O Laboratório de Ensaios Pré-Clínicos do Departamento de Desenvolvimento Experimental e Pré-Clínico de Bio-Manguinhos/Fiocruz (LAEPC/Dedep) ganhou o Prêmio DuPont™ na Categoria Tyvek® e Tychem® em cerimônia realizada dia 10 de dezembro, em São Paulo. O gerente do laboratório, Rodrigo Muller, participou do evento e recebeu o prêmio, agradecendo por toda a equipe que atuou na rápida e efetiva adequação das instalações e dos processos do LAEPC durante a pandemia de covid-19.
Essa premiação tem como objetivo reconhecer e premiar empresas e profissionais que tenham criado e desenvolvido, com a utilização de produtos da marca, atividades, trabalhos, projetos e/ou ações de prevenção que tenham ocasionado melhoria nas condições do meio ambiente do trabalho e/ou da gestão de segurança e saúde do trabalho em seus respectivos segmentos de negócio. Os competidores apresentaram estudos de casos para demonstrar como a tecnologia dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) teria colaborado para evitar acidentes.
O uso adequado de EPIs é essencial para garantir a excelência dos processos em laboratórios de classificados como Nível de Biossegurança Animal 3 (NBA3). Esses laboratórios, que lidam com agentes biológicos de alto risco e potencial patogênico, dependem de medidas rigorosas para proteger a saúde dos trabalhadores, evitar contaminações cruzadas e assegurar a confiabilidade dos resultados experimentais. EPIs criam uma barreira vital contra a exposição a agentes infecciosos, contribuindo para um ambiente controlado e seguro. Além disso, o uso correto desses equipamentos fortalece a biossegurança, minimiza riscos ocupacionais e cumpre exigências regulatórias, reforçando o compromisso ético com a saúde pública e o bem-estar animal.
Estudo de caso de Bio-Manguinhos
Rodrigo contou sobre o estudo de caso submetido, que teve início na época da pandemia. “Iniciamos o funcionamento da nossa área de NBA3 para avançarmos nos testes pré-clínicos para uma vacina de Covid-19 e assim contribuir no combate à pandemia, iniciada em 2020. Para isso, necessitamos de um trabalho árduo para adequar a instalação e pudemos atuar com segurança operacional, tanto na estrutura como em procedimentos para garantirmos a contenção do vírus dentro do ambiente, uma vez que ainda não tínhamos uma vacina contra o vírus que, na época, tirou muitas vidas e ainda circula até hoje”.
Segundo o gerente, o objetivo da utilização do macacão de Tyvek®, e do respirador motorizado com o capuz, foi primordial naquele momento. “Conseguimos elevar o patamar de segurança e conforto dos colaboradores, além de não necessitar de esterilização antes do uso, causando um impacto muito alto nos custos de operacionalização. A utilização desses itens nos fez abandonar as máscaras PFF2, que eram bastante desconfortáveis. Ao aderir o capacete, o macacão substituiu o macacão hidrorrepelente, uma vez que tem uma superfície de fácil limpeza e descontaminação”, explicou.
Rodrigo reforçou os benefícios dessa mudança para sua equipe. “Os funcionários envolvidos, antes de retirar o macacão, ainda necessita de pulverização química para garantir que nenhuma partícula viral fique presente no EPI. A utilização do respirador, que é o capacete feito do material de Tyvek®, promoveu o bem-estar dos nossos colaboradores, a segurança e a melhoria operacional, impedindo que o vírus de classe de nível 3 pudesse ser externalizado da área de contenção biológica, podendo ocasionar um risco grave à saúde pública”, concluiu
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