A pneumologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Dalcolmo, foi destaque no perfil intitulado “Margareth Dalcolmo: especialista em TB e a ‘cara da Covid-19’ no Brasil”, publicado pela revista científica The Lancet Respiratory Medicine.
O artigo narra como a pesquisadora se tornou médica, relembrando a vaga conquistada na Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia e, em seguida, no doutorado na Universidade Federal de São Paulo, no qual atuou em um grande ensaio clínico randomizado, que comparou diferentes tratamentos para tuberculose.
O texto também descreve como Margareth se tornou o “rosto da Covid” no Brasil, acentuando sua importância no enfrentamento da pandemia. “Embora ela tenha descoberto que a fama nem sempre foi uma coisa boa quando os desfiles de carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo foram cancelados, por recomendação dela e de outros, ela sempre manteve a confiança por parte do público e recebeu vários elogios por seu trabalho em relação à Covid-19”, destaca o artigo.
Ao traçar o percurso da sólida carreira da pesquisadora, o artigo realça seu trabalho desenvolvido na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), sua atuação na Ensp/Fiocruz como pneumologista – que rendeu “o estabelecimento de uma nova unidade ambulatorial e a acreditação nacional do serviço de tuberculose e outras micobactérias” -, além de sua integração ao comitê nacional de tuberculose, no qual permanece até hoje.
No texto, também são relembradas as décadas em que Margareth tratou e pesquisou doenças infecciosas respiratórias, principalmente a tuberculose, assim como sua liderança no ensaio clínico Global Alliance SimpliciTB e seu pioneirismo no uso de uma nova combinação de medicamentos para tuberculose multirresistente e tuberculose extensivamente resistente. Também ganharam destaque no artigo os estudos recentes que ela liderou sobre a eficácia da vacina BCG contra a Covid-19 e da revacinação da BCG em adultos, além de sua participação ativa, como presidente da Associação Brasileira de Doenças Torácicas, na redução do custo das terapias triplas para fibrose cística e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O artigo acentua, ainda, que a pesquisadora está prestes a realizar a implementação de um novo ensaio clínico sobre redução do tratamento da tuberculose chamado PARADIGM4TB.
A integração de Margareth à equipe de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), a publicação de seu livro Um tempo para não esquecer, reconhecido com o Prêmio Jabuti, e sua eleição para a Academia Brasileira de Medicina também estão entre suas conquistas realçadas.
Autor: Fiocruz
Fonte: Fiocruz
Sítio Online da Publicação: Fiocruz
Data: 12/12/2024
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