quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Pompeia: nova descoberta de DNA muda completamente o que cientistas pensavam

Divulgação/Pompeii Archaeological Park
Moldes de gesso feitos a partir de corpos de vítimas de erupção em Pompeia
Amostras de DNA extraídas pela primeira vez de fragmentos de corpos encontrados na antiga cidade romana de Pompeia, devastada por uma erupção do vulcão Vesúvio há quase 2 mil anos, obrigaram cientistas a revisitar suas teses sobre as histórias de vítimas na tragédia.

Uma pessoa que, durante séculos, foi tida como uma mulher abraçando seu filho no momento da morte era, na verdade, um homem sem nenhum parentesco com a criança que tentava proteger; grupos antes considerados famílias pelos arqueólogos eram indivíduos que tinham se encontrado por acaso no momento da erupção.

As descobertas estão em um estudo publicado na revista Current Biology pela Universidade de Harvard, nos EUA, com colaboração da Universidade de Florença, na Itália.

Os dados genéticos contam uma realidade muito diferente sobre as ligações de gênero e parentesco destes indivíduos, em relação àquela formulada por volta de meados do século 18, quando se iniciaram as investigações arqueológicas na cidade romana.

Segundo os autores do estudo, as hipóteses formuladas anteriormente não eram confiáveis porque refletiam uma visão de mundo e uma cultura completamente diferentes daquelas da época da erupção, ocorrida no ano 79 da era comum.

"É a primeira vez que é possível extrair material genético de moldes de gesso", disse à ANSA David Caramelli, antropólogo da Universidade de Florença e coautor do estudo.

Os moldes foram criados a partir de impressões deixadas pela decomposição de corpos das vítimas na camada de material vulcânico que as soterrara, preservando o formato e a posição das pessoas mortas.

Autor: 
ultimosegundo

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