchez Dutenhefner, chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

A primeira proposta aponta o agravamento do crescimento da obesidade, associado a mudanças alimentares, com o aumento da disponibilidade de alimentos ultraprocessados. “Como resultado”, diz a pesquisadora na apresentação da proposta, “observa-se um crescimento de doenças crônicas não transmissíveis associadas à má alimentação, particularmente em crianças e adolescentes”.





Autor: 
José Tadeu Arantes 
Fonte: FAPESP 
Sítio Online da Publicação: FAPESP 
Data: 23/05/2023

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