prestes a completar 125, é a primeira vez que a gente assina um acordo de cooperação. É quase um armistício com os paulistas, onde a gente possa, de fato, atuar conjuntamente para o desenvolvimento de produtos”, brincou Moreira.
Além disso, a Fundação participa de um projeto da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) para fazer um levantamento da capacidade de produção da América Latina, a fim de evitar episódios de escassez de medicamentos e equipamentos hospitalares como na época da pandemia. Em breve, deverá participar de um acordo similar com o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África). Segundo Moreira, a participação vai além do levantamento, com um possível engajamento no processo de capacitação desses países, a exemplo da experiência com Moçambique. Um movimento que poderia representar também uma oportunidade para a indústria brasileira.
O presidente da Fiocruz destacou ainda a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (Cibs) em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, que, além de aumentar a capacidade de produção de vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), deverá gerar dois mil empregos diretos e mais dois mil indiretos. “É uma obra que não só atende à demanda da Fiocuz, mas da indústria brasileira pública e privada, sobretudo no campo de finalização de produtos biológicos”, acrescentou.
O Saúde Talks 2024 foi aberto pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luiz Césio Caetano. O evento foi lançado em 2023, visando o bem-estar e a qualidade de vida do trabalhador, contou Caetano. “Nosso objetivo é conectar todo o sistema de saúde, através de painéis, tendências de inovações, sobre os principais desafios dessa área tão importante: promover a competitividade e produtividade da indústria fluminense”, disse.
Caetano foi seguido pela palestra de Carlos Gadelha, representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima. Gadelha, que já liderou o Centro de Estudos Estratégicos CEE/ Fiocruz), destacou que a indústria é hoje uma agenda do Ministério e que “a base produtiva-industrial nunca foi tão reconhecida como decisiva para atingir as condições de saúde”. “A gente aprendeu que sem ventiladores, sem vacinas, sem medicamentos, sem tecnologia digital não conseguimos enfrentar e lidar com os desastres das pandemias”, disse. O secretário destacou que o Ministério de Saúde está abrindo uma área dentro da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde para tratar da Produção e Inovação Global. “O mundo pós-pandemia não pode cruzar os braços”, ressaltou.
Além das palestras Mario Moreira e Carlos Gadelha, o ex-jogador de vôlei e campeão olímpico Nalbert Bitencourt deu seu depoimento em Jornada de campeão. O evento teve ainda cinco painéis, que discutiram os temas Atenção Primária à Saúde e principais impactos na saúde integral; O impacto social da inteligência artificial e da ciência de dados na saúde; Inovações e novas tendências em saúde e segurança; Saúde mental: do bem-estar à saúde baseada em valor e Ergonomia e acessibilidade na inclusão de pessoas com deficiência (PCDs).
Autor: Fiocruz
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 04/12/2024
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