Ao longo dos anos, muitos trabalhos vêm reafirmando hipóteses das décadas de 1950 e 1960 que associam variações fisiológicas e climáticas. Por exemplo, uma delas diz que espécies expostas a maior amplitude térmica de um ambiente (a diferença entre as temperaturas mínimas e máximas) apresentariam maior amplitude de tolerância térmica.
Um estudo apoiado pela FAPESP e publicado na revista Integrative Organismal Biology mostra que, pelo menos para os anfíbios da Mata Atlântica, isso não é necessariamente verdadeiro.
O trabalho, assinado por pesquisadores brasileiros que atuam em instituições do Brasil, Estados Unidos e Emirados Árabes, aponta que algumas populações vivendo em montanhas, onde a amplitude térmica é grande, não possuem necessariamente maior amplitude de tolerância a mudanças de temperatura do que populações em áreas de menor altitude.
“Essa relação entre maior amplitude térmica e maior amplitude de tolerância às mudanças só ocorreu em duas das cinco espécies que analisamos no estudo”, explica Rafael Bovo, primeiro autor do trabalho, realizado como parte de seu estágio de pós-doutorado no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) com bolsa da FAPESP.
Autor: André Julião | Agência FAPESP
Fonte: FAPESP
Sítio Online da Publicação: FAPESP
Data: 22/01/2024
Publicação Original: https://agencia.fapesp.br/efeitos-da-mudanca-climatica-em-anfibios-podem-ser-mais-complexos-do-que-se-imaginava-aponta-estudo/50682
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