sexta-feira, 6 de setembro de 2024

ATIVIDADES DO SETEMBRO ANTINUCLEA


Diversas atividades alusivas ao polêmico Programa Nuclear Brasileiro serão realizadas neste Setembro Antinuclear, com o intuito de reforçar a posição das brasileiras e brasileiros contrários à energia nuclear, já expressa em cartas e na Petição Pública dirigidas ao Presidente Lula para barrar a conclusão da usina de Angra 3 e a temerária extensão da vida útil de Angra 1.

O governo está dividido sobre a conveniência e necessidade de concluir Angra 3 que, segundo o BNDES, consumirá cerca de R$25 bilhões e vai onerar a conta de luz dos consumidores. É intolerável que investimentos deste porte sejam direcionados a um programa nuclear recheado de corrupção e tragédias, enquanto faltam recursos para atender populações que enfrentam eventos extremos gerados pelas mudanças climáticas e suas consequentes tragédias humanas e ambientais.

A decisão sobre Angra 3 deve sair este mês. Por isto, neste mês acontecerão debates e ações, em locais que integram o ciclo nuclear de produção de eletricidade, como o lançamento de publicações; o impulsionamento do abaixo-assinado contra a conclusão de Angra 3 e a divulgação de uma série de artigos abordando as principais encrencas que envolvem a problemática indústria nuclear brasileira.

As atividades do Setembro Antinuclear serão iniciadas amanhã, com a publicação, do artigo Triplicar a energia nuclear até 2050 exigirá um milagre, e milagres não acontecem de Farrukh A Chishtie - cientista atmosférico, climático e de observação da Terra, lider dFundação Sociedade Pacífica, Ciência e Inovaçãoque atende comunidades afetadas pelas mudanças climáticas, guerras e pandemias - e do físico MV Ramana, professor titular em Desarmamento, Segurança Global e Humana na Universidade da Colombia Britânica. É membro do Grupo Internacional de Avaliação de Risco Nuclear e da equipe responsável pelo Relatório Anual sobre o Status da Indústria Nuclear Mundial

A iniciativa é uma co-promoção da Articulação Antinuclear Brasileira (AAB), da Articulação Antinuclear do Ceará, Articulação Sertão Antinuclear (PE), Associação Poços Sustentável, Poços de Caldas (MG)Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo – APOINME, Comitê de Energia Renovável do Semiárido, Sousa (PB), Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, Brasília (DF), Frente Popular de Luta Antinuclear (Caldas-MG), Frente por uma Nova Politica Energética, Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental - FMCJS, Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental – Germen, Salvador (BA), Núcleo Caetité do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, Caetité (BA), Núcleo Caldas da AAB e outras entidades.

Por considerar importante a ampliação deste debate, apresentamosabaixo, uma lista de reportagens tratando do assunto, esperando contribuir para facilitar o acesso a este tema.

http://taniamalheiros-jornalista.blogspot.com/2024/08/ministro-detona-com-eletronuclear-que.html

https://asmetro.org.br/portalsn/2024/07/26/a-cnen-pede-socorro/

https://aepet.org.br/noticia/precarizacao-do-trabalho-em-angra-1-e-2-e-receita-para-acidentes-nucleares-dizem-especialistas/

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/07/eletrobras-negocia-com-governo-saida-de-angra-3-para-ceder-vagas-em-conselhos.shtmlutm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/08/retomada-de-angra-3-deve-exigir-aporte-imediato-de-r-52-bi-de-uniao-e-eletrobras.shtml?pwgt=k7xbe1ua019qrml3v2pb2trrohghftt040qs6vtv5eactr0i&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwagiftpdf

https://www.gov.br/cnen/pt-br/assunto/ultimas-noticias/seguranca-nuclear-riscos-em-evidencia-e-oportunidades-enquanto-e-tempo




Jogos digitais melhoram a cognição em idosos, mas depende de alguns fatores


Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou que jogos digitais podem melhorar, de forma significativa, a cognição em idosos brasileiros, quando seguem uma ordem específica de exercícios. O estudo, coordenado pelo psiquiatra Rogério Panizzutti, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ e Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, foi publicado na revista Archives of Gerontology and Geriatrics, no mês de julho.

A pesquisa avaliou 115 voluntários entre 60 e 89 anos, divididos em três grupos. O primeiro grupo realizou 20 horas de treinamento com jogos digitais desenvolvidos para aprimorar as capacidades sensoriais, como a identificação de estímulos auditivos e visuais. Em seguida, completou mais 20 horas com jogos que envolvem atividades cognitivas mais complexas, como treinamento de memória e tomada de decisões. O segundo grupo fez o inverso: começou com o treinamento cognitivo-funcional e depois passou para o sensorial. Já o grupo de controle participou de sessões com jogos comerciais de baixa demanda cognitiva. Cada treinamento teve a duração de 1 hora por dia, em cerca de duas a quatro sessões por semana.

A cognição dos participantes foi avaliada após 20 e 40 horas de treinamento, e novamente após cinco meses sem treinamento adicional. Os resultados mostraram que a cognição global melhorou inicialmente em todos os grupos, mas os ganhos foram perdidos meses após o fim do treino. Os ganhos na cognição se mantiveram apenas no grupo que fez o treinamento sensorial seguido do cognitivo-funcional. Isso indica a importância da ordem dos exercícios para um aprendizado duradouro.


Rogério Panizzutti: o estudo, coordenado pelo psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, foi publicado na revista Archives of Gerontology and Geriatrics (Foto: Divulgação)
Segundo Panizzutti, essa ordem é crucial devido às perdas naturais das capacidades visuais e auditivas durante o envelhecimento. Essas perdas exigem mais atenção para melhorar a percepção de estímulos, o que pode reduzir a atenção disponível para outras funções cognitivas, como a memória de trabalho.

O estudo reforça a importância de programas de treinamento baseados em evidências científicas. Os jogos usados na pesquisa foram desenvolvidos por neurocientistas norte-americanos e adaptados ao público brasileiro pela startup Neuroforma Tecnologias, criada por Panizzutti e incubada no programa Startup Rio da FAPERJ. Eles estão disponíveis na plataforma Brain HQ (https://br.brainhq.com), que oferece uma variedade de exercícios adaptados ao desempenho individual e disponibiliza alguns gratuitamente.

“Existem estudos mostrando que videogames em geral causam efeitos estimulatórios ao cérebro. Mas o grande achado deste trabalho foi a durabilidade dos ganhos após o treinamento específico, indicando que ele gerou neuroplasticidade. Isso corrobora a nossa teoria de que a população idosa se beneficiaria mais de um treinamento sensorial antes do cognitivo-funcional, devido às perdas naturais da idade", explica o pesquisador. "Cada vez mais observamos que para treinar o cérebro é necessária uma abordagem individualizada, como na atividade física. Ainda temos muito a aprender sobre esses mecanismos, para desenhar ferramentas de intervenção cognitivas cada vez mais específicas e eficazes."


Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 05/09/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=630.7.0