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Apesar de serem uma alternativa de menor impacto ambiental para geração de energia, células
combustíveis têm elevado custo de produção devido ao uso de platina nos eletrodos que obtêm
eletricidade a partir de hidrogênio e oxigênio; estudo propõe uso de eletrodos impressos para
viabilizar economicamente as células combustíveis – Foto: Alexandre Kuma via Flickr – CC
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combustíveis têm elevado custo de produção devido ao uso de platina nos eletrodos que obtêm
eletricidade a partir de hidrogênio e oxigênio; estudo propõe uso de eletrodos impressos para
viabilizar economicamente as células combustíveis – Foto: Alexandre Kuma via Flickr – CC
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Produção de bolhas de hidrogênio na superfície do eletrodo impresso (à esquerda) e eletrodo saturado
de calomelano (SCE) utilizado como referência (à direita) – Foto: cedida pelo pesquisador
As células combustíveis são dispositivos que convertem energia química em energia elétrica,
transformando, por meio de eletrodos e eletrocatalisadores, hidrogênio em eletricidade. Esses eletrodos
são feitos de platina, um metal muito raro, que encarece o custo de produção do equipamento.
Por esse motivo, uma pesquisa com participação da Escola Politécnica (Poli) da USP propõe o uso
de eletrodos impressos com materiais de menor custo e desempenho similar ao da platina.
O método permitirá aumentar a escala de produção e viabilizar economicamente a geração de
energia por células combustíveis.
“Hoje em dia, as fontes de energia não renováveis têm o problema de apresentarem um elevado custo
ambiental”, afirma Lucas Fugita, aluno de graduação em Engenharia Química da Poli, que participou
da pesquisa. “Uma das alternativas é o método das células combustíveis, equipamentos que convertem
energia química em energia elétrica, como as pilhas e baterias químicas. De maneira simplificada, uma
célula combustível ácida utiliza hidrogênio (H2) como combustível e oxigênio (O2) como oxidante
para produzir água e corrente elétrica.”
As células combustíveis possuem um eletrodo que em contato com a água provoca uma Reação de
Evolução de Hidrogênio (HER), produzindo hidrogênio gasoso (H2). “Esse eletrodo usualmente é
feito de platina, um metal nobre e raro, o que torna a produção de energia muito dispendiosa”,
ressalta o pesquisador. “Por isso, a pesquisa propõe a utilização de eletrodos impressos, uma técnica
conhecida como Screen Printed Electrode (SPE).”
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de calomelano (SCE) utilizado como referência (à direita) – Foto: cedida pelo pesquisador
As células combustíveis são dispositivos que convertem energia química em energia elétrica,
transformando, por meio de eletrodos e eletrocatalisadores, hidrogênio em eletricidade. Esses eletrodos
são feitos de platina, um metal muito raro, que encarece o custo de produção do equipamento.
Por esse motivo, uma pesquisa com participação da Escola Politécnica (Poli) da USP propõe o uso
de eletrodos impressos com materiais de menor custo e desempenho similar ao da platina.
O método permitirá aumentar a escala de produção e viabilizar economicamente a geração de
energia por células combustíveis.
“Hoje em dia, as fontes de energia não renováveis têm o problema de apresentarem um elevado custo
ambiental”, afirma Lucas Fugita, aluno de graduação em Engenharia Química da Poli, que participou
da pesquisa. “Uma das alternativas é o método das células combustíveis, equipamentos que convertem
energia química em energia elétrica, como as pilhas e baterias químicas. De maneira simplificada, uma
célula combustível ácida utiliza hidrogênio (H2) como combustível e oxigênio (O2) como oxidante
para produzir água e corrente elétrica.”
As células combustíveis possuem um eletrodo que em contato com a água provoca uma Reação de
Evolução de Hidrogênio (HER), produzindo hidrogênio gasoso (H2). “Esse eletrodo usualmente é
feito de platina, um metal nobre e raro, o que torna a produção de energia muito dispendiosa”,
ressalta o pesquisador. “Por isso, a pesquisa propõe a utilização de eletrodos impressos, uma técnica
conhecida como Screen Printed Electrode (SPE).”
