sábado, 9 de novembro de 2024

FAPESP investiu R$ 540 milhões em 166 projetos com impacto em políticas públicas entre 2021 e 2024




As reuniões do presidente da FAPESP com a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Alesp ocorrem anualmente (foto: João Carlos da Silva/Agência FAPESP)


Presidente da Fundação detalha resultados de investimentos à Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Alesp


Claudia Izique | Agência FAPESP – A FAPESP investiu R$ 540 milhões em 166 projetos com impacto em políticas públicas entre 2021 e 2024. “Esse apoio contempla pesquisas, em vários centros e diversos programas, relacionadas à educação básica, estudos das metrópoles e de favelas, inovação em saúde, gestão de ecossistemas e mudanças climáticas, entre outros”, relatou nesta quarta-feira (30/10) Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, aos membros da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Só no âmbito de Programa FAPESP de Políticas Públicas, por exemplo, foram aprovados 71 projetos, um terço deles nas áreas de sustentabilidade, ambiente e cidades e outro terço na de saúde. Os demais têm temas relacionados a direitos humanos, inclusão social, entre outros. Essa visão estratégica, que envolve a aplicação direta da ciência, inclui também os 49 Centros de Ciência para o Desenvolvimento, constituídos com base em desafios propostos por órgãos públicos às universidades e instituições de pesquisa.

“As características fundamentais desses projetos são a aplicação direta de ciência no aprimoramento de políticas públicas e em processos de inovação em gestão que contribuam para o desenvolvimento sustentável e bem-estar da sociedade; a coprodução na proposição, elaboração e execução, formulação, desenho, redesenho, análise, monitoramento, implementação e inovação da gestão pública; e a interação colaborativa entre pesquisadores e gestores públicos, além da participação de organizações da sociedade civil, do público-alvo das políticas públicas envolvidas e de empresas”, sublinhou.

O apoio da FAPESP à pesquisa também tem impacto econômico para São Paulo. “Cada R$ 1 investido em pesquisa na área agropecuária traz um retorno de R$ 12. E o apoio a pequenas empresas resulta num aumento médio de 22% no faturamento e de R$ 1 para R$ 6 no imposto arrecadado.”

Zago citou ainda programas como o Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), que tem contribuído para manter a posição de destaque que São Paulo detém no cenário brasileiro da inovação. Deu o exemplo do Relatório Deep Techs Brasil 2024, elaborado pela consultoria Emerge em parceria com o Cubo do Itaú e a CAS (leia mais em: agencia.fapesp.br/53136).

“Existem 875 startups deep techs no Brasil, 55% delas em São Paulo. Cerca de 70% dessas empresas que receberam mais de R$ 5 milhões de investimentos utilizaram recursos públicos. E metade desses recursos veio da FAPESP, que investiu mais do que a Finep [Financiadora de Estudos e Projetos], o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas] ou a Embrapii [Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial]."

As reuniões do presidente da FAPESP com a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Alesp ocorrem anualmente, conforme previsto no artigo 52-A da Constituição Estadual. Nesses encontros, o dirigente tem a oportunidade de apresentar ao Legislativo paulista um balanço da gestão, bem como dos planos e metas da Fundação. Participaram o presidente da Comissão, Mauro Bragato, e os deputados Rogério Santos, Bruno Zambelli, Beth Sahão, Professora Bebel e Marina Helou.

Formação de recursos humanos

Em sua apresentação, Zago destacou o compromisso da FAPESP com a formação de recursos humanos e a pesquisa básica. Em 2023, do R$ 1,32 bilhão destinado ao apoio a 23 mil projetos de pesquisa, quase 20% foram direcionados à formação de recursos humanos. “Estamos formando uma nova geração de pesquisadores, professores e técnicos”, disse.

Lembrou ainda que o valor das bolsas pago pela FAPESP é praticamente o dobro do que o governo federal paga e que a instituição arca também com a contribuição previdenciária dos bolsistas. “Reconheço as dificuldades financeiras do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], mas isso deveria ser prioridade nacional."

A pesquisa que visa a expansão do conhecimento também tem destaque no portfólio de investimentos da FAPESP. Os pesquisadores paulistas criaram um método de purificação de argônio líquido para o projeto Deep Underground Neutrino Experiment (Dune), o mais ambicioso empreendimento já concebido para o estudo de neutrinos, implementado pelo Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory), nos Estados Unidos, mencionou Zago. “E um grupo liderado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas [Unicamp] descreveu recentemente o segundo menor vertebrado do mundo, um sapo em miniatura, com cerca de 6 milímetros”, comentou, destacando que a notícia saiu até no The New York Times.

