O registro é um prato cheio para astrônomos: ele possibilita enxergar o núcleo da Via Láctea, a luz zodiacal (luz solar difundida pela poeira interplanetária), as faixas de satélites Starlink, estrelas individuais, a atmosfera em tom amarronzado devido às emissões de hidróxido, um nascer do Sol e algumas cidades noite adentro.
A foto foi descrita no X (antigo Twitter) por Andrew McCarthy, fotógrafo conhecido, sobretudo, por suas imagens de lançamentos de naves para o espaço, como “a melhor astrofotografia já capturada da ISS”. E é difícil discordar, principalmente se considerarmos as dificuldades técnicas para tirar uma foto com tantos detalhes assim.
Dificuldades técnicas da foto
Vale lembrar que o instantâneo foi feito da janela do módulo Crew Dragon Freedom, acoplado à ISS, que gira ao redor do planeta à velocidade de 8 km/s (muito, muito rápido). Além disso, as condições peculiares de luz no espaço, onde os objetos celestes sempre são mais brilhantes do que o fundo estelar, tornam tudo ainda mais difícil.
Por isso, é realmente de se aplaudir o que Pettit conseguiu fazer. Com um arsenal limitado de câmeras, lentes e planos, ele basicamente desenvolveu seu próprio dispositivo rastreador de estrelas que pode fornecer exposições que duram muitos segundos sem criar rastros, o que explica a clareza da imagem em sua parte superior.
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Embora as cidades, logo abaixo, tenham borrado pela diferença na exigência de tempo de exposição, isso não diminui a sua qualidade. Tanto é que, mesmo sem detalhes quanto vemos nas estrelas, ainda é possível fazer uma leitura completa dos fenômenos ali presentes.
Não é a primeira vez que Pettit compartilha imagens curiosas do espaço em suas redes. Vira e mexe, no seu Instagram e X, ele publica fotos de tirar o fôlego dos corpos celestes pelos quais passa, bem como do dia a dia dos cientistas a bordo da ISS.
Autor: revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 16/01/2025
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