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Célula combustível utiliza hidrogênio como combustível e oxigênio como oxidante, para produzir água
e corrente elétrica – Imagem: cedida pelo pesquisador
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e corrente elétrica – Imagem: cedida pelo pesquisador
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Veículo autônomo submarino monitora águas com sensores e câmeras
Kit dosa ferro no organismo inclusive na forma de nanopartículas
A técnica utiliza uma impressora onde são inseridos os moldes a serem preenchidos com tinta,
gravando os eletrodos sobre uma base plástica. “Inicialmente foi aplicada uma tinta feita com carbono,
porém os eletrodos necessitavam de muito mais energia que a platina”, relata Fugita. “Depois foram
testadas outras composições de tinta, e o dissulfeto de molibdênio (MoS2) conseguiu aumentar a
densidade da corrente elétrica e diminuir a energia necessária para iniciar a reação do hidrogênio, com
desempenho similar à platina.”
Durante o processo de impressão, uma camada de MoS2 é depositada no eletrodo, e sua espessura
depende do tempo de deposição. “Para descobrir qual era a espessura ideal, vários tempos de
deposição foram testados, de 7,5 a 120 minutos”, aponta o pesquisador. “Ao final dos experimentos,
descobriu-se que com 45 minutos de deposição acontecia o menor potencial de início de reação e a
maior densidade de corrente, otimizando o funcionamento do eletrodo.”
Na pesquisa também foram experimentadas diferentes concentrações de MoS2, até se verificar que a
tinta com 10% do composto também reúne as condições ideais de potencial e densidade para fazer a
reação. “O uso da impressora permite que se possam produzir vários eletrodos de uma só vez”,
ressalta Fugita. “O uso de um material de menor custo, com performance similar à platina, e a
fabricação em escala industrial poderão viabilizar economicamente o emprego de células combustíveis
para produzir energia.”
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Folha de eletrodo impresso (SPE) recém produzida com 22 unidades
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Impressora DEK 248 Screen Printer, onde são feitos os eletrodos – Foto: cedida pelo pesquisador
Bolsa Empreendedorismo
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Lucas Fugita: estudo em centro de pesquisa de células a combustível – Foto: Cecília Bastos/USP
Imagens
Por meio do edital de 2017 da Bolsa Empreendedorismo da Agência USP de Inovação (Auspin),
destinado a projetos de pesquisa com relevância e retorno para a sociedade, Fugita esteve na
Manchester Metropolitan University, no Reino Unido. Ali realizou estudos no Fuel Cell Innovation
Centre, coordenado pelo professor Craig Banks, dedicado a pesquisas sobre células combustíveis.
Mais informações: e-mail lucas.fugita@usp.br, com Lucas FugitaO trabalho teve a supervisão do
pesquisador Samuel Rowley Neale, primeiro autor do artigo “Magnetron Sputter-Coated Nanoparticle
MoS2 Supported on Nanocarbon: A Highly Efficient Electrocatalyst toward the Hydrogen Evolution
Reaction”. Publicado em 3 de julho no ACS Omega Journal, da American Chemical Society
(Estados Unidos), o texto apresenta as conclusões da pesquisa. Um novo artigo, sobre eletrodos
impressos com tinta misturada a pequenas quantidades de platina, está em fase de preparação.
Imagens
Por meio do edital de 2017 da Bolsa Empreendedorismo da Agência USP de Inovação (Auspin),
destinado a projetos de pesquisa com relevância e retorno para a sociedade, Fugita esteve na
Manchester Metropolitan University, no Reino Unido. Ali realizou estudos no Fuel Cell Innovation
Centre, coordenado pelo professor Craig Banks, dedicado a pesquisas sobre células combustíveis.
Mais informações: e-mail lucas.fugita@usp.br, com Lucas FugitaO trabalho teve a supervisão do
pesquisador Samuel Rowley Neale, primeiro autor do artigo “Magnetron Sputter-Coated Nanoparticle
MoS2 Supported on Nanocarbon: A Highly Efficient Electrocatalyst toward the Hydrogen Evolution
Reaction”. Publicado em 3 de julho no ACS Omega Journal, da American Chemical Society
(Estados Unidos), o texto apresenta as conclusões da pesquisa. Um novo artigo, sobre eletrodos
impressos com tinta misturada a pequenas quantidades de platina, está em fase de preparação.
Autor: Jornal da USP
Fonte: Jornal da USP
Sítio Online da Publicação: Jornal da USP
Data: 27/08/2018
Publicação Original: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/novo-material-reduz-
custo-de-celula-combustivel-para-gerar-energia/
Fonte: Jornal da USP
Sítio Online da Publicação: Jornal da USP
Data: 27/08/2018
Publicação Original: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/novo-material-reduz-
custo-de-celula-combustivel-para-gerar-energia/
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