sexta-feira, 21 de junho de 2024

Pesquisadores refugiados contribuem para o desenvolvimento da C&T fluminense


capacidade de se tornar influente e reconhecido no mundo.


As aplicações bioativas do resíduo da filetagem de peixes, especialmente, a pele de tilápias, foi alvo de estudo do bolsista e refugiado sírio Siraj Salman Mohammad (Foto: Divulgação)
"Fiquei muito surpreso e fortemente impressionado ao saber que o Brasil já está desenvolvendo tecnologias de bioimpressão originais e únicas para a produção de alimentos cultivados em escala industrial. É uma revolução na agricultura", disse o pesquisador russo. A sua pesquisa é na área de bioimpressão 3D de cartilagem humana. Com o grupo do Inmetro, Mironov já produziu três artigos científicos. E espera, em breve, apresentar mais dois. Um dos artigos publicados é sobre o uso de blocos de construção de órgãos em bioimpressão e um dos que ainda será publicado trata da bioimpressão in situ de cartilagem usando esferoides de tecido (condrosferas) como blocos de construção. "Estamos ainda escrevendo uma revisão conjunta sobre o uso de osteo esferoides como blocos de construção para engenharia de tecido ósseo. Nosso conceito original de usar esferoides de tecido como blocos de construção tornou-se popular e, com isso, eu e a professora Leandra Baptista fomos convidados para atuar como editores da edição especial do 'International Journal of Bioprinting'".

Cientistas sírios – As aplicações bioativas do resíduo da filetagem de peixes, especialmente, a pele de tilápias, foi alvo de estudo do bolsista sírio Siraj Salman Mohammad. Orientado pelo professor José Lucena Barbosa Júnior, da UFRRJ, ele analisa os efeitos antimicrobiano e anti-inflamatórios in vitro e in vivo. "O produto obtido apresentou 130% do efeito anti-inflamatório do medicamento disponível. Ou seja, 30% acima do produto comercial. Isso tudo a partir de um resíduo", ressalta Lucena. 

Mohammad destaca a multidisciplinaridade do estudo, que reúne áreas como biologia, tecnologia, química e alimentos. E Lucena complementa que o trabalho foi realizado em parceria com uma empresa de venda de tilápias em Mangaratiba, município a 85 quilômetros da capital na região Sul Fluminense, e que já está expandindo as aplicações para um shot – bebida em dose única, funcional e bioativa. Siraj Mohammad se diz extremamente satisfeito com a oportunidade que a bolsa lhe trouxe e a cooperação entre os cientistas brasileiros. "Junto com a equipe, conseguimos vários resultados bem interessantes e continuo com os experimentos para testes de cicatrização de queimaduras em animais de laboratório, usando os peptídeos biológicos, oriundos da pele da tilápia", esclarece.


Autor: FAPERJ 
Fonte: FAPERJ 
Sítio Online da Publicação: FAPERJ 
Data: 20/06/2024
Publicação Original: https://www.faperj.br/?id=572.7.3

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