Arrecadação e orçamento

A deputada Beth Sahão perguntou se a FAPESP poderia ampliar o apoio aos institutos estaduais de pesquisa. E Zago informou que a instituição já apoia todos. “Temos ajudado com a compra de equipamentos por meio de editais específicos. Mas não podemos por lei dar recursos para o orçamento ou para a contratação de pessoal. Podemos trazer pesquisadores até do exterior por meio de bolsas, mas por um prazo de três ou quatro anos.”

A deputada Marina Helou quis saber se a reforma tributária colocaria em risco o orçamento da FAPESP. “A previsão orçamentária da FAPESP está na Constituição, que destina à Fundação 1% da arrecadação tributária do Estado. Não afeta, portanto”, disse Zago.

Sahão também manifestou sua preocupação com o risco de redução do orçamento, já que a desvinculação de 30% da receita da Fundação segue prevista na Lei Orçamentária Anual para 2025. “É dever do Estado apoiar o desenvolvimento científico. Isso está previsto desde a Constituição de 1947. A FAPESP existe para servir ao Estado e é um instrumento de promoção do desenvolvimento. Prefiro ser otimista. Confio no nosso governo e no nosso governador. Confio nas pessoas de bom senso.”

Para assistir à íntegra da apresentação acesse: www.youtube.com/watch?v=BJgjvGCkyPw.




Autor: FAPESP
Fonte: FAPESP
Sítio Online da Publicação: FAPESP
Data: 01/11/2024
Publicação Original: https://agencia.fapesp.br/fapesp-investiu-r-540-milhoes-em-166-projetos-com-impacto-em-politicas-publicas-entre-2021-e-2024/53191

Chamada para pesquisas em florestas tropicais tem prazo ampliado





Liderada por FAPESP e IAI, iniciativa do Belmont Forum recebe até 26 de novembro propostas de soluções inovadoras para desafios enfrentados nas regiões de florestas tropicais e sistemas naturais associados


A FAPESP e o Instituto Inter-Americano de Pesquisas em Mudanças Globais estenderam até 26 de novembro de 2024 o prazo para o recebimento de propostas na chamada de propostas "Florestas Tropicais: implicações globais e ações urgentes", lançada no âmbito do Belmont Forum.

Por meio da chamada, serão financiados projetos de pesquisa colaborativa com até três anos de duração que busquem coordenar ações e projetos com abordagem transdisciplinar para desenvolver soluções inovadoras para os desafios enfrentados nas regiões de florestas tropicais e sistemas naturais associados. Reconhecendo as diferenças na governança, na diversidade social e cultural e na configuração territorial, a chamada abrange florestas tropicais em todo o mundo.

Participam da chamada agências de fomento da Ásia, Europa e Américas, além da agência Uncialium, do Congo. No Brasil, a participação de agências estaduais de fomento foi articulada no âmbito da Iniciativa Amazônia+10.


Como é usual no âmbito do Belmont Forum, serão apoiadas pesquisas transdisciplinares, ou seja, que envolvam diferentes campos da ciência e diferentes atores, como comunidades locais, quilombolas, indígenas, formuladores de políticas públicas, dentre outros. Dessa forma, as propostas de pesquisa e os consórcios devem incluir perspectivas das ciências sociais e humanas, assim como das ciências naturais e físicas. Devem também envolver efetivamente atores sociais, usando abordagens participativas, cocriação, codesenvolvimento e coimplementação.

As propostas devem atender pelo menos dois dos três temas a seguir, buscando conexões transversais entre eles: tema 1 - Reduzir o desmatamento, promover o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento econômico liderado localmente; tema 2 - Função do Ecossistema, Conectividade e Ciência das Mudanças Climáticas; tema 3 - Justiça e Governança Ambiental.

Cada proposta deve contar com pesquisadores de pelo menos três países da lista divulgada nessa notícia e no site da chamada. Proponentes no estado de São Paulo devem ser pesquisadores bem estabelecidos, com um histórico comprovado de participação em projetos internacionais interdisciplinares, envolvendo as áreas científicas da proposta. As propostas devem atender às condições gerais da modalidade Auxílio à Pesquisa Regular. Serão apoiados projetos com até 36 meses de duração.

