
O economista Paulo Feldmann, professor do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, faz um balanço do que foi o ano que está terminando. A expectativa do professor de Economia da USP para 2026 é de que seja um ano bem parecido com o atual, com uma taxa baixa de crescimento em função da alta inflação, com estimativa de 4% de inflação ao ano.
Os alimentos continuam impactando o dia a dia da dona de casa, apesar da queda na inflação. A previsão de boa safra para 2026 deve reverter esse quadro. O emprego deve continuar em alta, mas na informalidade sem os direitos trabalhistas necessários. Além disso, 2026 promete um grande desafio para o governo federal, o controle dos altos juros, gerando uma expectativa negativa para investidores estrangeiros.

Paulo Feldmann – Foto: FEA-USP
PIB deve crescer
Os analistas apostam que o PIB brasileiro deve crescer algo em torno de 2% em 2026, impulsionado pelo agronegócio, exportações de commodities e investimentos em infraestrutura. Outro ponto de atenção é a política monetária. O Banco Central deve manter juros em níveis baixos, para incentivar o consumo e o crédito, mas qualquer desequilíbrio nas contas públicas pode mudar essa rota.
Na prática, 2026 promete ser um ano de ajustes finos — equilibrar as contas, estimular o investimento e manter o País no rumo da previsibilidade. Em resumo, 2026 pode trazer oportunidades, mas o segredo continua o mesmo — organizar o orçamento, evitar dívidas caras e fazer o dinheiro trabalhar por você.
O professor da FEA-USP destaca que “o Brasil continua tendo um problema sério, que é o de crescimento de voo de galinha, como nós chamamos. O Brasil quando cresce, cresce 3%. Muito diferente dos países asiáticos, por exemplo, que crescem a taxas de 8%, 9%, 10% ao ano. Mas para o País ter esse crescimento maior, precisa de um plano, precisa de uma política industrial, precisa definir o que quer fazer no longo prazo, o que absolutamente não se sabe”, avalia.
Feldmann finaliza com o exemplo do caso da Petrobras e a exploração de petróleo na bacia amazônica. “O Brasil vinha falando que era o grande líder da energia limpa, que ia extinguir o petróleo no médio prazo, que ia usar só fontes renováveis. De repente, tudo muda e o Brasil resolve investigar se há petróleo na Amazônia.”
Jornal da USP no Ar no ar veiculado pela Rede USP de Rádio, de segunda a sexta-feira: 1ª edição das 7h30 às 9h, com apresentação de Roxane Ré, e demais edições às 14h, 15h, 16h40 e às 18h. Em Ribeirão Preto, a edição regional vai ao ar das 12 às 12h30, com apresentação de Mel Vieira e Ferraz Junior. Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do Jornal da USP no celular.
Autor: usp
Fonte: usp
Sítio Online da Publicação: usp
Data: 01/12/2025
Publicação Original: https://jornal.usp.br/radio-usp/especialistas-apontam-cenario-de-estabilidade-economica-para-2026-e-sugerem-cautela/
Os analistas apostam que o PIB brasileiro deve crescer algo em torno de 2% em 2026, impulsionado pelo agronegócio, exportações de commodities e investimentos em infraestrutura. Outro ponto de atenção é a política monetária. O Banco Central deve manter juros em níveis baixos, para incentivar o consumo e o crédito, mas qualquer desequilíbrio nas contas públicas pode mudar essa rota.
Na prática, 2026 promete ser um ano de ajustes finos — equilibrar as contas, estimular o investimento e manter o País no rumo da previsibilidade. Em resumo, 2026 pode trazer oportunidades, mas o segredo continua o mesmo — organizar o orçamento, evitar dívidas caras e fazer o dinheiro trabalhar por você.
O professor da FEA-USP destaca que “o Brasil continua tendo um problema sério, que é o de crescimento de voo de galinha, como nós chamamos. O Brasil quando cresce, cresce 3%. Muito diferente dos países asiáticos, por exemplo, que crescem a taxas de 8%, 9%, 10% ao ano. Mas para o País ter esse crescimento maior, precisa de um plano, precisa de uma política industrial, precisa definir o que quer fazer no longo prazo, o que absolutamente não se sabe”, avalia.
Feldmann finaliza com o exemplo do caso da Petrobras e a exploração de petróleo na bacia amazônica. “O Brasil vinha falando que era o grande líder da energia limpa, que ia extinguir o petróleo no médio prazo, que ia usar só fontes renováveis. De repente, tudo muda e o Brasil resolve investigar se há petróleo na Amazônia.”
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Autor: usp
Fonte: usp
Sítio Online da Publicação: usp
Data: 01/12/2025
Publicação Original: https://jornal.usp.br/radio-usp/especialistas-apontam-cenario-de-estabilidade-economica-para-2026-e-sugerem-cautela/

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