quinta-feira, 7 de março de 2024

Importância da paternidade ativa é tema de pesquisa na Unifase



desenvolvido há mais de um ano e busca, sem qualquer julgamento, investigar como os homens vivenciam a paternidade. Assim, a pesquisa visa colher elementos que possam nortear orientações e estratégias para que os homens possam exercer plenamente a paternidade. Participam do estudo ainda as universitárias Anna Villela de Paula e Laura Schmitt Oliveira.

“Nós, enfermeiros, precisamos ensinar esses pais a exercerem a paternidade ativa. Precisamos desmistificar essa cultura antiga que tanto pesa sobre os pais. Creio que nosso projeto de pesquisa está bem focado na educação”, afirma Fábio. Para ele, com conhecimento e treino, o homem vai tirar a sobrecarga que incide sobre a mulher, e ainda vai fortalecer e equilibrar a família, melhorar o rendimento escolar dos filhos, ajudar a reduzir a violência e se sentir mais integrante do processo de cuidar dos filhos.

Segundo Natália, a política vigente no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2011 inclui duas consultas com profissional de Saúde para o parceiro da gestante. Ela lembra que algumas categorias já concedem licença paternidade maior que os cinco dias usuais. A pesquisadora chama atenção especial para o puerpério, momento delicado quando todas as atenções estão voltadas para o recém-nascido e a mãe fica relegada a segundo plano. “A participação paterna no apoio à mãe do bebê é fundamental, inclusive para que essa mãe não abandone a amamentação”, assinala Natália.

Casada com militar e mãe de uma menina de 10 anos e um menino de 5 anos, Natália tem em casa o que sonha para todas as mães: um pai presente. Por ter um horário de trabalho mais flexível, é seu marido que geralmente leva as crianças à escola, às atividades extracurriculares, participa de reuniões escolares e, muitas vezes, os acompanha no pediatra. “Mas eventualmente ele se sente constrangido, pois as próprias mães estranham ele estar ocupando esse lugar”, explica a docente. De acordo com ela, a ideia de que um homem não pode exercer funções de cuidado dificulta o estabelecimento de vínculo e corresponsabilização na criação dos filhos, sobrecarregando as mulheres e impedindo uma vivência plena pelos homens.

Uma das estratégias que Natália vislumbra para modificar essa realidade é promover um projeto de extensão de Enfermagem junto a empresas. O estabelecimento de parcerias poderia viabilizar a realização de palestras elucidativas e rodas de conversa para os pais em seu próprio ambiente de trabalho. Outra solução seria usar os horários estendidos de atendimento nas Unidades de Saúde para que os pais possam frequentar após o expediente.

Autor: Faperj 
Fonte: Faperj 
Sítio Online da Publicação: Faperj 
Data: 01/03/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=495.7.9

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