terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Alimentação e saúde mental, artigo de Roberto Naime


Cérebro. Imagem: Por Yurchanka Siarhei / Shutterstock.com


A alimentação e a saúde mental são muito mais relacionadas do que se imagina. São muitas as causas relacionadas com as alterações da química cerebral e que se refletem com os transtornos psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia, déficit de atenção e mal de Parkinson ou de Alzheimer.

Um dos muitos fatores está na deficiência de nutrientes da alimentação, que pode ocorrer durante a gestação ou já na fase adulta. O baixo consumo de frutas, hortaliças e grãos, que podem frequentemente serem substituídos por refeições pobres em vitaminas, sais minerais e fibras e ricos em gorduras saturadas e alimentos refinados, como o açúcar e a farinha de trigo é motivo essencial.

Numerosas evidências mostram que fatores nutricionais desempenham um papel importante na determinação do quanto o cérebro envelhece e experimenta desordens neurodegenerativas. Sem a menor dúvida, as motivações hegemônicas se relacionam com alimentação inadequada.

Fibras alimentares estão associadas a maiores taxas de atenção e diminuição da sensibilidade ao estresse, assim como ajudam a manter estáveis os níveis de glicemia, levando a melhora da qualidade de vida e do desempenho intelectual.

Flavonóides pelo alto poder antioxidante, são essenciais ao equilíbrio fisiológico do Sistema Nervoso Central ao inibir o estresse oxidativo. Apresentam ótimas respostas no tratamento de esquizofrenia e depressão.

Ômega 3 são ácidos graxos poli-insaturados, encontrados em peixes de águas geladas, que atuam na sinalização celular, determinação da plasticidade sináptica e modulação de substâncias com atividade neuro-modulatória e neurotransmissora. Existem registros de bons resultados na sua aplicação no tratamento nos casos de esquizofrenia.

Vitamina B12 é importante para a manutenção neurológica, sendo capaz de retardar o aparecimento de sintomas de demência senil, melhora na linguagem e cognição quando usada de forma preventiva. Em adolescentes, sua deficiência pode induzir ao desenvolvimento de sintomas de deficiências cognitivas.

A vitamina D contribui na prevenção de enfermidades neurodegenerativas e neuro imunes. O ferro promove correta oxigenação e produção de energia nos tecidos que formam as funções cerebrais. Sua carência pode ser vista em crianças com Síndrome de Hiperatividade com Déficit de Atenção, além de estar associado ao quociente de inteligência em crianças.

Manganês, cobre e zinco participam de mecanismos enzimáticos de proteção contra os radicais livres e que evitam a indução de alterações do funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC).

Entre os melhores alimentos para o cérebro estão aqueles que contêm o elemento químico selênio, com destaque para a castanha-do-pará, salmão, farelo de trigo, semente de girassol seca, ostra crua, fígado bovino, camarão cru entre outros.

Em vez de tratamentos, manter boa alimentação pode ser fundamental, principalmente em organismos predispostos a serem afetados por distúrbios mentais. Uma boa e saudável alimentação também pode ser um fator importante para o desempenho cotidiano de vida.

Hoje se possui conhecimento sobre como as substâncias químicas reguladoras da atividade cerebral são formadas e a partir desta informação se investigam os alimentos que podem contribuir tanto para esta regulação,

O cérebro precisa de uma dieta equilibrada para manter bom desempenho de seu funcionamento. Então, para pensar, memorizar, lembrar e assim por diante, devem ser ingeridos alimentos que contêm os nutrientes que mantenha a boa “performance” mental

Existem vitaminas e minerais já referidos, que estão diretamente envolvidos na saúde mental como, na concentração, memória, desempenho mental e humor. Se o organismo não estiver adequadamente nutrido, será muito mais difícil para que a mente se mantenha em equilíbrio e o cérebro obtenha máximo rendimento.

Manter uma dieta balanceada e rica em nutrientes é um hábito que traz grandes benefícios para a saúde física e mental. Consumir peixe pode te ajudar a prevenir doenças mentais.

As evidências das relações que existem entre a dieta e a saúde mental está crescendo a um ritmo acelerado.

Além disso, as evidências indicam que a alimentação desempenha um papel importante no desenvolvimento e a prevenção de problemas de saúde mental.

Em uma recente investigação, se descobriu que consumir peixe semanalmente pode ajudar a diminuir o risco de desenvolver mal de Alzheimer e outras doenças mentais.

Se deseja que as informações e reflexões manifestadas possam auxiliar a todos, principalmente aos indivíduos que já apresentam pré-disposições genéticas a serem afetados por doenças mentais a desenvolverem padrões de alimentação mais satisfatórios.



r. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Civilização Instantânea ou Felicidade Efervescente numa Gôndola ou na Tela de um Tablet [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.


Referência:

http://www.utfpr.edu.br/servidores/novo-portal/nutriinforma-2012/saudemental.pdf



in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 12/02/2019




Autor: EcoDebate
Fonte: EcoDebate
Sítio Online da Publicação: EcoDebate
Data: 12/02/2019
Publicação Original: https://www.ecodebate.com.br/2019/02/12/alimentacao-e-saude-mental-artigo-de-roberto-naime/

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