O permafrost cobre cerca de 15% da superfície da Terra no hemisfério Norte. Trata-se de uma camada espessa de solo e de qualquer matéria orgânica que contenha, que permanece congelada (abaixo de 0°C) continuamente e actua como a “cola” que mantém o solo no lugar. Estende-se por grandes extensões das regiões setentrionais da Terra, nomeadamente a Sibéria, o Tibete, o Alasca e o Canadá.
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Meio Ambiente Alterações climáticas
5 ameaças decorrentes do degelo acelerado do permafrost
O degelo do permafrost não só representa uma ameaça global devido à libertação de gases com efeito de estufa, como terá outras consequências de grande alcance.
Sarah Romero
Actualizado a 22 de Janeiro de 2025, 17:42
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ISTOCK
Um estudo interdisciplinar analisa os riscos sociais associados ao degelo do permafrost nas regiões árcticas.
O permafrost cobre cerca de 15% da superfície da Terra no hemisfério Norte. Trata-se de uma camada espessa de solo e de qualquer matéria orgânica que contenha, que permanece congelada (abaixo de 0°C) continuamente e actua como a “cola” que mantém o solo no lugar. Estende-se por grandes extensões das regiões setentrionais da Terra, nomeadamente a Sibéria, o Tibete, o Alasca e o Canadá.
No entanto, o aumento constante da temperatura média do nosso planeta está a provocar a degradação do permafrost e um novo estudo transdisciplinar realizado por uma equipa internacional de cientistas – físicos, engenheiros, cientistas do ambiente, médicos – liderada pela Universidade de Viena e pela Universidade Técnica Dinamarquesa / Universidade de Umea, descobriu 5 novas ameaças para as regiões do Ártico decorrentes do degelo rápido do permafroste das consequências que daí podem advir.
1. FALHAS NAS INFRA-ESTRUTURAS
O Ártico alberga cerca de três milhões de pessoas que vivem nas zonas mais susceptíveis à degradação do permafrost (especialmente nas zonas costeiras e nos deltas) e o degelo crescente do permafrost não só afecta o CO2 e o metano que aí estão armazenados e que serão libertados para a atmosfera, como tem implicações profundas para os residentes.
Por exemplo, os edifícios, as estradas e as condutas dependem dos alicerces estáveis proporcionados pelo permafrost. Se o solo descongelar, pode deslocar-se ou desmoronar-se, afectando as infra-estruturas humanas (as estradas podem rachar, as casas podem inclinar-se sem aviso prévio...), especialmente nas zonas costeiras, ao longo dos rios, nos deltas e nas regiões montanhosas.
2. PERTURBAÇÕES NOS TRANSPORTES E NO ABASTECIMENTO
Muitas regiões setentrionais dependem de estradas de gelo e de rios congelados para transportar mercadorias. Um cenário de degelo prematuro e de terrenos instáveis e pouco fiáveis pode reduzir o tempo de realização destas actividades ou, pior ainda, tornar estas vias completamente intransitáveis.
Assim, perante a possibilidade de isolamento, essas comunidades teriam um acesso limitado a medicamentos ou alimentos, cujo fornecimento seria muito difícil (e não barato) e muitas vezes impossível devido à frágil estabilidade do terreno.
Fonte: nationalgeographic
Sítio Online da Publicação: nationalgeographic
Data: 22/01/2025
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