Sociedade
Neste caso, vários indivíduos coexistem num mesmo espaço e desempenham diferentes funções, levando a um aumento geral do sucesso médio de todos os indivíduos envolvidos.
O exemplo mais extremo desta relação são os animais eusociais, como muitas espécies de formigas, abelhas ou térmitas. Estas integram a organização social mais avançada dos animais – a eusocialidade – que pressupõe a divisão de tarefas, o cuidado cooperativo com a prole e a sobreposição de várias gerações num mesmo ninho.
É bom lembrar que a eusocialidade, termo introduzido por Suzanne Batra em 1966, terá evoluído nestes grupos, visto que as térmitas não têm qualquer parentesco próximo com os insectos da ordem Hymenoptera (vespas, abelhas e formigas), sendo mais aparentadas com as baratas.
Aqui, não só os animais da sociedade em questão têm funções diferentes, como inclusive uma parte relevante da população simplesmente não se reproduz. Isto é explicável se considerarmos como unidade de selecção não o indivíduo, mas o grupo em que ele se encontra inserido.
Estudos recentes indicam que a plasticidade dos indivíduos destas colónias (que, embora possam ser fisicamente muito diferentes, partilham quase toda a sua informação genética) se pode dever em grande parte a fenómenos epigenéticos. Existe também um par de espécies eusociais nos mamíferos: o rato-toupeira-nu (Heterocephalus glaber) e o rato-toupeira-peludo (Fukomys damarensis).
Um grupo de um dos muito poucos mamíferos eusociais conhecidos, o rato-toupeira-nu (Heterocephalus glaber), descansa na sua rede de túneis subterrâneos.
Colónia
Ainda que siga uma linha semelhante à sociedade, a colónia tem a particularidade de os indivíduos deixarem de ter uma existência independente, estando de uma maneira ou de outra fisicamente ligados entre si – muitas vezes os indivíduos nesta situação são geneticamente idênticos uns aos outros, mas isto não é obrigatório.
Um exemplo que podemos encontrar em Portugal é, justamente, a conhecida caravela-portuguesa (Physalia physalis) que, ao contrário do que por vezes se assume, não é uma alforreca, mas sim uma colónia de vários indivíduos desta espécie – os zoóides – que assumem papéis e formas diferentes, conforme a sua função. Esta variedade morfológica leva a que possa ser classificada como colónia heteromórfica. Também existem colónias homomórficas, como é o caso das colónias de inúmeras espécies de corais, em que todos os indivíduos têm a mesma morfologia básica (e, geralmente, a mesma informação genética).
Fonte: nationalgeographic
Sítio Online da Publicação: nationalgeographic
Data: 10/03/2025
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