Parto prematuro acomete em torno de 11% das gestações no mundo — 15 milhões de nascimentos por ano no mundo. Poucos estudos pesquisaram o risco relativo de mulheres com parto prematuro com ou sem pré-eclâmpsia evoluírem com hipertensão crônica no futuro, tendo encontrado um risco relativo entre 1,1 e 1,5 dessas mulheres evoluem com hipertensão.
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Estudo recente
Assim, os autores de um trabalho publicado no JAMA Cardiology, de 13 de outubro de 2021, lotados no Mount Sinai Hospital de Nova Iorque e universidade de Lund na Suécia, fizeram um estudo de coorte usando os registros de pré-natal desde 1 de janeiro de 1973 a 31 de dezembro de 2015 da Suécia. Selecionaram apenas gestações únicas de mulheres primigestas, de modo a evitar vieses de multiparidade podendo evoluir com partos prematuros. Mulheres com hipertensão prévia foram excluídas do estudo.
O estudo tem muitos pontos fortes, sendo a coorte de 42 anos o mais relevante. Covariáveis como idade, idade gestacional no parto, tabagismo, nível educacional, IMC, condição de trabalho, outras patologias como diabetes durante a gestação foram consideradas para ajuste do risco relativo resultando em 2.600.924 partos de 1.559.495 mulheres no período.
Resultados
Nesta coorte nacional de mais de 2 milhões de mulheres, o parto prematuro foi associado (RR de 1,6 e 2,2 respectivamente para prematuros e prematuros extremos) a maiores riscos futuros de doenças crônicas hipertensão, mesmo após o ajuste para pré-eclâmpsia, outros distúrbios hipertensivos da gravidez, outros fatores maternos e fatores familiares compartilhados não medidos. Esses riscos eram os maiores nos primeiros 10 anos, mas permaneceram significativamente elevados pelo menos 40 anos depois. O parto prematuro deve agora ser reconhecido como um fator de risco para hipertensão ao longo da vida.
Mulheres com histórico de parto prematuro precisam de avaliação preventiva precoce e redução de risco a longo prazo e monitoramento para hipertensão.
Assim, os autores de um trabalho publicado no JAMA Cardiology, de 13 de outubro de 2021, lotados no Mount Sinai Hospital de Nova Iorque e universidade de Lund na Suécia, fizeram um estudo de coorte usando os registros de pré-natal desde 1 de janeiro de 1973 a 31 de dezembro de 2015 da Suécia. Selecionaram apenas gestações únicas de mulheres primigestas, de modo a evitar vieses de multiparidade podendo evoluir com partos prematuros. Mulheres com hipertensão prévia foram excluídas do estudo.
O estudo tem muitos pontos fortes, sendo a coorte de 42 anos o mais relevante. Covariáveis como idade, idade gestacional no parto, tabagismo, nível educacional, IMC, condição de trabalho, outras patologias como diabetes durante a gestação foram consideradas para ajuste do risco relativo resultando em 2.600.924 partos de 1.559.495 mulheres no período.
Resultados
Nesta coorte nacional de mais de 2 milhões de mulheres, o parto prematuro foi associado (RR de 1,6 e 2,2 respectivamente para prematuros e prematuros extremos) a maiores riscos futuros de doenças crônicas hipertensão, mesmo após o ajuste para pré-eclâmpsia, outros distúrbios hipertensivos da gravidez, outros fatores maternos e fatores familiares compartilhados não medidos. Esses riscos eram os maiores nos primeiros 10 anos, mas permaneceram significativamente elevados pelo menos 40 anos depois. O parto prematuro deve agora ser reconhecido como um fator de risco para hipertensão ao longo da vida.
Mulheres com histórico de parto prematuro precisam de avaliação preventiva precoce e redução de risco a longo prazo e monitoramento para hipertensão.
Autor(a):
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João Marcelo Martins Coluna
Médico Ginecologista e Obstetra formado pela Universidade Estadual de Londrina • Mestrado em Fisiopatologia pela Unoeste (Universidade Oeste Paulista) • Docente da Unoeste (Presidente Prudente) – departamento materno infantil • Preceptor Residência Médica Hospital Regional Presidente Prudente – SP • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Regional Presidente Prudente • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Estadual Dr. Odilo Antunes Siqueira (Presidente Prudente – SP) • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Santa Casa de Misericórdia de Adamantina
Plantonista Socorrista Santa Casa de Misericórdia Presidente Prudente • Médico Regulador ambulatorial município de Dracena – SP • Médico Preceptor ambulatorial UNIFADRA (Dracena – SP) • Ginecologista do serviço ambulatorial de Narandiba (SP) • Ginecologista e Obstetra do serviço ambulatorial de Pirapozinho (SP).
Referências bibliográficas:
Crump C, Sundquist J, Sundquist K. Preterm Delivery and Long-term Risk of Hypertension in Women. JAMA Cardiol. Published online October 13, 2021. doi: 10.1001/jamacardio.2021.4127.
Autor: João Marcelo Martins Coluna
Fonte: pebmed
Sítio Online da Publicação: pebmed
Data: 21/10/2021
Publicação Original: https://pebmed.com.br/parto-prematuro-e-risco-de-hipertensao-arterial-futura/
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João Marcelo Martins Coluna
Médico Ginecologista e Obstetra formado pela Universidade Estadual de Londrina • Mestrado em Fisiopatologia pela Unoeste (Universidade Oeste Paulista) • Docente da Unoeste (Presidente Prudente) – departamento materno infantil • Preceptor Residência Médica Hospital Regional Presidente Prudente – SP • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Regional Presidente Prudente • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Estadual Dr. Odilo Antunes Siqueira (Presidente Prudente – SP) • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Santa Casa de Misericórdia de Adamantina
Plantonista Socorrista Santa Casa de Misericórdia Presidente Prudente • Médico Regulador ambulatorial município de Dracena – SP • Médico Preceptor ambulatorial UNIFADRA (Dracena – SP) • Ginecologista do serviço ambulatorial de Narandiba (SP) • Ginecologista e Obstetra do serviço ambulatorial de Pirapozinho (SP).
Referências bibliográficas:
Crump C, Sundquist J, Sundquist K. Preterm Delivery and Long-term Risk of Hypertension in Women. JAMA Cardiol. Published online October 13, 2021. doi: 10.1001/jamacardio.2021.4127.
Autor: João Marcelo Martins Coluna
Fonte: pebmed
Sítio Online da Publicação: pebmed
Data: 21/10/2021
Publicação Original: https://pebmed.com.br/parto-prematuro-e-risco-de-hipertensao-arterial-futura/
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