A nova data limite para submissão de pré-propostas (somente ao Belmont Forum) é 26 de novembro de 2024

A data limite para submissão de propostas completas ao Belmont Forum e à FAPESP é 30 de maio de 2025

Orientações da FAPESP para pesquisadores interessados estão publicadas em: https://fapesp.br/16719.





Autor: FAPESP
Fonte: FAPESP
Sítio Online da Publicação: FAPESP
Data: 08/11/2024
Publicação Original: https://fapesp.br/17225/chamada-para-pesquisas-em-florestas-tropicais-tem-prazo-ampliado

Plantas artificiais purificam o ar do ambiente e geram eletricidade






Plantas que limpam o ambiente

Os pesquisadores Maryam Rezaie e Seokheun Choi, da Universidade de Binghamton, nos EUA, vêm desenvolvendo há anos painéis solares de natureza biológica, feitos de bactérias, microrganismos fotossintéticos que também são usados para fazer biobaterias com vida útil enorme, na faixa dos 100 anos.

Agora eles integraram as duas ideias, criando plantas artificiais que, assim como suas equivalentes biológicas, alimentam-se do CO2 atmosférico e liberam oxigênio, mas também apresentam uma vantagem que as plantas naturais não oferecem: As versões artificiais geram eletricidade.

Na verdade, as plantas artificiais oferecem uma vantagem adicional de eficiência: Ao usar luz interna para estimular a fotossíntese das bactérias, elas alcançaram uma redução de 90% nos níveis de dióxido de carbono do ambiente, superando em muito a redução de 10% observada com plantas naturais nas mesmas condições.

A ideia é usar as pequenas plantas para ajudar a limpar o ar de ambientes internos, além de oferecer energia para alimentar pequenos aparelhos ou sensores.

"Especialmente depois de passar pela covid-19, sabemos a importância da qualidade do ar interno," justificou Choi. "Muitas fontes podem gerar materiais muito tóxicos, como materiais de construção e carpetes. Nós expiramos e inspiramos, e isso acumula níveis de dióxido de carbono. Além disso, há riscos gerados na preparação de alimentos na cozinha e pela infiltração de fora."







As plantas artificiais usam luz interna para a fotossíntese, alcançando uma redução de 90% nos níveis de dióxido de carbono, superando em muito a redução de 10% observada com plantas naturais.
[Imagem: Maryam Rezaie et al. - 10.1002/adsu.202400401]

Plantas que geram energia

Os dois pesquisadores contam que inicialmente usaram cinco das suas células solares biológicas e suas bactérias fotossintéticas para criar uma folha artificial "por diversão".

Foi só então que eles se deram conta de que o conceito tem implicações mais amplas. Então levaram a coisa mais a sério e construíram uma primeira planta com cinco folhas, que permitiu testar com mais rigor a taxa de captura de dióxido de carbono e a capacidade de geração de oxigênio.

A geração de eletricidade é pequena com tão poucas folhas, em torno de 140 microwatts, mas a dupla afirma que é fácil melhorar a tecnologia para atingir uma saída mínima de mais de 1 miliwatt. Eles também pretendem integrar uma biobateria, compondo um sistema de armazenamento de energia para uso sob demanda.
Tech gadgets



"Quero poder usar essa eletricidade para carregar um celular ou para outros usos práticos," disse Choi. "Com alguns ajustes finos, essas plantas artificiais podem fazer parte de todos os lares. Os benefícios dessa ideia são fáceis de ver."

Outras melhorias na agenda da equipe incluem o uso de múltiplas espécies de bactérias, para garantir viabilidade a longo prazo, e o desenvolvimento de maneiras de minimizar a manutenção, como sistemas de fornecimento de água e nutrientes para as bactérias.






Autor: inovacaotecnologica
Fonte: inovacaotecnologica
Sítio Online da Publicação: inovacaotecnologica
Data: 06/11/2024
Publicação Original: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=plantas-artificiais-purificam-ar-ambiente-geram-eletricidade&id=010125241106&ebol=sim

Pompeia: nova descoberta de DNA muda completamente o que cientistas pensavam







Divulgação/Pompeii Archaeological Park
Moldes de gesso feitos a partir de corpos de vítimas de erupção em Pompeia

Amostras de DNA extraídas pela primeira vez de fragmentos de corpos encontrados na antiga cidade romana de Pompeia, devastada por uma erupção do vulcão Vesúvio há quase 2 mil anos, obrigaram cientistas a revisitar suas teses sobre as histórias de vítimas na tragédia.

