quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Gripe mais agressiva: é importante que as pessoas "reconheçam os sinais de alarme"

Após um fim de semana complicado nas urgências, a situação mantém-se inalterada. A gripe tem levado muitos doentes aos hospitais e os constrangimentos podem manter-se nas próximas semanas, com o pico a acontecer antes do final do ano.

Segundo a ministra da Saúde, está a circular um subtipo de vírus da gripe mais forte, que poderá afetar um número maior de pessoas. O Governo reforça a importância da vacinação dos grupos de risco e do uso de máscara sempre que necessário, como forma de travar a propagação do vírus.

Na antena da SIC Notícias, a médica de Medicina Geral e Familiar, Margarida Santos, explica que uma das formas de aliviar a pressão nas urgências é optando, primeiro, por recorrer aos cuidados de saúde primários. 

"Com esta instabilidade toda o que acaba por acontecer é que as pessoas têm medo e recorrem mais ao serviço de urgência, depois não conseguem ir ao médico de família, se calhar estão muito tempo à espera da linha SNS24 e, portanto, acaba por haver uma instabilidade que não é boa para os cuidados de saúde primários e que, por isso, acabam por resultar em urgências muito cheias", começa por explicar. 

Explica, ainda, que com as urgências cheias, acaba por haver "mais propagação de vírus, porque a gripe é muito contagiosa e, se de repente a pessoa tem sintomas ligeiros que até poderiam ser geridos em casa (...) mas vai ocorrer para uma urgência, contagia mais pessoas, pessoas mais vulneráveis e, portanto, é um bocadinho um ciclo vicioso difícil de acabar". 

Autor: sicnoticias
Fonte: sicnoticias
Sítio Online da Publicação: sicnoticias
Data: 09/12/2025

Alterações em um único gene já podem causar transtornos mentais, diz estudo


Nem todas as doenças mentais possuem remédios definitivos devido a complexidade de tratamento de um transtorno para outro Reprodução/Freepik
Um novo estudo genético publicado na revista científica Molecular Psychiatry revelou que mutações no gene GRIN2A podem estar associadas à ocorrência de transtornos mentais, entre eles a esquizofrenia.

A descoberta que o funcionamento do gene, sozinho, afeta a atividade de receptores elétricos do cérebro contradiz a teoria sobre a origem poligênica (explicada por vários genes) para todas as doenças ligadas ao cérebro. Pela primeira vez, um estudo demonstrou que uma mutação num único gene pode influenciar de forma decisiva o desenvolvimento de distúrbios mentais.

Pesquisadores do estudo, publicado em outubro deste ano, verificaram que a mutação do gene afeta diretamente o receptor elétrico NMDA, que auxilia na comunicação, sendo que sua falha pode aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças mentais.

De 121 pacientes analisados, 85 tinham algum tipo de mutação no GRIN2A e 23 deles desenvolveram algum transtorno mental. Como destaca a revista WIRED, os indivíduos apresentaram sintomas estritamente psiquiátricos, o que praticamente descartaria explicações ambientais ou contextuais para os casos.

Etapas experimentais
A esquizofrenia é um dos distúrbios que, segundo a pesquisa, são influenciados por mutações gênicas. Cerca de 23 milhões de pessoas no mundo são afetadas pelo distúrbio – equivalente a 0,29% da população mundial –, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Autor: revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 09/12/2025

Tubarão-limão é flagrado predando peixe de água doce invasor em Fernando de Noronha


Desorientados pela salinidade da água, peixes-jaguar tentam fugir de tubarão-limão em Fernando de Noronha Mariano Correa/Reprodução
Pesquisadores apoiados pela FAPESP registraram, pela primeira vez, tubarões-limão (Negaprion brevirostris) predando uma espécie invasora, o peixe-jaguar (Parachromis managuensis). O registro foi realizado em março de 2024, na baía do Sueste, um conhecido ponto de alimentação de tubarões no arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

O evento era tido como improvável porque a baía do Sueste é uma entrada do mar na terra, portanto, com água salgada, enquanto o peixe-jaguar é de água doce. No entanto, a baía recebe aportes de água doce de um manguezal próximo após chuvas fortes.

Introduzido em Fernando de Noronha, provavelmente para produção de proteína animal, o peixe-jaguar suporta um certo grau de salinidade, mas se torna estressado a partir de determinado patamar. Os pesquisadores observaram um nado errático do peixe, que facilitou a captura pelos tubarões.

Além da dificuldade em nadar, estudos de outros grupos já haviam demonstrado que salinidades superiores a 25 psu (unidade prática de salinidade) provocam aumento da frequência cardíaca nos peixes-jaguar. Na baía do Sueste, a salinidade pode chegar a 32 psu.

“Esta é uma área de reprodução, berçário e alimentação dos tubarões-limão. Na noite anterior da nossa observação, houve chuvas fortes, fazendo com que o reservatório do Xaréu, em que os peixes vivem, transbordasse para o manguezal, que por sua vez também transbordou e gerou uma ligação com a baía”, conta Bianca Rangel, primeira autora do estudo, que realiza pós-doutorado no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) com bolsa da FAPESP.

A baía do Sueste é um conhecido ponto de alimentação e berçário de tubarões em Fernando de Noronha. Suas águas rasas e turvas protegem os filhotes, mas são um risco para banhistas e mergulhadores — Foto: Fábio Borges/Reprodução
A baía do Sueste é um conhecido ponto de alimentação e berçário de tubarões em Fernando de Noronha. Suas águas rasas e turvas protegem os filhotes, mas são um risco para banhistas e mergulhadores — Foto: Fábio Borges/Reprodução
Com águas rasas, quentes e turvas, a baía do Sueste é também um local de alimentação de tubarões-tigre (Galeocerdo cuvier), a ponto de o banho e o mergulho terem sido proibidos em 2022 após acidentes com turistas.

Autor: revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 09/12/2025


domingo, 7 de dezembro de 2025

Mapeamento revela que Marte já teve sistemas fluviais enormes

Conduzido por uma equipe de cientistas da Universidade de Texas em Austin, nos Estados Unidos, o estudo traz um mapeamento inédito das bacias fluviais marcianas. As descobertas trazem mais informações sobre o passado do planeta vermelho e a quantidade de água que já existiu nele.

O estudo também revelou que os cânions de saída contribuíram com 24% da quantidade de sedimento fluvial. "Sabemos há muito tempo que havia rios em Marte", disse Dr. Timothy A. Goudge, coautor da pesquisa e professor do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias de UT Austin, em comunicado. "Mas realmente não sabíamos até que ponto os rios estavam organizados em grandes sistemas de drenagem na escala global."

Processo de pesquisa
O estudo teve como objetivo mapear os sistemas fluviais que existiram em Marte para ver onde convergiam, incluindo depósitos de água, cânions, lagos e vales. O mapeamento englobou 105 km², que seria uma área de referência comum para grandes sistemas de drenagem na Terra.

Acredita-se que Marte tenha se formado na mesma época do restante do sistema solar, há 4,5 bilhões de anos. Outro estudo, publicado em 2022, sugere que Marte teve água líquida em sua superfície por volta de 2 bilhões de anos atrás.

Os pesquisadores analisaram imagens obtidas pelo Mars Orbiter Laser Altimeter (MOLA), um instrumento da sonda Mars Global Surveyor (MGS) da NASA, que orbitou Marte entre 1997 e 2006 e, atualmente, está abordo do Mars Reconnaissance Orbiter.



Autor: 
revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 06/12/2025

Cérebro ansioso apresenta queda de um nutriente essencial ligado à memória, ao humor e à regulação emocional

Pesquisadores acreditam que a atividade exacerbada de luta ou fuga, comum em transtornos de ansiedade, pode elevar a demanda do cérebro por colina Getty Images
Pessoas que sofrem de ansiedade tendem a apresentar níveis reduzidos do nutriente essencial colina no cérebro. A descoberta é de pesquisadores do UC Davis Health, operado pela Universidade da Califórnia, dos Estados Unidos, e foi publicada na revista Molecular Psychiatry, parte do grupo editorial Nature.

No primeiro grupo, a análise mostrou que a colina, fundamental para as membranas celulares e funções cerebrais essenciais, como memória, humor e controle muscular, estava cerca de 8% mais baixa. A redução foi mais evidente no córtex pré-frontal, região envolvida no pensamento, na regulação emocional e na tomada de decisões.

"Esta é a primeira meta-análise a mostrar um padrão químico no cérebro em transtornos de ansiedade", disse o coautor Jason Smucny em comunicado. "Ela sugere que abordagens nutricionais - como a suplementação adequada de colina - podem ajudar a restaurar a química cerebral e melhorar os resultados para os pacientes."

Segundo o autor sênior Richard Maddock, os transtornos de ansiedade são a doença mental mais comum nos Estados Unidos, afetando cerca de 30% dos adultos. “Eles podem ser debilitantes e muitas pessoas não recebem tratamento adequado", salientou.

Um estudo anterior de Maddock mostrou níveis reduzidos de colina em pacientes com transtorno do pânico. Isso motivou a decisão de realizar uma metanálise mais ampla. Ele afirmou que, embora esperasse encontrar níveis mais baixos do nutriente em que tem ansiedade, ficou impressionado com a magnitude e a consistência da diferença. "Uma redução de 8% não parece muita coisa, mas no cérebro é significativa", avaliou.


