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Impressão artística de como seria Upsilon Andromedae vista de uma lua hipotética de dimensões comparáveis às da Terra e que tivesse água no estado líquido – Foto: Lucianomendez via Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0
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Uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), realizada com participação do professor Jorge Melendez, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, avaliou a possibilidade de habitação em diferentes planetas da Via Láctea.
O método usado foi a análise de estrelas parecidas com o Sol, as chamadas gêmeas solares, de outros pontos da galáxia. O parâmetro era o nível de abundância do elemento tório (Th) nestes astros, que indicaria o potencial de gerar planetas rochosos como a Terra.
Foi usado um instrumento chamado espectrógrafo, que detecta energia vinda das estrelas e analisa sua composição por meio dos sinais recebidos. No caso se procurava pelo tório, elemento radioativo que possibilita a formação de planetas rochosos. Quanto maior a presença desse elemento, maior a probabilidade de existir tectonismo no planeta, essencial para garantir a vida. “Temos que lembrar que a Terra é um planeta geologicamente ativo, com terremotos e vulcões. Eles proporcionam o ciclo do carbono, mantendo a temperatura da Terra e estando intimamente ligado ao surgimento e evolução da vida na superfície terrestre”, diz André Milone, pesquisador da Divisão de Astrofísica do Inpe que orienta o pesquisador Rafael Botelho, primeiro autor do estudo.
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Uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), realizada com participação do professor Jorge Melendez, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, avaliou a possibilidade de habitação em diferentes planetas da Via Láctea.
O método usado foi a análise de estrelas parecidas com o Sol, as chamadas gêmeas solares, de outros pontos da galáxia. O parâmetro era o nível de abundância do elemento tório (Th) nestes astros, que indicaria o potencial de gerar planetas rochosos como a Terra.
Foi usado um instrumento chamado espectrógrafo, que detecta energia vinda das estrelas e analisa sua composição por meio dos sinais recebidos. No caso se procurava pelo tório, elemento radioativo que possibilita a formação de planetas rochosos. Quanto maior a presença desse elemento, maior a probabilidade de existir tectonismo no planeta, essencial para garantir a vida. “Temos que lembrar que a Terra é um planeta geologicamente ativo, com terremotos e vulcões. Eles proporcionam o ciclo do carbono, mantendo a temperatura da Terra e estando intimamente ligado ao surgimento e evolução da vida na superfície terrestre”, diz André Milone, pesquisador da Divisão de Astrofísica do Inpe que orienta o pesquisador Rafael Botelho, primeiro autor do estudo.
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O professor Melendez, que forneceu a coleta de dados e participou de sua análise para o estudo, explica que o calor no interior de Terra e toda a atividade tectônica e vulcânica “se originam da energia liberada do decaimento de diversos elementos radioativos”, entre eles o tório.
O estudo mostra que potenciais planetas rochosos ao redor de gêmeas solares apresentam altas probabilidades de terem tectonismo, aumentando a chance de serem habitáveis. A pesquisa sugere condições geológicas favoráveis para o surgimento e manutenção da vida em exoplanetas rochosos, e que a vida poderia estar espalhada por todo o disco da Galáxia e ter se originado em qualquer época de sua evolução.
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O espectrógrafo HARPS durante os testes de laboratório. A grande grade ótica pela qual a luz estelar entrante é dispersada é visível no topo da bancada – Foto: cedida pelo pesquisador
Segundo o doutorando Rafael Botelho, “o mais empolgante é que parece que o tório também é abundante em gêmeas solares velhas, significando que o disco da Galáxia pode estar repleto de vida, tanto no espaço quanto no tempo”. Até o momento, este é o mais amplo estudo da abundância do tório em gêmeas solares.
Os resultados estão no artigo Thorium in solar twins: implications for habitability in rocky planets, recentemente publicado no Monthly Notices of Royal Astronomical Society, disponível no site da publicação.
Autor: Jornal da USP
Fonte: Jornal da USP
Sítio Online da Publicação: Jornal da USP
Data: 18/12/2018
Publicação Original: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/pesquisa-indica-potenciais-planetas-habitaveis-em-nossa-galaxia/
Segundo o doutorando Rafael Botelho, “o mais empolgante é que parece que o tório também é abundante em gêmeas solares velhas, significando que o disco da Galáxia pode estar repleto de vida, tanto no espaço quanto no tempo”. Até o momento, este é o mais amplo estudo da abundância do tório em gêmeas solares.
Os resultados estão no artigo Thorium in solar twins: implications for habitability in rocky planets, recentemente publicado no Monthly Notices of Royal Astronomical Society, disponível no site da publicação.
Autor: Jornal da USP
Fonte: Jornal da USP
Sítio Online da Publicação: Jornal da USP
Data: 18/12/2018
Publicação Original: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/pesquisa-indica-potenciais-planetas-habitaveis-em-nossa-galaxia/
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