Uma pessoa que, durante séculos, foi tida como uma mulher abraçando seu filho no momento da morte era, na verdade, um homem sem nenhum parentesco com a criança que tentava proteger; grupos antes considerados famílias pelos arqueólogos eram indivíduos que tinham se encontrado por acaso no momento da erupção.



As descobertas estão em um estudo publicado na revista Current Biology pela Universidade de Harvard, nos EUA, com colaboração da Universidade de Florença, na Itália.

Os dados genéticos contam uma realidade muito diferente sobre as ligações de gênero e parentesco destes indivíduos, em relação àquela formulada por volta de meados do século 18, quando se iniciaram as investigações arqueológicas na cidade romana.

Segundo os autores do estudo, as hipóteses formuladas anteriormente não eram confiáveis porque refletiam uma visão de mundo e uma cultura completamente diferentes daquelas da época da erupção, ocorrida no ano 79 da era comum.

"É a primeira vez que é possível extrair material genético de moldes de gesso", disse à ANSA David Caramelli, antropólogo da Universidade de Florença e coautor do estudo.

Os moldes foram criados a partir de impressões deixadas pela decomposição de corpos das vítimas na camada de material vulcânico que as soterrara, preservando o formato e a posição das pessoas mortas.



"Examinamos 14 moldes, mas conseguimos obter DNA legível e utilizável de apenas sete deles".

Os resultados permitiram determinar com precisão as relações genéticas, o sexo e a ascendência desses indivíduos, mas revelaram-se em grande parte contrastantes com o que havia sido cogitado com base na aparência física e nas posições dos corpos.

"Por exemplo, um adulto usando uma pulseira de ouro e segurando uma criança, que se acreditava serem mãe e filho, na verdade eram dois indivíduos do sexo masculino não aparentados", diz Caramelli. "Outro dupla, que se pensava ser de duas irmãs, ou mãe e filha, é formada por dois homens sem vínculos familiares", acrescenta.
Origem dos moradores

Os dados genéticos também forneceram informações sobre os ancestrais dos moradores de Pompeia: os indivíduos examinados descendiam principalmente de imigrantes recentes originários do Mediterrâneo Oriental. Isso evidencia, segundo os pesquisadores, a natureza cosmopolita do Império Romano, bem como os sistemas que promoviam a mobilidade e o intercâmbio cultural no seu interior.

"Esse estudo sublinha a importância da integração dos dados genéticos com a informação arqueológica para evitar interpretações incorretas. Caso contrário, as narrativas correm o risco de refletir a visão do mundo dos pesquisadores, e não a realidade", ressalta Caramelli.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Resíduos do agronegócio são testados na produção de alimentos e Bioetanol 2G



Iniciação Científica Raphael Érthola, que hoje é mestrando em Engenharia de Materiais na Coppe/UFRJ; Rayssa Cruz Lima, membro do BioNano e coorientada de mestrado, que se prepara para realizar o doutorado sanduíche na Universidade de Oregon, nos Estados Unidos; e o orientando de pós-doutorado Douglas Faria, que foi contratado como pesquisador de Biocombustiveis no Senai Cimatec”, revela Anna Paula. 

Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 24/10/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=651.7.0


Livro traz reflexões sobre gestão de espaços para habitação popular, no Brasil e em Portugal



Foram reinseridas no espaço da cidade, onde já havia comércio, cinema, biblioteca e tudo mais”, explica. “Hoje, a população mais pobre está inserida nas mesmas áreas que os mais ricos, onde não há a diferença na ocupação dos espaços urbanos. Ambos ocupam os mesmos espaços”, afirma.

Estruturado em seis capítulos, o livro, de 336 páginas, analisa a espacialização urbana voltada à classe pobre em quatro blocos investigativos. Em um deles, o autor considera as distorções socioespaciais impostas pelo capital especulativo, que determinou a fragmentação urbana do território e a consequente segregação para o assentamento das classes sociais. Em outro bloco, aborda a aplicação de instrumentos de política urbana para a busca de equanimidade socioespacial. Posteriormente, Queiroz faz comparações entre as práticas da gestão governamental para a produção do espaço urbano, a partir de exemplos de ações realizadas no Rio de Janeiro e em Lisboa.


