No início deste mês, o cientista planetário Mahesh Anand, da Universidade Open em Milton Keynes, no Reino Unido, viajou para China para pegar 60 miligramas "emprestadas" das 1,731 gramas coletadas pela Chang'e 5. Pesquisadores de outras nações, como Rússia e Etiópia, farão o mesmo.
Os Estados Unidos também receberiam amostras, mas uma lei dificultou o recebimento do material. Em outros países, as agências governamentais estão pagando pela análise dessas amostras emprestadas, no entanto, a NASA está impedida de financiar a mesma empreitada para seus pesquisadores.
Somente um cientista norte-americano conseguiu, porém sem a ajuda da agência espacial americana: Timothy Glotch recebeu fragmentos do material da Chang'e 5 com o financiamento privado da Universidade Stony Brook em Nova York, onde trabalha.
NASA impedida
Apesar dos cortes e restrições impostas pelo governo de Donald Trump à NASA, o real motivo que impede o país a receber as amostras é uma lei de 2011 chamada Emenda Wolf. O nome é uma homenagem a Frank Wolf, senador republicano que mais defendeu a lei.
Aprovada em 2011, a Emenda Wolf restringe o orçamento e impede a relação cooperativa entre a NASA, a Administração Nacional Espacial da China (CNSA) e seus respectivos cientistas.
A lei tem como objetivo evitar que pesquisadores do governo chinês tenha conhecimento das tecnologias espaciais norte-americanas, porque os EUA temem que sejam utilizadas pelos militares da China contra o país.
A emenda, no entanto, não impediu que a China compartilhasse uma amostra com Glotch e sua equipe, que conta com cientistas das universidades Estadual de São Francisco e de Hong Kong — desde que usem recursos privados.
De acordo com o site Live Science, seria importante que os pesquisadores da NASA tivessem acesso a essas amostras, já que poderiam compará-las diretamente às das missões Apollo.
Autor: revistagalileu
Fonte: revistagalileu
Sítio Online da Publicação: revistagalileu
Data: 18/05/2025
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