Durante o encontro para assinatura do acordo de apoio à inovação, Witzel falou da importância de tal iniciativa ser um motor de desenvolvimento e da necessidade da ciência sair da academia e ocupar as empresas. “O que faz um país efetivamente se desenvolver é a tecnologia. E não sou eu que estou dizendo isso. A Coreia do Sul fez esse investimento décadas atrás e hoje tem Samsung, Kia, LG, para citar algumas de suas empresas", disse o governador. Lucas Tristão, secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais (Sedeeri), destacou a importância da iniciativa. “O acordo que celebramos é mais um exemplo dessa política que não aceita desculpas e quer resultados. E em quatro meses já conseguimos fazer mais movimentações financeiras em volume e quantidade do que em todo o ano passado”, elogiou o secretário.
“Nós estamos fazendo um trabalho muito grande para voltar a dar credibilidade à FAPERJ em um governo que a comunidade científica não sabia o que esperar no início. E estamos trabalhando de uma forma muito séria e focada no desenvolvimento de produtos. É o produto que irá gerar receita, desenvolvimento econômico e social", disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Rodrigues. "Também estamos investindo em formação e qualificação de mão-de-obra por meio da Faetec [Fundação de Apoio à Escola Técnica] para oferecer ao mercado mão-de-obra qualificada”, completou Rodrigues. Já o presidente da AgeRio, Alexandre Rodrigues, falou do avanço da agência de janeiro a agosto. “Realizamos R$ 97 milhões de investimentos, o que significa um crescimento de 275% em relação ao mesmo período do ano passado e corresponde a mais ou menos 807 empregos gerados”, elencou.
O presidente da FAPERJ, Jerson Lima, comemorou a união entre o setor produtivo e a academia em um momento de crise e lembrou os bons índices de produção acadêmica e inovação do Estado. “Somos o Estado com maior produção científica per capita”, disse. Para ele, o lançamento deste novo edital significa mais uma demonstração do governo do Estado em seu compromisso de aliar o conhecimento produzido nas universidades e institutos de pesquisa com o desenvolvimento regional, através de empresas que gerarão produtos e processos inovadores e emprego para o estado do Rio de Janeiro.
Maurício Guedes, diretor de Tecnologia da Fundação, que participou da solenidade, destacou que esta parceria com a AgeRio deveria ser celebrada como uma demonstração da relevância da FAPERJ e da comunidade científica para as estratégias de desenvolvimento econômico do estado. A diretora Científica da FAPERJ, Eliete Bouskela, também acompanhou a cerimônia.
Elegibilidade
Os presidentes da FAPERJ (esq.), Jerson Lima, e da AgeRio, Alexandre Rodrigues: parceria para ajudar a impulsionar a economia fluminense
O programa é destinado a apoiar projetos de inovação de produtos, processos, desenvolvimento na esfera organizacional, em marketing, seguindo as definições do “Manual de Oslo” e políticas públicas já consagradas em outras agências, como a Finep (Financiadora de estudos e Projetos). O público alvo prioritário são empresas de base científico-tecnológica em fase de crescimento. Podem concorrer ao edital na categoria micro ou pequena empresa, aquelas que apresentarem um faturamento anual de até R$ 5 milhões. Na categoria média, o faturamento é de até R$ 90 milhões.
As propostas estão definidas em três faixas de aporte de recursos. Os pedidos de até R$ 200 mil, faixa A, serão integralmente subvencionados pela FAPERJ. Já para os pedidos de até R$ 600 mil ou R$ 3 milhões (faixas B e C), a participação da Fundação será de até 50% e o restante virá sob forma de financiamento da AgeRio, através da linha Inovacred, da Finep.
Os critérios de avaliação serão pautados pelo diferencial inovador da empresa, o impacto dessa inovação (social, ambiental e econômico), bem como pela capacidade operacional da empresa para desenvolver o projeto apresentado. Nesse último item serão considerados o histórico, clareza e coerência na apresentação dos marcos e resultados pretendidos, infraestrutura e recursos humanos disponíveis.
Governo do estado anuncia apoio à Olimpíada de Matemática
Na contramão da crise que sofre a ciência brasileira com cortes orçamentários no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o governador também anunciou nesta quinta-feira, que o Estado, por meio da Secti e da FAPERJ, fará acordo com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e a Sociedade Brasileira de Matemática para garantir a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas no Estado do Rio de Janeiro (Obmep).
Os ganhadores são premiados em três categorias (Ouro, Prata e Bronze) nos três níveis de ensino (6º ou 7º ano do Ensino Fundamental; 8º ou 9º ano do Ensino Fundamental; e, no Ensino Médio). As bolsas dos vencedores são de R$ 100 mensais para os alunos selecionados no programa institucional de Iniciação Científica (IC) e de R$ 400, quando ingressam na universidade.
A FAPERJ apoiará ao todo cerca de 400 jovens estudantes de ensino médio e universitário com bolsas de R$ 100 e R$ 400, respectivamente (recursos da ordem R$ 600 mil por ano). Esse apoio será implementado imediatamente para cooperar com o CNPq que passa por dificuldades de orçamento. Desta maneira, se impediria a interrupção das bolsas destes jovens.
O intuito é incentivar os jovens dentro da cultura da matemática básica e treiná-los no rigor da leitura e da escrita de resultados, nas técnicas e métodos e na independência do raciocínio analítico.
O aluno participa de atividades orientadas por professores qualificados nas instituições de ensino superior e de pesquisa. Com isso, pretende-se despertar a vocação científica do aluno, além de estimular a criatividade por meio do raciocínio e desafios diante de problemas interessantes da matemática.
Para concorrer às bolsas, o aluno deverá estar regularmente matriculado em escola pública da educação básica.
A FAPERJ apoiará 313 bolsas de R$ 100 e 46 bolsas de R$ 400, em um investimento total mensal de R$ 49.700,00. E em um ano de R$ 596.400,00 e ao final de três anos serão investidos R$ 1.789.200,00. Esse apoio será implementado imediatamente para cooperar com o CNPq que passa por dificuldades de orçamento. Desta maneira, se impediria a interrupção das bolsas destes jovens.
Autor: Ascom Faperj
Fonte: Faperj
Sítio Online da Publicação: Faperj
Data: 05/09/2019
Publicação Original: http://www.faperj.br/?id=3835.2.9
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