quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Pesquisa na Uerj constata que óleo de palma favorece aumento na gordura do fígado


forma aleatória, alterando as propriedades de fusão da gordura. O que na teoria seria um benefício comparado ao processo de hidrogenação utilizado no passado, que gerava a gordura trans. Entretanto, não há estudos suficientes que garantam a segurança do consumo desta gordura", explica o pesquisador.


Julio Beltrame: segundo o pesquisador (à frente de sua equipe), os estudos pré-clínicos mostram que o óleo de palma interesterificado provoca aumento do colesterol e triglicerídios e danos no fígado, pâncreas e tecido adiposo
Segundo Daleprane, os estudos pré-clínicos mostraram que o óleo de palma interesterificado provoca aumento do colesterol e triglicerídios e danos no fígado, pâncreas e tecido adiposo. “Há aumento de gordura no fígado e alterações metabólicas, como aumento de açúcar no sangue e resistência à insulina. Quando essa dieta foi combinada com a exposição a um poluente ambiental comum, os resultados foram ainda piores, incluindo fibrose no fígado”, relata o pesquisador. Para ele, os dados evidenciam a necessidade precoce de intervenção com políticas públicas para regular o uso de ingredientes na indústria de alimentos. Além disso, o pesquisador chama a atenção para os danos ambientais decorrentes da expansão exagerada do plantio do dendezeiro na Amazônia, já que é uma planta que consome muita água e pode prejudicar o bioma.

Os primeiros resultados da pesquisa já estão sendo publicados e recursos humanos sendo formados. Daleprane, que há mais de uma década se dedica a testar e explicar cientificamente o impacto dos alimentos sobre a saúde e a doença (especialmente a obesidade), em outubro parte para Lion, na França, como professor visitante, por seis meses. “Acho que os resultados da pesquisa já são bastante substanciais. É o momento de mostrarmos que a pesquisa básica pode (e deve) subsidiar outras áreas”, afirma.

Um dos desdobramentos do estudo é a recém-firmada parceria com a nutricionista Vanessa Naciuk Castelo Branco, professora do setor de Tecnologia de Alimentos do Departamento de Bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Fabiane Ferreira Martins, professora do Departamento de Morfologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em seus experimentos, as pesquisadoras conseguiram obter uma mistura estável com óleo vegetal e a quintosana, agente capaz de fazer a interação entre a água e o óleo, derivando uma mistura estável.


Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 05/09/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=599.7.2

https://www.faperj.br/?id=621.7.9


variáveis hemodinâmicas”, contou Farinatti.

Contemplado pelo programa Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, Farinatti ressalta a importância do caráter interinstitucional da pesquisa. “É interessante essa parceria entre uma instituição militar, a Unifa, e uma civil, a Uerj, ambas públicas. O projeto está gerando um conhecimento que pode se expandir, no futuro, e prevenir doenças em toda a categoria profissional de pilotos, sejam militares ou civis”, concluiu. O projeto também conta com a participação do Laboratório de Biologia Vascular (Biovasc/Uerj), coordenado pela professora Eliete Bouskela, onde a saúde microvascular dos pilotos é avaliada.

Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 12/09/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=621.7.9

Aplicativo foca na melhora da saúde de funcionários de empresas


Qualificado como um 'serious game' por seus criadores, o Healthfy promove a cultura da prevenção em saúde nas empresas de forma divertida e informal (Imagem: Divulgação) 
A Organização Mundial da Saúde prevê que, sete em cada 10 jovens, que nasceram entre 1981 e 1996, terão sobrepeso quando chegarem na meia idade. No Brasil de hoje, mais de 50% da população está acima do peso. Os principais fatores para essa alta taxa de obesidade estão relacionados com os dois principais pilares do estilo de vida: má alimentação e pouco ou nenhum exercício físico. Como consequências, risco aumentado de diabetes, hipertensão, câncer, depressão, dependência medicamentosa e óbito.

Com esse panorama, um grupo de três empreendedores criou uma startup focada em soluções para mudar esse cenário no mundo corporativo. Giselle Felix, uma das empreendedoras, ao lado de Rafael Palma e Pedro Marques, conta que daí surgiu o aplicativo Healthfy direcionado a empresas com até mil funcionários.

"⁠Mais de 50 mil pessoas de 60 empresas já faziam parte da nossa consultoria de qualidade de vida corporativa, quando participamos de um hackathon, lançado pela Firjan, para solucionar o desafio de engajamento da indústria. Podemos afirmar que a cada grupo de 100 participantes, 1,5 toneladas de peso foram perdidas no ano, o que nos motivou a escalar o método, usando o aplicativo. O grau de aderência foi de 87% e os resultados saíram publicados no Journal of Health Informatics", conta Felix.

Segundo ela, pesquisas científicas mundiais já comprovaram que trabalhadores moderadamente ou extremamente obesos, com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 35, tiveram uma perda de produtividade relacionada à saúde de mais de 4%, levando a uma perda adicional de U$ 500 por trabalhador/ano. Além disso, os custos indiretos de perda de produtividade podem ser entre duas a três vezes o valor dos custos médicos.


Giselle Felix, Rafael Palma e Pedro Marques: os empreendedores usaram metodologia educativa baseada em conteúdo que mostra e discute evidências científicas sobre obesidade e saúde para criar aplicativo que incentiva a mudança de hábito a partir do estilo de vida (Fotos: Divulgação) 
A empreendedora explica que o Healthfy é um "serious game" que auxilia na prevenção, por meio da promoção da cultura de saúde em empresas.

Com uma metodologia educativa, baseada em conteúdo que mostra e discute evidências científicas sobre obesidade e saúde, o aplicativo, que já possui registro no INPI, incentiva a mudança de hábito a partir do estilo de vida. Giselle ressalta que pesquisas já demostram que a oferta de informações em saúde se converte em aumento da expectativa de vida.

"⁠Com o Healthfy, os funcionários não precisam mais cuidar dos seus indicadores de saúde de forma dolorosa e chata. A estratégia utiliza indicadores de saúde e comportamento dos participantes, obtidos por meio de dispositivos dos aparelhos celulares como acelerômetros, GPS, câmera, além de integração com redes sociais. Ao usar o aplicativo, o funcionário participa de uma jornada comportamental e é incentivado a mudar de hábitos e adotar um estilo de vida saudável enquanto se diverte", diz.

A startup conta com três profissionais das áreas de Saúde, Telecomunicações e Ciência da Computação e já foi contemplada em duas edições do edital Pesquisador na Empresa, da FAPERJ, que apoia com bolsas e recursos para financiar os projetos de empreendedores.

Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 12/09/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=634.7.5