Autor: epocanegocios
Fonte: epocanegocios
Sítio Online da Publicação: epocanegocios
Data: 05/12/2025

Físicos chineses confirmam teoria central da mecânica quântica

Físicos chineses reproduziram com precisão experimental um teste proposto por Albert Einstein em 1927, confirmando que duas propriedades fundamentais de uma partícula não podem ser medidas simultaneamente sem se influenciarem mutuamente.

Os resultados, publicados na revista científica Physical Review Letters, oferecem novas provas em apoio a um princípio central da teoria quântica desenvolvida por Niels Bohr, rival intelectual de Einstein.

Segundo os revisores da publicação, o estudo constitui "uma contribuição significativa" e "uma realização de manual" da teoria original.

A equipa, liderada pelo físico Pan Jianwei - figura central na investigação quântica na China -, concebeu um sistema suficientemente sensível para detetar o minúsculo impulso que um único fotão transmite ao atravessar uma dupla fenda, um aspeto crítico da argumentação de Einstein, que não tinha até agora sido verificado em laboratório.

Segundo o jornal South China Morning Post, os investigadores utilizaram um único átomo de rubídio, arrefecido até perto do zero absoluto e suspenso com recurso a luz laser, para simular uma parede móvel.

Quando o átomo estava pouco confinado, deslocava-se ligeiramente ao passar o fotão, revelando a trajetória deste, mas desaparecia o padrão de interferência no ecrã. Quando o átomo estava firmemente preso, o padrão reaparecia e a trajetória deixava de poder ser determinada.

O resultado confirma a previsão de Bohr: medir o caminho exato de um fotão destrói o seu comportamento ondulatório, enquanto preservar o padrão de interferência implica abdicar da informação sobre a sua trajetória.



Autor: dnoticias
Fonte: dnoticias
Sítio Online da Publicação: dnoticias
Data: 07/12/2025

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Aos 75 anos, Wisdom, a albatroz mais velha do mundo, acolhe seu mais novo filhote

Chega essa época do ano e há sempre a mesma expectativa. Será que Wisdom retornará mais uma vez? Mas essa albatroz parece nunca decepcionar aqueles que acompanham sua trajetória, que já passa de sete décadas. Ela é um símbolo da força, da resiliência e das maravilhas do mundo natural.

Como já contamos em diversas outras reportagens aqui no Conexão Planeta – acompanhamos sua história desde 2016 -, a fêmea da espécie Laysan (Phoebastria immutabilis) foi avistada pela primeira vez em 1956, no Refúgio Nacional Atol de Midway, uma reserva de proteção marinha a noroeste do Havaí, no Oceano Pacífico. Naquele ano ela recebeu uma anilha, de número Z333.

Desde então, ano a ano, Wisdom retorna ao atol para se reproduzir. Ela é considerada a albatroz mais velha de vida selvagem do mundo. Estima-se que tenha 75 anos. Já sobreviveu a parceiros, como Akeakamai, e encontrou novos.

A equipe do Departamento de Pesca e Vida Selvagem dos EUA (USFWS, na sigla em inglês) acredita-se que ao longo de sua vida a fêmea já tenha colocado entre 50 e 60 ovos, e tenha gerado pelo menos 30 filhotes saudáveis.

E agora, em 2025, não foi diferente. “Temos o prazer de anunciar que Wisdom fez seu tão esperado retorno esta semana para a temporada de nidificação de 2026”, compartilhou em novembro a Friends of Midway Atoll, organização de voluntários que trabalha no monitoramento e estudo da espécie na região. “Sua chegada é mais do que um marco anual; é um testemunho vivo da longevidade, da resiliência e dos extraordinários ciclos de vida do Mōlī.” (Mōlī é o nome dessa espécie de albatroz na língua havaiana.)

Aos 75 anos, Wisdom, a albatroz mais velha do mundo, acolhe seu mais novo filhote 
Wisdom e o atual companheiro, que possui a anilha EX25
Foto: Chris Forster
Nascimento de novo filhote
E mais do que a alegria da volta de Wisdom, há a celebração também do nascimento de um novo filhote, conforme noticiou o jornal The Guardian nesta sexta-feira (05/12). Na foto, que abre este post, ela aparece ao lado dele.

Todos os anos, 600 mil casais de albatrozes chegam às duas ilhas do Atol de Midway para se reproduzir, na maior colônia da espécie do mundo.

Anualmente é realizado um censo ali: o mais recente foi no começo de 2025, conforme contamos nesta outra reportagem. Além de ser berçário do albatroz-de-laysan, o atol também é ponto de desova de outra espécie, o albatroz-patinegro, também conhecido como albatroz-de-pés-negros (Phoebastria nigripes). 

Autor: conexaoplaneta
Fonte: conexaoplaneta
Sítio Online da Publicação: conexaoplaneta
Data: 05/12/2025