Até esta segunda-feira, foram notificados 25 casos suspeitos, todos com resultados negativos, que estão atualmente a ser acompanhados de perto, acrescentou a Presidente, esclarecendo que os casos foram registados nos distritos de Biharamulo e Muleba, em Kagera, de acordo com um comunicado da OMS.
"Resolvemos tranquilizar o público em geral na Tanzânia e a comunidade internacional como um todo sobre a nossa determinação coletiva em enfrentar os desafios globais de saúde, incluindo a doença do vírus de Marburgo", disse Hassan, acrescentando: "Já demonstrámos no passado a nossa capacidade de conter um surto semelhante e estamos determinados a fazer o mesmo desta vez".
Na semana passada, a OMS tinha anunciado suspeitas de um novo surto, que matou oito pessoas.
"Temos conhecimento de nove casos até agora, oito dos quais morreram. Esperamos mais casos nos próximos dias, à medida que a vigilância à doença melhora", escreveu o diretor-geral da OMS na rede social X, no dia 15 de janeiro.
A região de Kagera já tinha sido palco de um surto de Marburgo em março de 2023, que durou quase dois meses e resultou em nove casos registados, incluindo seis mortes.
Até 11 de janeiro de 2025, tinham sido notificados nove casos suspeitos, incluindo oito mortes (taxa de letalidade de 89%) em dois distritos, Biharamulo e Muleba, disse ainda a OMS na semana passada.
A OMS está agora a apoiar as autoridades de saúde da Tanzânia para reforçar as principais medidas de controlo do surto, incluindo a vigilância da doença, os testes, o tratamento, a prevenção e o controlo das infeções, bem como a gestão dos casos e a sensibilização das comunidades para evitar uma maior propagação do vírus.
"A OMS, em colaboração com os seus parceiros, está empenhada em apoiar o Governo da Tanzânia a controlar o surto o mais rapidamente possível e a construir um futuro mais saudável, mais seguro e mais justo para toda a população da Tanzânia", afirmou Tedros no comunicado esta segunda-feira divulgado.
A Tanzânia notificou anteriormente um surto de Marburgo em março de 2023 - o primeiro do país - na região de Kagera, no qual foram notificados um total de nove casos (oito confirmados e um provável) e seis mortes, com uma taxa de letalidade de 67%.
Em África, acrescenta a OMS, foram notificados surtos anteriores e casos esporádicos em Angola, na República Democrática do Congo, no Gana, no Quénia, na Guiné Equatorial, no Ruanda, na África do Sul e no Uganda.
A doença do vírus de Marburgo, altamente virulenta e causadora de febre hemorrágica, pertence à mesma família do vírus que causa a doença do vírus Ébola, e começa de forma repentina, com febre alta, dores de cabeça fortes e mal-estar grave.
Este vírus é transmitido às pessoas pelos morcegos da fruta e propaga-se entre os seres humanos através do contacto direto com os fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infetados.
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