quarta-feira, 30 de abril de 2025

Este é o papagaio Drácula, o pássaro gótico da Nova Guiné


Tem um grito sinistro que “assusta” a calmaria da floresta tropical ecoando como um aviso para um evento fantasmagórico, mas é frugívero

Ao contrário da maioria dos papagaios, que possuem uma plumagem exuberante de cores variadas, o papagaio Drácula tem um visual mais “gótico” e sóbrio. É preto, tem uma faixa vermelha cor de sangue no peito e a sua aparência lembra um corvo ou um abutre, mas pasme-se: as suas comidas favoritas são figos, flores e néctar, por isso a frase quem vê caras não vê corações assenta que nem uma luva a este pássaro. Conhecido cientificamente como Psittrichas fulgidus ganhou o nome popular de Drácula porque as penas pretas e o peite vermelho lembra o famoso personagem dos filmes de terror.

Segundo um artigo da LiveScience atingem cerca de 46 centímetros de comprimento e pesam entre 600 e 800 gramas. Podem viver entre 20 e 40 anos. Os machos adultos apresentam manchas vermelhas atrás dos olhos, o que os distingue das fêmeas.

O seu grito, oiça-o aqui, é estridente parecendo um predador implacável, mas é frugívoro. Segundo a mesma fonte, este som incomum talvez tenha evoluído como forma de comunicação na densa floresta da Nova Guiné e, possivelmente para discutir com os companheiros potenciais ameaças.

Esses papagaios são relativamente raros e vivem em grupos pequenos, voando silenciosamente pelas copas das árvores. Diferente de muitos outros papagaios, não usam tanto a força do bico para abrir sementes duras; este é mais adaptado para perfurar frutas macias.

Infelizmente, o papagaio Drácula enfrenta ameaças como a perda de habitat e a caça ilegal. Apesar disso, a espécie ainda é considerada “quase ameaçada” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o que reforça a necessidade de esforços de conservação para proteger essas aves tão únicas.


Autor: sustentix
Fonte: sustentix
Sítio Online da Publicação: sustentix
Data: 26/04/2025

Espécie de ave extinta por 40 anos coloca os primeiros ovos

Martin-Kastner-TNC-ZS

Nove jovens Sihek – também conhecidos como guarda-rios de Guam – criados à mão por tratadores de jardins zoológicos, foram libertados na Reserva do Atol de Palmyra da The Nature Conservancy em setembro de 2024 pelo Programa de Recuperação de Sihek, uma colaboração global de conservacionistas dedicados a promover a sustentabilidade destas aves magníficas e coloridas.

A equipa por detrás do projeto está agora a celebrar, uma vez que os ovos assinalam a forma como as aves floresceram desde a sua chegada ao Atol do Pacífico, localizado a cerca de 1.000 milhas a sul de Honolulu, no Havai.


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Após a sua notável libertação no outono passado, as quatro fêmeas e os cinco machos exploraram rapidamente a sua nova casa, aprendendo a procurar alimentos e a caçar novas presas na floresta tropical. Desde então, quatro casais estabeleceram territórios, construíram ninhos e três deles puseram ovos, marcando a primeira vez que a espécie se reproduziu na natureza desde a sua extinção na ilha de Guam, na década de 1980.

“Estamos muito satisfeitos com o facto de as nove aves não só estarem a sobreviver no Atol de Palmyra, como também já estão a iniciar a próxima fase da sua viagem, à medida que trabalhamos para restabelecer uma população de Sihek próspera e totalmente autossustentável na natureza”, afirma Caitlin Andrews, Cientista de Conservação de Aves da Estratégia de Resiliência das Ilhas da TNC e da ZSL (Sociedade Zoológica de Londres). “Foram precisos anos de planeamento para chegar a este ponto, e é maravilhoso ver os seus instintos a funcionar enquanto apanham osgas e aranhas e escavam os ninhos. A sua força dá-lhes esperança de um dia voltarem a Guam”.

Autor: sustentix
Fonte: sustentix
Sítio Online da Publicação: sustentix
Data: 30/04/2025