O Centre for Research on Energy and Clean Air (CREA), instituição de pesquisa baseada em Helsinque, lembra que na China os níveis de dióxido de nitrogênio (NO2) caíram cerca de 40% e os de dióxido de carbono (CO2) caíram cerca de 25% durante o período de paralisação. Mas, nestes últimos 30 dias, os níveis passaram a ser superiores aos observados em período similar do ano passado. Esses números foram obtidos compilando-se os dados registrados por 1.500 estações de observação instaladas naquele país.
O CREA lembra que algo similar aconteceu em 2008, quando o governo chinês passou estimular a economia como forma de escapar da grande crise econômico/financeira daquele ano, gerando uma onda sem precedentes de projetos de desenvolvimento, com recordes de consumo de carvão, cimento e aço. O carvão, altamente poluente, é parte importante da matriz energética chinesa e a indústria de cimento também é altamente poluente; quanto ao aço, o Brasil foi beneficiado, com o aumento da importação de minério brasileiro pelos chineses.
O fim da pandemia não será o fim de nossos problemas; o “airpocalypsis” – jogo de palavras com as expressões inglesas “air” e “apocalypsis”, de significado óbvio, não deve sair de nosso rol de preocupações.
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Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Autor: EcoDebate
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 25/05/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/05/25/com-a-retomada-das-atividades-poluicao-do-ar-dispara-na-china-artigo-de-vivaldo-jose-breternitz/
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 25/05/2020
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2020/05/25/com-a-retomada-das-atividades-poluicao-do-ar-dispara-na-china-artigo-de-vivaldo-jose-breternitz/
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