Chega essa época do ano e há sempre a mesma expectativa. Será que Wisdom retornará mais uma vez? Mas essa albatroz parece nunca decepcionar aqueles que acompanham sua trajetória, que já passa de sete décadas. Ela é um símbolo da força, da resiliência e das maravilhas do mundo natural.
Como já contamos em diversas outras reportagens aqui no Conexão Planeta – acompanhamos sua história desde 2016 -, a fêmea da espécie Laysan (Phoebastria immutabilis) foi avistada pela primeira vez em 1956, no Refúgio Nacional Atol de Midway, uma reserva de proteção marinha a noroeste do Havaí, no Oceano Pacífico. Naquele ano ela recebeu uma anilha, de número Z333.
Desde então, ano a ano, Wisdom retorna ao atol para se reproduzir. Ela é considerada a albatroz mais velha de vida selvagem do mundo. Estima-se que tenha 75 anos. Já sobreviveu a parceiros, como Akeakamai, e encontrou novos.
A equipe do Departamento de Pesca e Vida Selvagem dos EUA (USFWS, na sigla em inglês) acredita-se que ao longo de sua vida a fêmea já tenha colocado entre 50 e 60 ovos, e tenha gerado pelo menos 30 filhotes saudáveis.
E agora, em 2025, não foi diferente. “Temos o prazer de anunciar que Wisdom fez seu tão esperado retorno esta semana para a temporada de nidificação de 2026”, compartilhou em novembro a Friends of Midway Atoll, organização de voluntários que trabalha no monitoramento e estudo da espécie na região. “Sua chegada é mais do que um marco anual; é um testemunho vivo da longevidade, da resiliência e dos extraordinários ciclos de vida do Mōlī.” (Mōlī é o nome dessa espécie de albatroz na língua havaiana.)
Aos 75 anos, Wisdom, a albatroz mais velha do mundo, acolhe seu mais novo filhote
Wisdom e o atual companheiro, que possui a anilha EX25
Foto: Chris Forster
Nascimento de novo filhote
E mais do que a alegria da volta de Wisdom, há a celebração também do nascimento de um novo filhote, conforme noticiou o jornal The Guardian nesta sexta-feira (05/12). Na foto, que abre este post, ela aparece ao lado dele.
Todos os anos, 600 mil casais de albatrozes chegam às duas ilhas do Atol de Midway para se reproduzir, na maior colônia da espécie do mundo.
Anualmente é realizado um censo ali: o mais recente foi no começo de 2025, conforme contamos nesta outra reportagem. Além de ser berçário do albatroz-de-laysan, o atol também é ponto de desova de outra espécie, o albatroz-patinegro, também conhecido como albatroz-de-pés-negros (Phoebastria nigripes).
Fonte: conexaoplaneta
Sítio Online da Publicação: conexaoplaneta
Data: 05/12/2025
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