quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Brasil recebe medicamentos para pacientes com risco de complicações por covid-19

No total, são 50 mil unidades do antiviral formado pelos comprimidos nirmatrelvir e ritonavir. 

O Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote de medicamentos incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de indivíduos infectados com a covid-19 sob risco de internações, complicações e óbitos. No total, são 50 mil unidades do antiviral formado pelos comprimidos nirmatrelvir e ritonavir. 


O fármaco, produzido pela Pfizer, foi desenvolvido para ser administrado por via oral, até cinco dias do início dos sintomas, após diagnóstico confirmado com teste reagente detectável para o novo coronavírus, seja pelas metodologias de testes rápidos de antígeno (TR-Ag) ou por testes de biologia molecular (RT-qPCR ou LAMP). 

“Com a chegada dessa medicação, teremos mais um tratamento disponível nas Unidades Básicas de Saúde (USB) para os médicos que, com autonomia, poderão prescrevê-la nos casos que estão indicados, trazendo benefícios para as pessoas que precisem dessa terapia”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. 

Critérios de indicação do antiviral 

A associação de NMV/r está indicada no SUS para pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19 com sintomas leves a moderados, que podem evoluir para sintomas mais graves, que não requerem oxigênio suplementar, independentemente do status vacinal, conforme os seguintes critérios de indicação: 

Imunocomprometidos com 18 anos ou mais (segundo os critérios utilizados para priorização da vacinação para a Covid-19); 

Pacientes com 65 anos ou mais; a ser administrado em até cinco dias do início dos sintomas. 

As demais 50 mil unidades do antiviral, encomendadas pelo Ministério da Saúde, estão previstas para serem entregues no início de 2023. 

OPAS pede aos países que continuem os testes para detectar a covid-19 

Durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, realizada entre os dias 26 e 30 de setembro, o diretor de Emergências Sanitárias da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Ciro Ugarte, afirmou que a região das Américas está passando de uma resposta pandêmica aguda para um controle sustentado do vírus. 

Desde o surgimento do novo coronavírus até o dia 17 de setembro deste ano, o continente americano relatou mais de 177 milhões de casos e 2,8 milhões de mortes, 29,1% e 43%, respectivamente, do total global. Nos últimos 14 dias, os casos aumentaram em 0,7% e os óbitos em 0,3%. 

Sobre o futuro da pandemia, Ugarte disse que o pior cenário – particularmente se não houver a triagem de casos e o aumento da cobertura vacinal – é aquele em que possa surgir uma nova variante mais letal e altamente transmissível contra a qual as vacinas atuais sejam menos eficazes, prolongando ainda mais a pandemia. 

“Estamos em uma longa jornada nestes últimos 33 meses e o caminho a ser seguido exige sistemas e serviços de saúde preparados e resilientes, com forte vigilância epidemiológica e expansão dos programas de vacinação. A experiência da covid-19 nos mostrou que os países precisam de procedimentos de emergência atualizados, medidas de saúde pública flexíveis e redes de logística para garantir a rápida mobilização de pessoas e de suprimentos”, ressaltou o diretor de Emergências Sanitárias da OPAS. 





Autor: Úrsula Neves
Fonte: pebmed
Sítio Online da Publicação: pebmed
Data: 20/12/2022
Publicação Original: https://pebmed.com.br/brasil-recebe-medicamentos-para-pacientes-com-risco-de-complicacoes-por-covid-19/

Nenhum comentário:

Postar um comentário