terça-feira, 24 de outubro de 2017

Governo investiga suspeita de febre amarela em mais 2 macacos encontrados mortos em SP


Após a morte de um macaco por febre amarela silvestre, o governo de São Paulo investiga se mais dois macacos encontrados mortos no Parque Horto Florestal, na Zona Norte da capital paulista, estavam com a doença. A suspeita foi divulgada pelo secretário estadual de Saúde, David Uip, nesta segunda-feira (23).

Macaco foi encontrado morto em Horto Florestal (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ao todo, foram encontrados cinco macacos mortos na região do Horto nos últimos dias. Um já teve a contaminação constatada e dois ainda estão sob análise. Dos outros dois restantes só foram encontradas as carcaças, o que impossibilita a realização de exames.
O Parque Horto Florestal e o Parque da Cantareira, também na Zona Norte, foram fechados na manhã do sábado (21), após a descoberta da morte dos animais. Segundo Uip, não há previsão de reabertura. Eles permanecerão interditados até o governo achar que o local é "seguro" para a população. "Não é necessário pânico. Nós temos tudo sob controle", ressaltou o secretário.
Uip disse que já conversou com ministro da Saúde, Ricardo Barros, para caso seja necessário reforçar o estoque de vacina contra a febre amarela. O Estado de São Paulo já possui 1,5 milhão de doses, de acordo com a Secretaria de Saúde. O acerto com o governo federal teria sido feito, então, apenas por precaução.
Governo estadual e prefeitura iniciaram uma campanha mais intensa de vacinação no sábado. Desde então, quase 5 mil pessoas já foram vacinadas. A ideia, segundo o secretário Uip, é realizar um milhão de imunizações. O foco será nos bairros de Tremembé, Casa Verde e Vila Nova Cachoerinha, que são vizinhos ao Horto.
A vacinação será focada nos arredores porque o mosquito transmissor não tem muita autonomia de voo. "Quem deve ser vacinado são as pessoas que moram a 500 metros do Horto. Essa população de fronteira", disse Regiane de Paula, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica. Segundo ela, por precaução, a campanha pode ser estendida para um raio de 1 km no futuro: "Temos doses para isso".
Este ano, no estado, já foram constatados 22 casos de febre amarela silvestre. Dez pessoas morreram – nenhuma na capital. O último óbito ocorreu em Itatiba, no interior, na semana passada. 

A morte

O macaco foi encontrado morto no dia 9 de outubro. Apesar de serem hospedeiros do vírus, os animais não são transmissores da doença para humanos. Os transmissores são duas espécies de mosquitos silvestres: Haemagogus e Sabethes. Técnicos da Vigilância Sanitária estão evitando criadouros do transmissor da febre amarela e fazendo uma varredura nos parques para coletar amostras dos mosquitos. 

Vacinação

A vacinação teve início neste sábado em um posto volante que passou a funcionar na associação do bairro, localizada na rua Tomé Afonso de Moura, 345. A região também teve outros dois pontos de imunização neste sábado: na UBS e AMA Jardim Peri e UBS Horto Florestal. O governo afirmou que outros dois locais de vacinação contra a febre amarela seriam abertos na Zona Norte: Vila Dionísia, na Rua Chen Ferraz Falcão número 50, e na UBS Mariquinha Sciascia, na Rua Doutor José Vicente, no número 39. O atendimento em todas as unidades é das 8h às 17h.

“Não há motivos para pânico. Nós temos vacina para vacinar toda essa população em torno do Horto Florestal durante todo o mês. Não tem o menor problema", disse Regiane de Paula, diretora do Centro de Vigilância epidemiológica.

A vacina é contraindicada para bebês menores de nove meses, gestantes, mulheres que estão amamentando; idosos com mais de 60 anos; pacientes com câncer; pessoas imunodeprimidas; e pessoas com alergia grave à proteína do ovo. Nesses casos, o ministério recomenda que um médico avalie se é mesmo necessário tomar a vacina.

Autora: G1 Globo
Fonte: G1 Globo
Sítio Online da Publicação: G1 Globo
Data de Publicação: 23/10/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário