terça-feira, 8 de outubro de 2024

População de iguanas amarelas em vias de extinção nas Galápagos está em recuperação


População de iguanas amarelas em vias de extinção nas Galápagos está em recuperação
Iguanas amarelas das Galápagos, espécie ameaçada de extinção entre 1970 e 1980, está a recuperar, com cerca de 600 a 700 indivíduos. A erradicação de cabras e monitorização têm sido essenciais.

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População de iguanas amarelas em vias de extinção nas Galápagos está em recuperação
Iguanas amarelas das Galápagos, espécie ameaçada de extinção entre 1970 e 1980, está a recuperar, com cerca de 600 a 700 indivíduos. A erradicação de cabras e monitorização têm sido essenciais.


Agência Lusa
Texto
08 out. 2024, 07:47 2 
epa10416124 A handout photo made available by the Galapagos National Park shows yellow land iguanas (Conolophus subcristatus) in Fernandina Island, Galapagos, Ecuador, 16 January 2018 (issued 19 January 2023). The Directorate of the Galapagos National Park (DPNG) reported on 19 January an increase in the population of yellow iguanas on Fernandina Island, in the Ecuadorian archipelago of the Galapagos Islands, reaching 46,000 individuals. EPA/GALAPAGOS NATIONAL PARK / HANDOUT MANDATORY CREDIT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES
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A erradicação das cabras selvagens, no início do milénio, favoreceu a regeneração da vegetação autóctone, melhorando assim a disponibilidade de alimento para as iguanas

GALAPAGOS NATIONAL PARK / HANDOUT/EPA

A população de iguanas amarelas das ilhas Galápagos, que entre 1970 e 1980 esteve em vias de extinção na Baía de Cartago, no mesmo arquipélago equatoriano, está em recuperação e o seu “estatuto populacional atual é encorajador”.

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O Parque Nacional das Galápagos (PNG) detalhou em comunicado, na segunda-feira, que entre 26 de agosto e 3 de setembro, uma equipa de guardas florestais e especialistas da organização Galapagos Conservancy realizou sessões de monitorização de iguanas amarelas na Baía de Cartago, localizada no sul da ilha Isabela, a maior do arquipélago.

Além disso, foram recolhidas amostras biológicas e informações importantes sobre as ameaças que esta espécie enfrenta.

“Os resultados obtidos são essenciais para gerar recomendações que visam garantir a sobrevivência deste réptil face aos atuais desafios climáticos“, referiu o parque, no comunicado.

No total, a equipa localizou e obteve dados de 288 iguanas terrestres amarelas, das quais 117 eram fêmeas e 171 machos. Destas, 50% não estavam previamente marcadas e as restantes já possuíam microchips de identificação.

Algumas das iguanas monitorizadas nasceram em cativeiro e foram repatriadas para Cartago no âmbito do programa de reprodução que a autoridade ambiental tem vindo a realizar desde 1970.

“A monitorização atual confirma o sucesso deste programa a longo prazo”, sublinhou o Parque Nacional.

A análise dos dados recolhidos determina que, na Bahía Cartago, localizada no Istmo Perry, existe uma população de iguanas amarelas que varia entre 600 a 700 indivíduos, concentrada sobretudo em 40 hectares.

“Este número é encorajador, tendo em conta que esta população esteve em vias de extinção entre 1970 e 1980 devido à presença de espécies introduzidas, sobretudo cabras”, indicou.

Para Christian Sevilla, responsável pela área de Conservação e Restauração de Ecossistemas Insulares do Parque Nacional das Galápagos, esta monitorização não só permite obter uma estimativa mais precisa da população, como também ajuda a compreender melhor a distribuição e os padrões comportamentais das espécies no seu ambiente natural.

Estes dados fornecem uma base sólida para avaliar o estado de conservação da população destas iguanas, frisou.

A erradicação das cabras selvagens, no início do milénio, favoreceu a regeneração da vegetação autóctone, melhorando assim a disponibilidade de alimento para as iguanas.

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População de iguanas amarelas em vias de extinção nas Galápagos está em recuperação
Iguanas amarelas das Galápagos, espécie ameaçada de extinção entre 1970 e 1980, está a recuperar, com cerca de 600 a 700 indivíduos. A erradicação de cabras e monitorização têm sido essenciais.