Arquiteto e urbanista, Mário Márcio Queiroz avaliou, no livro, os espaços reservados à habitação popular a partir da análise de políticas habitacionais do Brasil e Portugal. (Foto: Marcos Patricio)
Finalmente, ele elabora uma metodologia de análise qualitativa dos espaços urbanos utilizados para assentamento de moradias destinadas às pessoas de menor poder aquisitivo. Com ela, aponta variáveis para futuros projetos destinados à classe popular nas cidades, que contem com a participação de arquitetos e urbanistas. “Você não pode fazer o planejamento do território sem avaliar determinadas condições para saber se o pobre vai poder ou não se assentar ali”, conta o professor, que reúne no livro estudos de caso para 60 experiências habitacionais, sendo 37 do SAAL e 23 de conjuntos residenciais da Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (Cehab-RJ).

Para além do livro, o pesquisador vê com satisfação a volta da atividade residencial em áreas do Centro. “O Rio de Janeiro começa a dar, nesse momento, uma virada de página com a permissão da habitação na área central da cidade. Uma área dotada de infraestrutura. Está sendo realizada uma série de investimentos no Centro, com a transformação de prédios em moradias, que requalifica a cidade, bem como a implantação de novos empreendimentos. Isso resgata uma vivência urbana, que integra escritórios, comércio, áreas culturais e para morar. Cidades em países desenvolvidos obtiveram esta condição, através da requalificação urbanística e do Retrofit em construções obsoletas. Em Nova Iorque se fez assim, bem como em Lisboa e Roma também”, conclui.

Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 31/10/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=659.7.1


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Estudo na Uerj avalia a relação entre o consumo de cigarros eletrônicos e a esquizofrenia


desenvolvida na Uerj foi publicado na Brain Sciences, com o título Nicotine’s effects on Schizophrenia-like symptoms in a mice model: time matters (https://www.mdpi.com/2076-3425/14/9/855).

Participam ainda da pesquisa o pesquisador e professor Alex C. Manhães, do Laboratório de Neurofisiologia, localizado no Departamento de Ciências Biológicas do Ibrag/Uerj, também contemplado pelo programa Cientista do Nosso Estado, da Fundação, a pesquisadora e professora Ana Carolina Dutra-Tavares, o bolsista do Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil, da FAPERJ, Vitor Hugo S. Duarte Pinheiro; e os alunos de pós-graduação Fernanda Uchoa (doutoranda), Camila Kirschner (doutoranda) e Gabriel S. M. de Souza (mestrando).

Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ
Sítio Online da Publicação: FAPERJ
Data: 31/10/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=657.7.9

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

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Autor: Future climate 
Fonte: Future climate 
Sítio Online da Publicação: Future climate 
Data: 04/11/2024

Sequenciamento genético em tempo real agiliza identificação de bactérias resistentes a antibióticos


sequenciamento por nanoporos (vazios na estrutura do genoma), pode melhorar a detecção de resistência oculta a antibióticos em infecções complexas, particularmente nos casos em que os diagnósticos estabelecidos falham. “O método envolve sequenciar DNA bacteriano diretamente, seguido por análise bioinformática para identificar as espécies de bactéria e prever genes de resistência a antibióticos”, destaca. “Essa tecnologia permite que a análise dos dados seja feita enquanto o sequenciamento ainda está em progresso, o que já rende resultados em poucas horas após o atendimento.”

“Foi estudada uma infecção pela bactéria Klebsiella pneumoniae multirresistente para demonstrar que a genômica em tempo real podia detectar um plasmídeo [molécula de DNA] escasso que codificava uma resistência clinicamente relevante, não detectada pelos métodos existentes”, descreve Fonseca Atum. A Klebsiella pneumoniae causa pneumonia e infecções hospitalares, em especial no aparelho urinário e em feridas. “Além de concordar com os resultados dos métodos tradicionais, nossa abordagem de genômica em tempo real permitiu identificar um subtipo raro de carbapenemase não encontrado quando o paciente entrou na clínica, mas que se tornou dominante após o tratamento com antibióticos.”