Agência Lusa
Texto
08 out. 2024, 07:47 2 
epa10416124 A handout photo made available by the Galapagos National Park shows yellow land iguanas (Conolophus subcristatus) in Fernandina Island, Galapagos, Ecuador, 16 January 2018 (issued 19 January 2023). The Directorate of the Galapagos National Park (DPNG) reported on 19 January an increase in the population of yellow iguanas on Fernandina Island, in the Ecuadorian archipelago of the Galapagos Islands, reaching 46,000 individuals. EPA/GALAPAGOS NATIONAL PARK / HANDOUT MANDATORY CREDIT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES
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A erradicação das cabras selvagens, no início do milénio, favoreceu a regeneração da vegetação autóctone, melhorando assim a disponibilidade de alimento para as iguanas

GALAPAGOS NATIONAL PARK / HANDOUT/EPA

A população de iguanas amarelas das ilhas Galápagos, que entre 1970 e 1980 esteve em vias de extinção na Baía de Cartago, no mesmo arquipélago equatoriano, está em recuperação e o seu “estatuto populacional atual é encorajador”.

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O Parque Nacional das Galápagos (PNG) detalhou em comunicado, na segunda-feira, que entre 26 de agosto e 3 de setembro, uma equipa de guardas florestais e especialistas da organização Galapagos Conservancy realizou sessões de monitorização de iguanas amarelas na Baía de Cartago, localizada no sul da ilha Isabela, a maior do arquipélago.

Além disso, foram recolhidas amostras biológicas e informações importantes sobre as ameaças que esta espécie enfrenta.

“Os resultados obtidos são essenciais para gerar recomendações que visam garantir a sobrevivência deste réptil face aos atuais desafios climáticos“, referiu o parque, no comunicado.

No total, a equipa localizou e obteve dados de 288 iguanas terrestres amarelas, das quais 117 eram fêmeas e 171 machos. Destas, 50% não estavam previamente marcadas e as restantes já possuíam microchips de identificação.

Algumas das iguanas monitorizadas nasceram em cativeiro e foram repatriadas para Cartago no âmbito do programa de reprodução que a autoridade ambiental tem vindo a realizar desde 1970.

“A monitorização atual confirma o sucesso deste programa a longo prazo”, sublinhou o Parque Nacional.

A análise dos dados recolhidos determina que, na Bahía Cartago, localizada no Istmo Perry, existe uma população de iguanas amarelas que varia entre 600 a 700 indivíduos, concentrada sobretudo em 40 hectares.




“Este número é encorajador, tendo em conta que esta população esteve em vias de extinção entre 1970 e 1980 devido à presença de espécies introduzidas, sobretudo cabras”, indicou.

Para Christian Sevilla, responsável pela área de Conservação e Restauração de Ecossistemas Insulares do Parque Nacional das Galápagos, esta monitorização não só permite obter uma estimativa mais precisa da população, como também ajuda a compreender melhor a distribuição e os padrões comportamentais das espécies no seu ambiente natural.

Estes dados fornecem uma base sólida para avaliar o estado de conservação da população destas iguanas, frisou.

A erradicação das cabras selvagens, no início do milénio, favoreceu a regeneração da vegetação autóctone, melhorando assim a disponibilidade de alimento para as iguanas.

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Durante a expedição foram também recolhidas amostras biológicas de sangue e fezes para análises laboratoriais que permitirão obter informação genética, examinar a dieta alimentar, detetar a possível presença de doenças e outros fatores biológicos importantes para a sua conservação.

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Segundo o PNG, a degradação do habitat natural levou as iguanas amarelas à beira da extinção na década de 1970, mas, graças aos programas de reprodução e reintrodução, “o estado atual da população é encorajador”.

A iguana amarela (conolophus subscriptiontus) é uma das três espécies de iguanas terrestres existentes no arquipélago das Galápagos, localizado a cerca de mil quilómetros da costa continental equatoriana, e declarada o primeiro património natural da humanidade em 1978, pela UNESCO.

Este arquipélago formado por treze grandes ilhas é considerado uma das reservas marinhas mais bem preservadas do mundo e um laboratório natural que inspirou o cientista britânico Charles Darwin a desenvolver a sua teoria da seleção e evolução natural das espécies no século XIX.

Autor: observador  
Fonte: observador
Sítio Online da Publicação: observador
Data: 08/10/2024
Publicação Original:

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