“Isso mostra o impacto potencial da genômica em tempo real no gerenciamento clínico, uma vez que não só teria oferecido previsões de resistência mais rápidas, mas também mais precisas, com impactos potenciais no resultado final do paciente”, salienta o pesquisador do IQ. “Para que a genômica em tempo real seja integrada ao fluxo dos trabalhos clínicos de rotina, é necessária uma validação mais ampla, ela deve superar consistentemente os diagnósticos estabelecidos em vários cenários e amostras.”

“Além disso, soluções em grande escala e com boa relação custo-benefício serão necessárias, principalmente em cenários de baixa e média renda, onde as resistências antimicrobianas começaram a ser uma pandemia ‘silenciosa’, com muitas mortes associadas”, enfatiza Fonseca Atum. “É importante ressaltar que essa abordagem não pretende substituir os diagnósticos baseados em cultura, mas sim complementá-los, fornecendo detecção de resistência mais rápida e precisa, principalmente em casos em que os métodos tradicionais falham.

A pesquisa genômica foi conduzida no Instituto Helmholtz AI em Munique (Alemanha), enquanto as culturas foram inoculadas e mantidas no Instituto de Microbiologia Médica, Imunologia e Higiene da Universidade Técnica de Munique. Os autores do artigo são Ela Sauerborn, Nancy Carolina Corredor, Tim Reska, Albert Perlas, Samir Vargas da Fonseca Atum, Nick Goldman, Nina Wantia, Clarissa Prazeres da Costa, Ebenezer Foster-Nyarko e Lara Urban. Os pesquisadores também são afiliados ao Centro Alemão de Pesquisa de Infecções, na cidade alemã de Braunschweig, Instituto Europeu de Bioinformática e London School of Hygiene & Tropical Medicine (Reino Unido), e à USP, através do Departamento de Bioquímica do IQ.

Mais informações: samir.atum@usp.br, com Samir Vargas da Fonseca Atum

*Estagiária sob supervisão de Moisés Dorado

Autor: jornal USP 
Fonte: jornal USP
Sítio Online da Publicação: jornal USP
Data: 30/10/2024

UFMT lança processo seletivo com salários de até R$ 6.356,02!



A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) lançou o edital n.º 01/2024 que abre inscrições para o processo seletivo destinado à contratação de professores substitutos no Departamento de Antropologia do Campus de Cuiabá. O objetivo é preencher duas vagas destinadas à área de Antropologia, com jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Os interessados devem possuir formação em Ciências Sociais ou Antropologia Social, podendo ser graduados ou detentores de títulos de especialização, mestrado ou doutorado. A remuneração será proporcional à titulação apresentada, variando entre R$ 3.412,63 para graduados e R$ 6.356,02 para doutores.

Como funcionará a seleção do processo seletivo da UFMT?
A seleção se dará por meio de análise curricular, sendo esta a única etapa do processo. Os candidatos deverão apresentar títulos que serão avaliados por uma comissão especializada. Os documentos aceitos incluem certificados de aperfeiçoamento, diplomas de especialização, mestrado, doutorado e livre docência.

Autor: Brasil perfil 
Fonte: Brasil perfil
Sítio Online da Publicação: Brasil perfil
Data: 31/10/2024

Adolescentes que conseguiram provar o teorema de Pitágoras publicam 1º artigo


As duas adolescentes que, em 2022, descobriram uma nova maneira de provar o teorema de Pitágoras usando trigonometria enquanto ainda estavam no ensino médio publicaram seu primeiro artigo, detalhando suas descobertas. A publicação foi disponibilizada nesta segunda-feira (28), no American Mathematical Monthly.

O teorema de Pitágoras possui mais de 2.000 anos e pode ser resumido em a² + b² = c² — o que significa que é possível calcular o comprimento de qualquer lado de um triângulo retângulo, desde que você saiba o comprimento dos outros dois lados.

Muitos matemáticos já conseguiram provar o teorema usando álgebra e geometria, mas prová-lo através da trigonometria foi considerado impossível por muito tempo, pois as fórmulas da trigonometria já são baseadas na suposição de que o teorema é verdadeiro, gerando o que os cientistas chama de “raciocínio circular”.

Este feito só havia sido alcançado duas vezes anteriormente por matemáticos profissionais, até que Calcea Johnson e Ne’Kiya Jackson conseguiram provar o teorema de Pitágoras sem recorrer ao raciocínio circular em 2022, enquanto as duas ainda estavam no ensino médio.


Autor: cnnbrasil 
Fonte: cnnbrasil
Sítio Online da Publicação: cnnbrasil
Data: 28/10/2024